No episódio 15 do podcast Raízes Ouro Verde, os ex-diretores Jocelir Pelicioli e Almir Martini compartilham suas inspiradoras trajetórias de mais de 20 anos na Sicredi Ouro Verde, desde os desafios iniciais da cooperativa até sua evolução, expansão e governança.
A conversa aborda a importância do planejamento, do relacionamento humano e dos valores cooperativistas, além de refletir sobre o processo de sucessão, o legado focado no desenvolvimento de pessoas e na simplicidade, a forte parceria entre os diretores e a visão de futuro da cooperativa, num episódio repleto de gratidão, memórias e lições sobre liderança e superação.
TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 15
CAMILA CARPENEDO (Apresentadora):
Olá, bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast Raízes Ouro Verde. Antes da gente começar o nosso assunto de hoje, mais uma vez é muito importante o agradecimento a cada um de vocês que tem nos acompanhado nessa trajetória de muitas histórias que já passaram por aqui. A gente está muito feliz, né, Bruno, por tantas histórias, tantas pessoas que nós já recebemos aqui.
BRUNO MOTTA (Apresentador):
E hoje nós também recebemos dois personagens muito importantes da história da nossa cooperativa. Dois profissionais que exerceram uma carreira vitoriosa, de muito sucesso aqui dentro, encerrada há pouco tempo como diretores de operações e de negócios. Você já sabe, né? Já imagina, quem nos acompanha aqui com essa cooperativa já sabe quem está aqui com a gente. A gente vai apresentar, então, JOCELIR PELICIOLI e ALMIR MARTINI.
CAMILA CARPENEDO:
É uma alegria receber vocês aqui para a gente falar um pouquinho dessa trajetória, desses tantos anos de cooperativa e de cooperativismo. Sejam muito bem-vindos.
JOCELIR PELICIOLI:
Muito bem, muito obrigado pela oportunidade de estarmos aqui para a gente conversar um pouquinho, falar um pouquinho das nossas histórias aqui, Jossi e Almir, a dupla do Zira aqui. É um momento especial para mim, para nós, para a cooperativa também. Estarmos aqui para a gente contar um pouquinho da nossa história. É gratificante, né? E eu acho que a palavra que mais se fala hoje em dia é gratidão, né? E gratidão da gente fazer parte dessa história, né? E isso é motivo de muito orgulho, né? Hoje a Ouro Verde é vista como uma das melhores cooperativas do Brasil, né? Então, isso é muito gratificante e a gente sente muito orgulho em poder fazer parte dessa história.
BRUNO MOTTA:
Olha, antes da gente começar, né, Camila, já sabemos que temos muitas histórias boas para contar aqui hoje, trajetórias inspiradoras, mas vamos trazer aquele lembrete para os nossos associados que estão nos acompanhando, que todos os podcasts, os episódios do nosso podcast que já foram veiculados, eles estão disponíveis no nosso site, que é o www.sicredeouroverde35anos.com.br. Muitas pessoas já foram impactadas pelos conteúdos, eles estão disponíveis lá para o pessoal assistir quando e onde quiser, então é só realmente para reforçar isso para que vocês conheçam. Continuem nos acompanhando. E agora vamos para mais um episódio do nosso podcast.
CAMILA CARPENEDO:
Vamos começar a nossa conversa, então, porque eu tenho certeza que esses dois têm muita história para contar para a gente e é o que a gente quer ouvir hoje. E para a gente começar, como já é tradição aqui do nosso podcast, Raízes Ouro Verde, a gente quer saber quais são as raízes de vocês, Jossi, Almir, o que vocês trazem como raízes de vocês e que vocês podem compartilhar com a gente aqui nesse episódio.
ALMIR MARTINI:
Bom, eu vou começar com a minha história. Não pareço, mas eu sou cuiabano, né? Filho de gaúcha, minhas raízes são sulistas, né? E eu entrei no Sicredi há muito tempo atrás, quando o Sicredi nem era conhecido, né? Então, uma vez me falaram, ó, Almir, estão precisando de auditor no Sicredi. Olha, eu falei, o que é Sicredi? Ah, é uma cooperativa de crédito. Cara, eu falei, mas isso é pra mim? Ele falou, não, é pra você. E a gente foi lá e participou do processo seletivo e eu comecei como auditor da Central. Minha família, pai, mãe, gaúchos, vieram para o Mato Grosso há mais de 50 anos atrás, demoraram um ano, um mês para vir do Rio Grande do Sul para o Mato Grosso. Eu nem nascido era, porque eu nasci aqui no Mato Grosso. Mas é uma história que se assemelha muito com as histórias que a gente ouve dos associados, dos pioneiros aqui da cooperativa. Uma história de pessoas que vieram desbravar realmente o Mato Grosso. E naquela época, até telefone era difícil. Hoje em dia, você está com o telefone em qualquer hora, em qualquer lugar, e naquela época eram muito difíceis as coisas, e eu, sinceramente, tenho uma admiração muito grande por essas pessoas que tiveram a coragem de empreender. E eu trago um pouco disso em mim. Tanto é verdade que quando eu saí do Sicredi, mas o Sicredi não sai de mim, eu voltei para as minhas raízes, que eu sou do mato, sou bicho do mato. Eu gosto de estar na natureza, mexer com a criação. Então, isso é uma coisa que eu já tinha um sonho desde criança. Então, basicamente, a minha história se entrelaça com todas as histórias que eu já ouvi, boas histórias que eu já ouvi, das pessoas que iniciaram essa cooperativa e a coragem que elas tiveram de fazer isso aqui.
JOCELIR PELICIOLI:
Muito bem. Bom, vou falar um pouquinho das raízes minhas…. Eu sou natural do Rio Grande do Sul, sou gaúcho de nascimento, mas mato-grossense de coração. Já estamos aqui há 33 anos. Mas antes de falar um pouquinho daqui, contar um pouquinho da trajetória de Lucas do Rio Verde, do porquê de vir para cá. Em 1987, 88, foi a primeira vez que eu vim conhecer aqui essa cidade, vim de carona junto com alguns amigos. Ficamos aí três, quatro dias vindo para cá, trazendo algumas mudanças, enfim. E depois, a partir de conhecer essa cidade, constituí uma família, casei, então minha esposa também é natural do Rio Grande do Sul, lá de Liberato Salsano. A partir daí a gente começou já a pensar em oportunidades, sabendo e vendo muitas pessoas falando do Mato Grosso, e como já conhecia também, e muitos amigos conhecidos e parentes também vindo para cá.
Um belo dia a gente decidiu mudar para cá, em 1992. Em oito dias nós decidimos, nós já tínhamos uma filha, morávamos lá, casamos, eu casei com a minha esposa, Rosane, a nossa filha mais velha nasceu lá, Fabiola, há três anos. Em oito dias nós vendemos uma casa que a gente tinha plenamente construída, estava habitando nela, vendemos e colocamos tudo em cima de um caminhão, em cima de outro caminhão. Nós ficamos quatro dias na estrada para poder chegar aqui em Lucas do Rio Verde na época, nunca me esqueço disso. Então foi uma trajetória também, uma dificuldade bastante grande, não igual a um mês, como o Almir comentou, das origens dos pais dele também. Mas chegamos aqui, graças a Deus, fomos acolhidos, nós já tínhamos alguns amigos e parentes morando aqui também, o meu irmão já estava morando aqui em Lucas do Rio Verde.
Para nós podermos chegar aqui no dia 29 de fevereiro de 1992, para vocês terem uma ideia da dificuldade, nós tínhamos que pegar um ônibus em Jangada. Para poder chegar aqui no dia 1º, para fazer o processo seletivo da CrediLucas, tinha uma vaga, tinha, se não me falo, uma hora e 15 participantes para participar desse processo. Então, de madrugada, juntamente com a minha esposa e a nossa filha pequena de colo, pegar esse ônibus, chegar aqui e no outro dia participar do processo seletivo. E, graças a Deus, deu tudo certo. No dia 9 de março, iniciei os trabalhos na CrediLucas. Se não me falo a memória, eu fui o sétimo colaborador que iniciei. Nós tínhamos seis pessoas trabalhando já na Credilucas. E esse é o início da origem, raízes, de estar aqui na cooperativa nesses 33 anos.
CAMILA CARPENEDO:
Eu acho que antes da gente aprofundar também como é que foi esse início, Almir também contar para a gente como é que foi o momento que você ingressou como colaborador na cooperativa.
ALMIR MARTINI:
Bom, eu ingressei, como anteriormente eu comentei, eu ingressei no Sicredi como auditor. Eu entrei na Central em 2003, na Central Mato Grosso, não sabia nem o que era Sicredi, o que era banco, entrei como auditor. Eu fiquei um ano, um ano e meio, mais ou menos, como auditor. E depois eu já vim fazer parte da cooperativa, como naquela época não existia a figura do diretor ainda, isso ainda não era segregado. Então eu vim como um gerente de controladoria, que hoje seria um controller. Eram três cooperativas, e aí, quem já ouviu as histórias das cooperativas, a Ouro Verde hoje é fruto de sete uniões de cooperativas, eu participei dessas sete uniões, bem desafiador, um processo que você migra todas as contas, duas viram uma, fica uma única cooperativa.
E aí, na Ouro Verde, propriamente, desde quando foi pelo Banco Central instituído a figura de gestão segregada, onde existe um conselho de administração e uma diretoria. Então, desde aquela época, fiz todo um processo e fiquei na diretoria de operações até ano passado.
BRUNO MOTTA:
São muitas histórias já que a gente já vê por aí, né, Bruno? Mas, Jô, uma curiosidade. Você veio para Mato Grosso já com essa intenção de participar desse processo seletivo na CrediLucas, que era uma cooperativa que tinha ali dois anos, então, naquela época. Como foi isso? Como foi esse interesse? E como foi chegar numa cooperativa que estava sendo recém-formada?
JOCELIR PELICIOLI:
Bom, Quando a gente é mais jovem, além de coragem que a gente tem, a gente não mede muito, às vezes, as consequências…. Mas como a vontade era tão grande de nós migrarmos lá do Rio Grande do Sul, de Liberado Salsano, para vir para cá, para ter oportunidades, é algo que a gente não pensa muito. Então, quando surgiu a informação da cooperativa, e era um sonho também antigo pensar em instituições financeiras, quem sabe em trabalhar. Quando eu iniciei a minha tia de profissional lá, só falando um pouquinho anterior, eu trabalhei um ano na prefeitura de Liberado Salsano e quase dois anos na Câmara de Vereadores. E a gente decidiu, e um ponto bem importante que eu quero também compartilhar aqui. Quando a gente decidiu para vir para cá, eu e minha esposa, tanto meu pai, minha mãe, meus familiares, meu sogro e minha sogra, deram muita força para a gente seguir caminhos.
Então isso é muito importante também, ter toda uma estrutura familiar para realmente encorajar a gente. É a vontade, a superação e principalmente acreditar em sonhos e desafios. E graças a Deus. Com certeza foi muito positivo, muito promissor essa decisão lá, 33 anos atrás. de vir para Lucas do Rio Verde para o Mato Grosso. Então, quando eu vim para cá nesse período, para poder chegar aqui nessa vaga, que na época era auxiliar de serviços gerais, talvez hoje seria estagiário, menor aprendiz, enfim, foi o início dos trabalhos lá que a gente fazia de tudo. Nós tínhamos seis colaboradores, seis pessoas, e a gente fazia de tudo. Como já mencionou em alguns momentos o nosso presidente, o Elidir, que na época era o gerente da cooperativa, a gente fazia um pouco de tudo para poder, inclusive, até ajudar a limpar.
A própria agência, final de semana, também, às vezes, nas reformas, deixar pronto para, na segunda-feira, começar realmente os trabalhos e atender os nossos associados. Então, é a vontade, a superação e, principalmente, acreditar em sonhos e desafios. E, graças a Deus, com certeza foi muito positivo, muito promissor essa decisão lá, 33 anos atrás, de vir para Lucas do Eurovejo e para o Mato Grosso.
CAMILA CARPENEDO:
Vocês dois entraram em épocas um pouquinho diferentes da cooperativa, mas os dois em épocas em que a cooperativa era muito diferente do que a gente vive hoje. Então, vocês podem compartilhar um pouquinho mais com a gente de que desafios eram aqueles? O Almir também não entendia ainda do que era uma instituição financeira cooperativa, o que se fazia ali. Josi estava numa cooperativa mesmo, uma empresa em formação, tudo tinha que se aprender.
JOCELIR PELICIOLI:
Vou começar por aqui, até porque acho que eu comecei antes que o Almir, no cooperativismo de crédito, se me permitir. Quando a gente começou na CrediLucas, o Almir quando entrou já foi um pouquinho mais para frente, já tinha uma estrutura diferente, tinha uma central. Foi muito desafiador para todos nós, mas graças ao trabalho, graças à confiança, à liderança dos nossos associados, dos conselheiros, do nosso time, da Crede Lucas, a gente superou em todos os anos, desde a Constituição, desde o primeiro ano, sempre a nossa cooperativa proporcionou resultado positivo. Então, quando a gente começou esses trabalhos, realmente é algo que a gente começou. Quase do nada, né? É claro, quando eu comecei já tinha uma base, mas muito precária.
Nós tínhamos um computador na época, né? A gente fazia de tudo na agência, no atendimento, montagem de talonar de cheque, impressão. Bom, tudo que a gente imagina, imaginava que tinha que fazer, a gente fazia nesse momento. Então foi muito desafiador para todos nós, mas graças ao trabalho, graças à confiança, à liderança dos nossos associados, dos conselheiros, do nosso time, da CrediLucas, a gente superou em todos os anos, desde a Constituição, desde o primeiro ano, sempre a nossa cooperativa proporcionou resultado positivo e o acreditar. Como o Lucas Ouro Verde é um polo de assentamento, que a gente sabe disso, que foi constituído, todas as pessoas que vieram para cá, que foram chegando, vieram com esse espírito de cooperação, de ajuda mútua. E aí a união de todos fez com que nós pudéssemos prosperar, crescer e evoluir.
Graças a todo esse crescimento, também a reestruturação, ao desenvolvimento, à expansão da CrediLucas, à época ele pôs Sicredi, foi surgindo oportunidades de novas posições, novas pessoas sendo contratadas. E um ponto muito importante que quero compartilhar aqui, que sempre a CrediLucas, o Sicredi hoje, sempre dentro das possibilidades, proporcionou para todos nós o conhecimento. Inclusive, na minha graduação, eu tive a felicidade e o apoio da cooperativa aqui. Antes eu não tinha a condição e oportunidade de fazer. Então, aqui em 2007, eu fiz a graduação, concluí a graduação e depois outras formações, MBA, pós-graduações e outros cursos imensos que tem, acho que mais de 100, que a gente teve a oportunidade de realizar sempre com o apoio da cooperativa do Sicredi.
CAMILA CARPENEDO:
Foi sempre uma evolução da sua carreira profissional, ao mesmo tempo que a cooperativa ia crescendo e evoluindo….
JOCELIR PELICIOLI:
Exatamente. É um trabalho em conjunto. As pessoas que fazem parte na cooperativa têm que aproveitar as oportunidades do conhecimento, mas também fazer as entregas. Então, nessa trajetória, até chegar a ser diretor de negócios, eu passei por N posições dentro da nossa cooperativa, desafios de assessor, de gerente de negócio, gerente regional, gerente de agência e tudo mais. Então, é um processo evolutivo que a gente poderia ficar horas aqui conversando sobre essa trajetória também.
CAMILA CARPENEDO:
Você foi vendo as agências sendo instaladas também na região, né, Jô? Você vendo a cooperativa começando também a ser conhecida, né? Porque, a princípio, também ela era segmentada, ela era para poucos associados. Como foi? Também enxergando as pessoas começando a acreditar cada vez mais naquela instituição.
JOCELIR PELICIOLI:
Exatamente. Bem lembrado, Camila. Nós, quando iniciamos a CrediLucas, era cooperativa de crédito rural. Para poder associar, inclusive, colaboradores e até associados, nós fazíamos, como diz o presidente, aqueles contratos de gaveta, porque perante o normativo regulador do Banco Central, a gente não podia fazer diferente. Ajudar os associados a constituir essa documentação legal para poder ser associado da Credilucas. Então, com a evolução dos normativos do regulador do Banco Central do Brasil, com a livre admissão, com todos os segmentos que a gente foi constituindo, e nessa evolução de 33 anos, enfim, hoje nós somos uma cooperativa de sete que se uniram, 15 municípios, inclusive a nossa capital. 37 agências, então os números foram extraordinários de expansão, de crescimento, mas tudo isso também, a cooperativa, juntamente com o seu Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, com o Corpo Técnico, depois com a Constituição da Diretoria, com a Governança, foi feito planejamento estratégico, olhando o médio e o longo prazo.
Então, isso é um trabalho realmente para chegar onde chegamos e continuar nesse crescimento. Tem que ter muita inteligência, muitas pessoas participando e fazer juntos.
ALMIR MARTINI:
O que o Josi comenta, eu já peguei uma época um pouco melhor, eu já peguei uma evolução, não tanto quanto é hoje, mas sim, e ainda existia segregação, como o Josi muito bem comentou, anteriormente uma pessoa física que não fosse um produtor rural não poderia se associar. E como é que se fazia isso? Nós trabalhávamos com duas bases, uma base do banco, outra base da cooperativa. Você imagina como é que administra isso, né? Mas é sempre com muita seriedade, com muita credibilidade. É lógico que a credibilidade ela é conquistada, mas a gente precisa também do associado. O associado tem que se sentir seguro na instituição que ele está. E a Ouro Verde sempre foi muito transparente. Eu vejo assim que o ponto forte da Ouro Verde foi essa credibilidade que ela foi construindo, de fato, solidificando e enraizando, como o próprio nome diz, raízes. Ela criou uma raiz que sustentasse toda essa árvore que hoje está dando bons frutos. É lógico que a credibilidade ela é conquistada, mas a gente precisa também do associado. O associado tem que se sentir seguro na instituição que ele está. E a Ouro Verde sempre foi muito transparente, sempre foi muito transparente na forma de gerir os negócios. E eu vejo que isso facilita bastante. A cooperativa de crédito levada a sério é um bom negócio. É bom negócio para a cooperativa, para o cooperado, para a região onde ela está.
Então, isso é uma construção e uma solidificação dessas raízes que deu a nós, como diretores, como parte integrante, uma certa facilidade de também administrar tudo isso.
JOCELIR PELICIOLI:
E uma responsabilidade bastante grande, porque, se o dinheiro é teu, tu pode perder ele. Agora, se é do outro, como é que tu vai perder? Então, tem que cuidar duas vezes mais. Então, uma responsabilidade que a gente tinha, mas um ponto bem importante. O Conselho sempre esteve junto, próximo da diretoria, apoiando, dando um noteador e sempre nos dando liberdade de trabalhar dentro daquilo que foi possível construir e fazer. Dava os norteadores e nós, como diretores, íamos atrás para fazer as coisas acontecerem juntamente com todos os colaboradores…. Mas o apoio, a união, a solidificação dessa gestão, como o Jô se muito bem falou, ela não existe, ah, eu penso de uma forma e eu de outra. Não, é um conjunto. Então, acho que, no meu ver, o entendimento disso aí facilita bastante para a gente, como profissional.
CAMILA CARPENEDO:
Com certeza. Uma pergunta que vale para os dois, e eu acredito que teremos muitos aqui para contar, mas a gente gostaria que vocês nos dissessem, nos contassem momentos marcantes ou decisivos nessa trajetória de trabalho que vocês tiveram na cooperativa.
ALMIR MARTINI:
Na minha opinião, o momento marcante era todo dia. Como eu disse, desafios diários e toda a implantação que tinha que ter, tudo que era novo, que saía, a cooperativa, não, isso aqui é bom para o associado, então vamos junto. Executiva, dá jeito nas coisas aí, vamos fazer. A cooperativa sempre esteve na vanguarda. Tudo que sai novo, a cooperativa vai e faz. Se é bom para o associado, ela quer fazer. Então, esse processo é um processo que demanda bastante empenho, mas ele é muito prazeroso, porque você fazendo primeiro, você vai ter uma experiência ainda melhor. Então, era bem nessa linha. Toda mudança, toda implantação que tinha que ter, tudo que era novo, que saía, a cooperativa, não, isso aqui é bom para o associado. Então, vamos junto. Executiva, dá jeito nas coisas aí, vamos fazer. Então, mas sempre com o apoio do Conselho. Acho que isso é importante ressaltar.
JOCELIR PELICIOLI:
Bom, momentos marcantes, muitos e muitos, né? Centenas de momentos importantes nessa trajetória de 35 anos de Ouro Verde, de CrediLucas, quando começou. Mas sempre eu vejo que o diferencial da nossa cooperativa é as nossas lideranças, especialmente o nosso Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e a sociedade, que quando começou a cooperativa aqui, quando foi a CrediLucas, depois foi se expandindo para os demais municípios, Itapurá, Ipiranga, Itaingá, e depois momentos bem marcantes, na minha visão, foram as uniões das cooperativas, como hoje é o resultado da Ouro Verde, de sete cooperativas, foram momentos de muito discernimento, de muito entendimento das lideranças das demais cooperativas, dos demais municípios da região, porque hoje conciliar uma empresa, uma organização do porte que está a Ouro Verde e das demais também são pessoas, são sentimentos, são emoções, são interesses coletivos, individuais, de grupos. Então, esses foram os grandes desafios que tivemos pela frente nesses 35 anos.
Mas, pela sabedoria das pessoas envolvidas, foi possível essa transição e chegar nesse patamar de ser a cooperativa de maior representatividade no sistema Sicredi, uma das maiores do sistema de crédito cooperativo do Brasil, e chegar nesses patamares de crescimento acima do mercado, especialmente nesses últimos cinco ou dez anos que o Sicredi, a nossa cooperativa, tem. Então, é um motivo de muito orgulho, muita satisfação e muita gratidão também por fazer parte dessa história, no meu caso, de 35, 33 anos, estar presente aqui e colaborando com essa grande organização.
CAMILA CARPENEDO:
Almir, acho que assim, mais direcionada para ti, mas também quero ouvir o Jô, talvez com um contexto um pouquinho diferente. Você falou quando você começou no Sicredi, 20 anos atrás, um pouquinho mais do que isso, em Cuiabá. O Sicredi nem era conhecido. Como é para você, então, olhar hoje essa evolução ao longo desses anos? últimos 20 anos. Em Cuiabá, a gente teve recentemente uma evolução muito significativa de toda a expansão da cooperativa lá. Então, como é para você olhar hoje e ver a cooperativa sendo reconhecida, sendo vista, sendo percebida pela comunidade como uma instituição que faz a diferença? E para o Jô, se também depois já puder complementar, o Jô se viu a cooperativa nascer. Também viu isso acontecer ao longo desses 33 anos aqui em Lucas do Rio Verde. Como foi olhar essa evolução?
ALMIR MARTINI:
A questão toda, eu comparo isso muito a um filho. Quando você tem um filho, ele nasce pequenininho, vai crescendo, e quando você vê ele já estabilizado, já direcionado, o prazer é bastante grande. E a gente, não diferente, a cooperativa, por isso que eu digo, eu saí do Sicredi, mas o Sicredi jamais vai sair de mim. Que é um orgulho para a gente realmente. Não um orgulho no sentido de soberba, mas um orgulho de fazer parte desse negócio que é importante para muitas pessoas. O quanto que o Sicredi impacta hoje na vida das pessoas. Tem até estudos que dizem que onde o Sicredi está, até o IDH da cidade melhora. Então, eu acho que essa é a missão do cooperativo. Fazer o bem. Então, quando você vê uma coisa dessa prosperar, a satisfação é imensa e o prazer ainda é maior, com certeza.
JOCELIR PELICIOLI:
Chegando nessa linha também, complementando, eu vejo que o nosso grande desafio, fora aqui da nossa região, aqui de Lucas, enfim, os municípios mais do interior, com uma cultura mais do cooperativismo, de pessoas na época mais vinda do sul do país, foi realmente Cuiabá e os municípios ao redor de Cuiabá, Baixada Cuiabana. E Cuiabá tem um capítulo especial para mim, para a cooperativa. Eu também tive a oportunidade, além de ser diretor, fazer parte também de uma grande frente de gestão direta das agências em um período de dois anos. E também, juntamente com Almir, os demais colegas diretores, Vargas, nosso conselho de administração, especialmente o presidente, o Elidir, o Beto também, de toda essa expansão que nós tivemos em Cuiabá. Hoje, Cuiabá é uma referência para o país de termos de cooperativismo, de Sicredi. É algo que a gente já buscava no planejamento chegar a dois dígitos e nós já chegamos a uma participação de mais de 10% em Cuiabá. Nós temos lá 15 agências. Estamos no distrito da Guia, gente. É um distrito de Cuiabá. A única instituição financeira que acredita que está lá é o Sicredi.
Ver agência em Alto Paraguai, Acurizal, Jangada, Rosário, Nobres, enfim. Essas pessoas realmente merecem estar lá com o Sicredi. E nós, fazendo parte dessa desse momento e dessa participação nesses municípios, levando oportunidades, levando acessibilidade, inclusão financeira para essas pessoas, pessoas humildes, pessoas que realmente precisam de ter uma instituição financeira atendendo. Isso é algo que a gente não tem preço, e a gente fala muito enquanto que nós estivermos presentes. E que as pessoas acreditam com certeza, ou se credem, a cooperativa não vai abandonar essas comunidades, esses municípios e esse distrito como é, o distrito da Guia. Assim como é Cuiabá, no Pedra 90, enfim, tantas agências que a gente abriu lá e que a gente tem a felicidade de estar incluindo as pessoas, famílias que realmente precisam, inclusão financeira na veia.
Isso realmente é muito gratificante e nos dá um prazer. E o acreditar, né, Jô? Acreditar, porque, assim, é muito interessante, às vezes, ah, mas vai abrir uma agência em tal lugar, no Pé da Noventa, na Guia. Gente, onde tem gente, tem lugar, tem espaço e as pessoas precisam. E eu acho que esse é um papel da cooperativa, é estar onde as pessoas estão, né? E a cooperativa sempre acreditou. Dá trabalho? Dá trabalho. Vai dar fruto? Vai dar fruto no mesmo dia? Não vai. Assim como uma árvore não dá fruto da noite para o dia. É uma semente que se planta lá e isso vai prosperar. O Jô se muito bem citou a questão de Cuiabá. Quantas vezes, né, Jô? A gente teve perrengue com o próprio conselho, porque o conselho está junto conosco.
Mas ele nos cobrava bastante. Resultado, né? Resultado, quando que Cuiabá vai dar resultado? Quando Cuiabá vai dar resultado? A gente acredita, e o Conselho sempre acreditou, mas nunca deixou de nos cobrar e fazer o nosso papel, junto com os colaboradores de Cuiabá também, para que aquilo realmente virasse. Por quê? Porque o próprio Conselho acreditava. O conselho acreditava, nós acreditávamos, mas eles tinham que cobrar a gente. Eles tinham que dar um apertado em nós para que a gente fizesse o negócio andar. E funcionou, né?
ALMIR MARTINI:
Sim, graças a Deus, vai funcionar.
CAMILA CARPENEDO:
Eu ia pedir para a gente voltar, então, falando de como que vocês profissionais, então, Jocelyr, profissional, Almir, profissional, como que vocês viram essa evolução da carreira de vocês ao longo dessa trajetória? Como que vocês, quando vocês olham para trás lá, sabe o primeiro dia de trabalho?… E aí o último dia, que chegou faz pouco tempo para o Almir, um pouquinho mais de um ano, para o Jocelyr, muito recentemente. Como que vocês viram aquele profissional que começou e esse profissional que terminou, sabe, essa carreira no Sicredi?
ALMIR MARTINI:
Na minha visão, né, Camila, quando eu disse logo no início, né, quando surgiu para mim a oportunidade de vir para o Sicredi, até eu duvidei que eu pudesse ser um auditor de uma instituição financeira cooperativa, que eu nunca tinha trabalho. Eu sou formado em ciências contábeis, sou bacharel em contabilidade e sempre trabalhei no comércio, na indústria, nunca em banco, nunca em instituição financeira. Mas por que eu estou dizendo isso? Porque, às vezes, o maior inimigo da gente é a própria mente da gente. Então, se você acredita que você é capaz, você vai lá e faz por acontecer. E, para mim, foi uma satisfação evoluir tão rapidamente, porque eu estava na auditoria, eu fiquei um ano na auditoria. Logo surgiu uma oportunidade e teve gente que até me desaconselhou. Falei, não, Miri, fica como auditor. O auditor só vai lá e aponta os erros dos outros. Você vai ter que corrigir os erros, você vai ter que ensinar. Eu falei, não, mas eu acho que essa é uma missão de você estar junto, você crescer principalmente junto com as pessoas. Eu sempre fui da ideia que a gente precisa fazer com que os outros cresçam e que você tenha junto contigo pessoas. pessoas que tenham até mais capacidade que você, para que você possa fazer um bom trabalho.
Então, essa evolução, eu vejo que eu cheguei no nível que eu gostaria de estar, e por isso até eu tomei a decisão aliada, um sonho que eu tinha. ter uma área, porque eu sou filho de agricultor, ter um lugar. Eu e a minha esposa, lógico, se ela não quisesse, eu também não ia ter jeito de fazer, mas ela também queria e compartilhava do mesmo sonho, né? Então, por isso, eu tomei a decisão de que, olha, até aqui eu já fiz, né? E agora eu preciso dar espaço para que outras pessoas também possam crescer, né? Eu acho que isso é importante, porque às vezes você senta ali e fala, não, daqui não saio. E é ruim e é bom, quando você sai de uma cooperativa que está, como está hoje a Ouro Verde, no auge da plenitude dela, tem muito para crescer ainda, mas está muito bem, as pessoas falam, mas você vai sair da maior cooperativa do Brasil, você está doido.
É ruim e é bom, porque você está saindo num momento bom. O duro é quando você tem que sair, porque a cooperativa aí é complicado. Quando a cooperativa mais precisar de você, que ela te deu tudo, você abandonar a cooperativa é complicado. Então, quando você vê que a cooperativa tem sustentação, você tem uma pessoa que possa fazer o que você fazia, ou até melhor que você, por que você vai ficar? esperando esse momento. Igual a gestão do filho, então, quando ele está pronto para seguir a vida dele. Segue a vida. Então, acho que isso é importante que as pessoas entendam e todo mundo tem que ter o espaço para crescer. E eu vejo que o Sicredi, principalmente a Ouro Verde, como o José muito bem comentou, a Ouro Verde investe muito no profissionalismo.
Na Ouro Verde, só não cresce quem não quer, porque oportunidades, com toda certeza, elas existem e ela proporciona isso de uma forma, em treinamentos, em qualificação, isso é uma coisa que eu vejo em poucas empresas no Brasil.
JOCELIR PELICIOLI:
Perfeitamente. Bom, eu quero voltar às origens e ao início de tudo e também fazer reconhecimentos aqui, aproveitar a oportunidade. Falando em raízes, voltando aqui um pouquinho ao backup, a memória aqui. Eu comecei a estudar com sete anos. Meu pai e minha mãe sempre me apoiando e incentivando para que a gente seguisse nessa linha. Então, meu pai, pouca instrução, a minha mãe, muito conhecimento, analfabeto, mas sempre estiveram presentes, incentivando tudo isso. Sete anos comecei a estudar no interior, e comecei a ajudar o pai e a mãe na roça também.
E, a partir daí, foram muitas dificuldades, muitos desafios. Tive momentos que, para eu poder estudar diariamente, eu fazia oito quilômetros a pé, para eu chegar em uma situação e também em uma condição diferente, mas sempre com o apoio total do meu pai, da minha mãe e depois da minha família também. Então, a partir disso, as coisas foram acontecendo e a gente foi vivenciando e acreditando muito nisso. E isso é algo que eu quero trazer para contribuir. para deixar em uma história e contar histórias aqui também e para outras pessoas. E nessa trajetória a gente foi evoluindo, foi crescendo. Chegamos aí à formação do segundo grau lá em Liberado Salsano, já era na cidade lá, pós-interior. E aí depois a gente foi tomando as decisões de vir para o Mato Grosso…. E aí falando um pouquinho mais de Mato Grosso e de cooperativa, reforçando um pouquinho mais o que o Almir trouxe, que eu falei no início também, sempre a cooperativa proporcionou isso e continua proporcionando, como mencionei. Formações, graduação, pós-graduação. É claro que depende bastante também de cada um, eu diria que 80-20 ou 70-30, as pessoas quererem realmente buscar o conhecimento, mas a organização, a empresa, a CrediLucas, a Sicredi Ouro Verde, hoje sempre proporcionou para mim e proporciona para todos os nossos colaboradores oportunidade de conhecimento e também oportunidade de novos desafios. Mas para isso acontecer, é claro que a gente precisa também entender o momento certo. E esse entender o momento certo, eu vi muitos e muitos colaboradores, muitas e muitas pessoas que chegaram a um patamar da alta direção e, infelizmente, não tiveram sucesso.
Então, o que eu quero contribuir aqui e trazer? Que tudo tem o seu tempo adequado, tem que ter uma preparação, tem que ter um entendimento. Nós estamos em muitas novas gerações que estão aí, né, de pessoas, né, eu tenho isso na minha família, tenho uma neta aí de sete anos, tenho as minhas filhas também. E sempre nesse período também, enquanto profissional, enquanto pessoa que buscou conhecimento também, eu, graças a Deus, também consegui deixar isso, esse legado também para minhas filhas. Hoje eu tenho a felicidade de elas estarem formadas, estarem no mercado de trabalho e continuam estudando, fazendo pós-graduação, MBA também. Então, esse é algo que eu quero também deixar esse registro enquanto organização, enquanto Sicredi, mas principalmente como profissional, como pessoa.
O quanto que eu também busquei esse conhecimento para chegar nesse patamar, de assumir esse desafio como diretor de negócio da Ouro Verde nesses últimos nove anos. Então é um motivo de gratidão, satisfação e muito orgulho realmente de fazer parte dessa trajetória, dessa história Raízes Ouro Verde.
CAMILA CARPENEDO:
Jô, você já trouxe para a gente alguns pontos, mas a gente queria aprofundar um pouquinho mais agora para os dois e saber quais são os conselhos, os conselhos que vocês gostariam, dicas, conselhos que vocês gostariam de dar para os futuros líderes da Sicredi Ouro Verde, que estão aí nesse processo de desenvolvimento, estão acompanhando a evolução da cooperativa, evolução pessoal e profissional também nesse caminho.
ALMIR MARTINI:
Eu não sei se é conselho, mas o meu modo de pensar é o seguinte. Determinação, honestidade e, principalmente, vontade. São coisas que são valores, e são valores que o próprio Sicredi preza muito. Então, o que eu trago e o que eu poderia deixar de conselho é que as pessoas acreditem, esperem seu tempo. Mas não esperem sentados, né? Eu acredito, o Josi falou muito bem da questão do tempo. Tem gente que, hoje nós temos uma geração muito acelerada, quer entrar hoje e amanhã ele já quer ser o diretor. Isso é bom, mas, de certa forma, acaba desmotivando as pessoas. Que isso tem um tempo de maturação, tem um tempo para acontecer. Então, que as pessoas procurem essa profissionalização e estejam, eu sempre falo isso com meus filhos, eu falei, filho, você nunca faz só aquilo que você é pago para fazer. Porque se você faz só aquilo que você é pago para fazer, você vai continuar fazendo sempre a mesma coisa.
Então, quando a pessoa se destaca um pouco mais, ela tem, sim, oportunidade, como eu disse anteriormente. Então, é vontade, honestidade e, principalmente, determinação. Acho que a resiliência e a Ouro Verde é bem resiliente, porque ela insiste numa coisa que ela vê que aquilo vai dar fruto e de fato dá. Pode não dar hoje, mas amanhã com toda certeza dá.
JOCELIR PELICIOLI:
Bom, a gente poderia ter horas e horas para falar sobre esses conselhos, enfim, conhecimento e compartilhamento. Só reforçando o que o Almir trouxe também. A primeira coisa que a gente tem que ter é ciência e a gente se autoconhecer. O autoconhecimento é fundamental, é o passo inicial para a gente poder desenvolver as nossas habilidades, aprimorar as que a gente já tem no DNA, que isso cada um de nós temos…. E, principalmente, buscar o conhecimento. Buscar o conhecimento, mas os valores, os pilares de família, de ser uma pessoa humilde, de ser uma pessoa com perseverança, planejamento, disciplina, e também momentos em relação a tudo isso. Mas eu quero também deixar claro aqui também que, além desse momento aqui, de estar fazendo essa produção, desse conteúdo também, Eu me coloco à disposição, a partir de agora também, para apoiar pessoas. Eu gosto muito de fazer esse trabalho de boas conversas, de bate-papo, de mentoria, enfim. Inclusive tenho, até compartilhar aqui com vocês também, já proposta de também apoiar e continuar desenvolver pessoas. Mas, enfim, isso a gente vai ver logo para frente aí. Mas o que eu quero só finalizar em relação a isso é que realmente a gente tem esse planejamento, preparação, olhar para frente e o tempo adequado.
Então, isso vai fazer com que as pessoas que buscam seus desafios, suas oportunidades, elas possam realmente chegar nesse patamar e depois continuar crescendo. Não chegar rápido, e o rápido às vezes nem sempre é bom. Então, ter essa resiliência, essa paciência e aguardar o momento adequado para subir um degrau a mais na vida profissional e nos desafios que a empresa oferece no nosso trabalho.
CAMILA CARPENEDO:
E o Jô se trouxe esse ponto de desenvolver pessoas, uma habilidade, com certeza, que ele trabalhou muito ao longo desses anos de cooperativa, Almir, com certeza também. E tem um ponto que a gente não pode deixar de abordar com vocês dois, que foi esse processo de sucessão. A gente fala tanto de como foi um processo bem sucedido que vocês dois lideraram aqui dentro da cooperativa, formando os próprios sucessores, ou podendo acompanhar todo esse processo de sucessão aqui na cooperativa.
Então, eu gostaria que vocês dois falassem sobre essa experiência de poder fazer esse processo de sucessão e como o Almir estava falando antes, de sair num momento com essa tranquilidade de que tudo vai continuar acontecendo da melhor forma possível dentro da cooperativa.
ALMIR MARTINI:
A sucessão depende única e exclusivamente de quem vai ser sucedido, né? Se essa pessoa não quiser que isso aconteça, vai ser difícil acontecer. Eu acho que, na minha visão, a primeira coisa que tem que acontecer, e isso é um processo, né, gente? Quando a gente fala em sucessão, a gente não está falando de uma coisa que acontece de um ano para o outro, né? No meu caso, especificamente, isso já vem amadurecendo há mais de três anos antes da minha saída, né? E de fato, é gratificante você poder entregar para aquela pessoa, que bom que se fosse assim, nas instituições públicas, onde o que sai deixa para o outro uma coisa andando e falando para essa pessoa, olha, isso é assim, assim, e orientando essa pessoa, lógico que ela vai fazer do jeito dela, ninguém faz igual ao outro, mas ela já vai ter uma noção das coisas, porque ela vai pegar a coisa andando. É muito gratificante para quem sai e talvez para quem chega também um pouco confortável, porque vai pegar a coisa andando, né? Então, é sempre assim, mas uma coisa é verdadeira. A pessoa tem que querer, ela tem que querer e precisa fazer, e eu entendo que isso tem que ser feito quando está no melhor momento da sua vida.
Eu saí de diretor de operações no melhor momento da minha profissão, e eu entendo que isso é muito gratificante.
JOCELIR PELICIOLI:
Muito bem. Bom, primeiramente eu quero aqui reconhecer todo o protagonismo da nossa cooperativa, do nosso conselho de administração e da nossa diretoria, por sermos, novamente, pioneiros em relação à sucessão, à governança, boas práticas de governança. Isso é algo também que nós temos o nosso DNA enquanto Sicredi Ouro Verde, não é o mesmo que os demais colegas que estão aqui, Camila e Bruno. Isso a gente tem muito de orgulho. Para fazer um processo adequado de sucessão, realmente é algo de longo prazo. Como o Almir mencionou, a sucessão da posição do Almir, assim como da diretoria de negócios, da minha pessoa também.
Foi algo que a gente planejou há 3, 4 anos atrás, em uma conversa entre nós, diretores, Vargas, nosso gestor, juntamente com o Almir, com o nosso presidente, o Elidir também, o Beto, enfim, nosso vice-presidente, depois, obviamente, o Conselho de Administração. Então, isso é algo que a gente tem muito orgulho mesmo e a gente já recebeu, eu recebi com certeza, o Almir também, muitos elogios e feedbacks positivos de sermos pioneiros nessa sucessão. Para realizar isso, obviamente, eu quero aproveitar a oportunidade de falar que a gente precisa se planejar. Isso eu tenho falado muitas e muitas vezes com outros colegas de outras cooperativas, de diretores de operações, diretores de negócio, diretores executivos também, porque é algo assim que tem que realmente olhar bastante, planejar…. Principalmente em relação à família, em relação ao financeiro, como é que eu vou depois dessa saída de diretor, como é que eu vou cuidar dos meus negócios, da minha família, qual que é a minha organização financeira, o que é que eu vou fazer, o que é que eu vou me ocupar enquanto pessoa, enquanto profissional, o que é que eu vou ajudar pessoas, comunidades também. Então, isso é extremamente importante. Então, é um momento, assim, muito leve. que eu estou saindo, com certeza que o Almir também saiu na nossa cooperativa, e principalmente quem está chegando também, que foi o caso do Cleitos, agora do Rafael também, e para todos os associados, enfim, todas as pessoas que fazem parte, nossos colaboradores, muitas e muitas vezes, as pessoas que fazem parte da diretoria de negócios, GLDs, gerentes regionais, assessores, enfim, que fazem parte diretamente aqui da diretoria de negócios, assim como das agências, gerente de agência, gerentes de negócio.
Que é um público grande que a gente tem hoje na cooperativa, muitas e muitas vezes perguntaram como é que estava. Olha, estamos dentro da normalidade, dentro do planejamento. Então, deixar essa segurança, essa tranquilidade, que tudo que é realizado, planejado, com antecedência e, principalmente, respeitando as pessoas. Quem está chegando e quem está saindo, tendo uma política adequada também, clara isso em relação a essa transição, esse é o melhor caminho, esse é o melhor modelo. E isso não é só para nós, é para todas as organizações, sejam elas pequenas, médias ou grandes, familiar ou de grande porte, esse é um caminho que realmente dá sustentabilidade, dá segurança. e deixa as pessoas mais unidas e mais felizes.
ALMIR MARTINI:
E a questão da sucessão é uma coisa que está escrita, está formatada. Então, como você disse, o conselho também tem conhecimento disso, como que funciona isso. É uma política. É uma política, está na política. Assim como tudo que acontece no Sicredi, existe política, existe normativa, existe tudo isso. Então, isso, de certa forma, também é favorece todo esse processo. Mas é como o Jô se disse, a gente precisa se planejar. A gente, às vezes, no dia a dia, está na correria, você está ali e só pensa ali e ali. Vamos pensar. mais para fora do que você está aqui. Então, às vezes, tem gente melhor que você para fazer o que você faz também. Tem que pensar nisso também. E você tem que pensar não só em você, você tem que pensar no todo. O quanto que isso vai beneficiar a instituição, as pessoas que estão ali.
Eu acho que esse é um ponto extremamente importante. E na nossa cooperativa isso é muito transparente. Muito transparente, tanto a nível de diretoria, conselho, isso é muito transparente e por isso a gente tem todo esse apoio do conselho.
CAMILA CARPENEDO:
Vamos falar um pouquinho de futuro agora. A gente quer saber quais são as expectativas que vocês têm para a Ouro Verde, para esse Sicredi Ouro Verde e também as oportunidades que vocês acreditam que o tempo reserva para a cooperativa.
JOCELIR PELICIOLI:
Bom, vou começar por aqui agora. Falando de Ouro Verde do futuro, eu vejo que nós estamos em um caminho muito adequado. É claro que sempre tem espaço para a gente estar aprimorando, mas a organização, o planejamento que a nossa cooperativa está, o crescimento dela e principalmente o olhar no desenvolvimento, na preparação de sucessores, não é só diretores, é no conhecimento, na formação dos nossos sucessores, de todas as posições que nós temos, essa cultura que a Ouro Verde tem de realmente, cada vez mais, incentivar as pessoas ao conhecimento, os ritos que nós temos, toda uma organização de PDI, de crescimento, de formações, seja ela da cooperativa ou dos nossos, da nossa central, do sistema também, nos dá essa segurança, nos dá esse conforto, nós, o Mir e eu saindo aqui, que a gente acredita que vai ter essa continuidade de crescimento, de expansão, de preparação. E como dizemos, especialmente nós, enquanto diretores, Vargas, Cleides, Almir, aqui, Rafael chegando, estamos abertos para novos desafios, para novos horizontes de atuação também…. Nós já estamos em todos os municípios da Ouro Verde, então a gente está à disposição, mesmo fora diretamente da gestão direta, Almir, mas enquanto associado. Enquanto pessoa, sem dúvida nenhuma, seremos Sicredianos, Ouro Verde também, para que a gente possa realmente elevar ainda mais a participação do Sicredi, do cooperativismo no mercado financeiro do país. Afinal de contas, nós temos muito espaço para crescer ainda no nosso país como instituição financeira cooperativa. E tenho certeza que a Ouro Verde continuará nesse crescimento exponencial nos próximos anos.
ALMIR MARTINI:
Eu vejo assim, hoje se fala muito em tecnologia, esse Sicredi tem uma chave que ela não vai desligar nunca, que é o relacionamento. É muito difícil, a tecnologia facilita muito, mas tem coisa que a tecnologia não vai resolver. Tem coisa que a tecnologia você não vai conseguir resolver, você precisa de pessoas. Acho que é o Vargas que diz isso. O digital ajudando uma digital. Então, é o digital ajudando as pessoas. E eu vejo que a Ouro Verde não abandonou essa essência. Muito pelo contrário, ela tem valorizado cada vez mais. E isso a gente tem visto que algumas instituições estão voltando atrás. Saíram 100% do humano para ir para o digital e hoje já estão repensando e voltando. Então, vejo assim que o futuro não só da Ouro Verde, mas como do Sicredi como um todo. Eu falo Sicredi porque eu tenho conhecimento das outras cooperativas e o sistema também valoriza muito essa questão do relacionamento. Então, isso é uma coisa que, daqui para frente, cada vez mais, vai ser um diferencial, com toda certeza.
CAMILA CARPENEDO:
Agora, já nos encaminhando para o final da nossa conversa, mas ainda não é o final. Vocês já falaram em alguns momentos o quanto vocês se sentem orgulhosos dessa trajetória que vocês vivenciaram. Qual vocês enxergam, então, que foi o principal legado de vocês? Jô, se ao longo desses 33 anos, Almir, com mais de 20 anos, qual foi o principal legado que vocês deixaram, então, ao terminar, encerrar com muito orgulho essa carreira na cooperativa?
JOCELIR PELICIOLI:
Para mim, o maior legado o que eu estou deixando aí registrado são as pessoas. Eu tive a felicidade de estar presente em muitas e muitas pessoas e famílias, até porque 33 anos, 35 realmente, ver tantas pessoas que a gente contratou, que eu contratei como estagiário, hoje são gestores. Fazendo um trabalho belíssimo e eles também reconhecendo isso. Então, oportunizar para essas pessoas, no longo dessa trajetória, ter oportunidades e principalmente vê-las crescendo, se desenvolvendo e ajudando outras pessoas nesse crescimento do Sicredi, da nossa cooperativa, para mim é o maior legado que eu deixo, mas que eu quero continuar. Mesmo à distância ou de forma virtual, à disposição para essas pessoas e para outras pessoas que, obviamente, nessa transição, nessa mudança também que vou ter de residência também, ajudar outras pessoas, tanto do Sicredi ou do mercado, enfim, é algo que para mim é muito gratificante e eu tenho o prazer e gosto de fazer muito isso.
ALMIR MARTINI:
No meu caso, não foge muito disso, né, Camila? Está aí o Cleitson, que me sucedeu há muito tempo. Eu e ele, particularmente, sem saber que seria ele, a gente já falava sobre isso. E não só ele, outras pessoas. Eu vejo assim que o meu maior legado é a simplicidade. Eu nunca fui muito de enfeitar as coisas, sou meio diretão. Eu vejo que a simplicidade, a humildade e a disponibilidade, eu nunca trabalhei de sala fechada. Sempre que alguém precisou, às vezes não é nem do serviço, às vezes a pessoa quer ouvir uma palavra ali, quer conversar com você. Eu vejo que o Sicredi, ele proporciona isso para quem trabalha no Sicredi, a disponibilidade das pessoas. E eu acredito que esse tenha sido um legado. E é lógico, né? A vontade de fazer isso aqui crescer, não foram poucas, e o Jô, se não é diferente, não foram poucos finais de semana, não foram noites que a gente também não perdeu, não pensa que é tudo maravilha, tem os momentos difíceis, mas, com toda certeza, os momentos bons superam os difíceis. Mas eu vejo nessa linha, também na linha do Jô, que as pessoas possam, ser mais aberta para ouvir os colegas, os outros, os parceiros.
CAMILA CARPENEDO:
Sobre essas relações construídas, então, eu gostaria de fazer uma proposta para vocês. Vocês construíram uma relação entre vocês dois de muita confiança e de muita parceria ao longo desses anos, não só à frente da diretoria, mas como diretores por muitos anos. Então, eu queria que Almir falasse sobre o Jossi, seu parceiro de jornada. Jossi falasse sobre o Almir, seu parceiro de jornada. O que cada um aprendeu com o outro e que vocês levaram e podem deixar de mensagem aqui para as outras pessoas? Então vamos lá, o Jossi já vem aqui a falar. Feedback ao vivo aqui.
ALMIR MARTINI:
Na verdade, o Jossi é Ele é meio parecido comigo, só que ele é mais durão, né? Ele é difícil de chorar. Eu choro à toa, né?… Eu sou muito chorão, eu sou muito emotivo, mas o Jossi, ele é mais calmo, eu sou meio impaciente, a minha perna fica, né? E o Jossi já é mais tranquilo. Eu acho que vejo o Jossi assim, uma pessoa com a serenidade de transmitir. confiança também, muito isso, né? E a nossa parceria, porque eu Eu era o volante, ele era o acelerador. Então, como é que você precisava administrar isso? E a gente sempre administrou isso muito bem. Alguns momentos eu via que eu estava errado, eu ia junto com ele. Outras vezes ele via que a minha posição era a mais indicada para a cooperativa. Eu acho que a humildade também é uma coisa que o Jô se traz na essência dele. E o resto, o resto ia ser a esposa dele, pode ser.
JOCELIR PELICIOLI:
Muito bem. Bom, obrigado, Almir. Falar também do Almir, a gente tem similaridades com certeza. Uma pessoa muito humilde, transparente, direta, objetiva, de total confiança e os valores que o Almir herdou da sua família, do seu pai, da sua mãe, acho que são muito similares também ao meu, né, dos meus pais também, enfim. Então, isso é muito importante. Então, o Almir é uma pessoa que a gente conviveu um bom tempo, né, em alguns momentos ele era mais o meu chefe, lá pra trás, mas depois a gente chegou num patamar de igualdade, né. É um profissional acima da média, né? Uma pessoa muito dedicada, comprometida. Não é que eu sou chorão, não. Eu sou chorão, sim. Só que, às vezes, a gente tem que se controlar, né?
Quando a gente fala especialmente mais da raiz do pai, da mãe, enfim, da família principal, aí é difícil segurar, né? Eu sou bastante chorão, sim, tá? Então, só para deixar registrado isso. Mas a gente, em alguns momentos, tem que se conter também, né? Então, o Almir é Está aí agora nessa nova fase da vida. E quero aproveitar aqui e agradecer muito a ele por todo o conhecimento. E principalmente por todas as superações que nós tivemos. Nós tivemos momentos de grande dificuldade. A gente não vai trazer aqui, obviamente, mas está registrado aí nessa trajetória minha e do Almir, enquanto cooperativa também. Mas de muita superação que juntos, juntamente com os demais diretores, enfim, na época o Valmir, agora o Vargas também, Cleiton, o Rafael chegando agora, e todo o conselho de administração a gente superou junto.
Sempre junto a gente construiu soluções. Então, o Almir é um profissional que eu admiro muito, ele, e aprendi muito com ele, e sou muito grato a ele, pela família dele também. Então, obrigado por tudo, Almir. Desejo muita felicidade para você e para todos nós. A todos.
CAMILA CARPENEDO:
E nós agradecemos com certeza por todo esse legado que vocês deixaram para a cooperativa, por todos esses aprendizados que nós, que convivemos mais diretamente, também podemos ter com vocês. Todos os colaboradores e todos os associados, com certeza, que se beneficiaram de tudo isso que foi construído ao longo desses últimos anos. Então, muito obrigada de coração. Obrigada por estarem com a gente aqui compartilhando essas histórias. E agora a gente deixa para vocês também fazerem suas contribuições finais. O que vocês ainda não disseram e que vocês querem abrir o coração nesse momento para dizer também está aberto, o microfone está liberado.
ALMIR MARTINI:
Bom, o que eu vou dizer é curto e reto, como sempre fui, que as pessoas sejam elas mesmas. Eu vejo que hoje o mundo corporativo, às vezes, ele aperta. E tem muita gente que quer ser o que acredita que os outros querem que ela seja. Então, o recado que eu dou, e até uma vez uma pessoa me perguntou, Almeida, eu tenho uma entrevista no Sicredi, o que eu falo? Eu falei, fala o que você é, seja você. Eu acho que a honestidade, a transparência é super importante. Então, eu acho que é por aí….
JOCELIR PELICIOLI:
Muito bem, eu quero mais um sentido de agradecimento, aproveitar a oportunidade de agradecer imensamente a minha família, minha esposa, minhas filhas, minha neta, os gêneros que já chegaram aí também, meu pai, minha mãe, meu sogro, minha sogra, enfim, as pessoas, meus irmãos, que também estiveram sempre juntos, os cunhados, sobrinhos, sobrinhas, é uma família grande aí. E muito unida. E principalmente todos os nossos colaboradores, especialmente você, Camila, Bruno, que estamos aqui tendo esse bate-papo muito legal. Agradecer a oportunidade por esse momento especial, porque isso é algo que vai ficar registrado, como diz o Vargas, é inédito, vai ficar registrado indeterminadamente por todo o tempo na nossa cooperativa e na nossa sociedade também. Então agradecer imensamente pela oportunidade, agradecer ao Elidir, nosso presidente do conselho, em nome dele e todos os conselheiros atuais, e os que passaram também nessa trajetória, os nossos colaboradores, associados, tantos associados, milhares de associados que nós temos hoje, muitas pessoas que me conhecem pelo nome associado, os colaboradores que eu não consigo gravar o nome e reconhecer muitas vezes, mas agradecer imensamente por toda a confiança e pelo aprendizado que a gente teve nesse período de 33 anos, desses 35 da Ouro Verde. Então, é um motivo de agradecer de gratidão imensamente por essa trajetória.
BRUNO MOTTA:
Excelente. Obrigado, Jô, mais uma vez. Obrigado também ao Mir, mais uma vez. E mais uma vez, muito obrigado a quem nos acompanhou em mais um episódio do nosso podcast Raízes Ouro Verde. Mais uma história, né, Camila?
CAMILA CARPENEDO:
Mais uma história. Muitas histórias, né? Que trajetórias lindas e inspiradoras que nós pudemos acompanhar hoje. Com certeza, deixam um legado pra gente e muitos aprendizados. Espero que você que nos acompanha tenha gostado. Espero que você continue nos acompanhando nos próximos episódios. Como o Bruno disse, siga a gente lá nas nossas redes sociais, acompanhe o nosso canal no YouTube, no Spotify, enfim, nas plataformas de podcast. Esteja com a gente toda semana. Toda segunda-feira tem episódio novo sendo compartilhado aqui no Raízes Ouro Verde.
BRUNO MOTTA:
E também no site, né? Muito importante. www.sicreadeouroverde35anos.com.br Todos os conteúdos disponíveis e na semana que vem tem mais. Até lá, então.
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