Neste episódio, mergulhamos nas origens da cooperativa através das memórias de duas colaboradoras pioneiras: Sandra Anita Heidmann Chemin, de Nova Mutum, e Valquíria Barzotto, a primeira funcionária contratada pela Sicredi Ouro Verde. Elas compartilham suas experiências e os desafios enfrentados nos primeiros dias, oferecendo uma visão única sobre a fundação da cooperativa.
Valquíria relembra como recebeu o convite para ser a primeira colaboradora, suas expectativas e os obstáculos da época. Sandra destaca a importância crucial da união e do esforço conjunto dos primeiros funcionários para construir a confiança da comunidade na cooperativa. Uma conversa emocionante sobre os alicerces da Sicredi Ouro Verde, contada por quem ajudou a construí-los.
TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 14
CAMILA CARPENEDO (Apresentadora):
Olá, seja bem-vindo a mais uma edição, a mais um episódio do nosso Raízes Ouro Verde, esse podcast que a gente está contando algumas histórias que marcaram os 35 anos da nossa cooperativa Sicredi Ouro Verde, né, Bruno?
BRUNO MOTTA (Apresentador):
É isso mesmo. Oi pessoal, tudo bem com vocês? Bem-vindos a mais um episódio aqui com a gente desse nosso especial que comemora os 35 anos da cooperativa. Por aqui, nas últimas semanas, nós já tivemos, né, Camila, muitas histórias, muitos colaboradores, muitos associados, pioneiros mesmo que estiveram com a gente nos últimos anos de construção da Sicredi Ouro Verde.
CAMILA CARPENEDO:
E hoje a gente recebe aqui duas convidadas muito especiais, duas mulheres que dedicaram grande parte da sua vida profissional à construção da nossa cooperativa. Já são mais de 30 anos, né, dedicados ao cooperativismo, à transformação das nossas comunidades, ao atendimento das nossas pessoas. E quem são elas então, Bruno?
BRUNO MOTTA:
Pois é, 30 anos de muito, mais de 30 anos de muito trabalho, né? Nós estamos recebendo hoje aqui no Raízes a SANDRA Anita Heidmann Chemin, que é ex-colaboradora do município de Nova Mutum, e também a VALQUÍRIA BARZOTTO, que é ex-colaboradora, recente ex-colaboradora aqui da Sicredi Ouro Verde. Bem-vindas. Nós temos muitas histórias para contar hoje.
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Olá, muito, muito feliz de estar aqui, poder compartilhar um pouco da nossa experiência, nossas histórias e falar dessa grande cooperativa de hoje.
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Obrigada também, né? A gente agradece o convite, né? Estamos aqui também para compartilhar um pouquinho da nossa experiência, né, nesses 30 anos da Sicredi. Eu estou há 31 anos, né, e 35 anos da nossa cooperativa.
CAMILA CARPENEDO:
Ah, então certamente muitas histórias pra gente aqui hoje. Vamos começar histórias. A gente fica muito feliz de receber vocês aqui. A gente recebe vocês com muita, muita alegria mesmo, porque a gente sabe de toda a contribuição que vocês tiveram e a gente espera que sejam muitas boas histórias que a gente possa compartilhar hoje, então, com os nossos ouvintes.
E pra gente começar, eu queria começar com a nossa colaboradora número um, né, que a gente gosta de falar, nossa colaboradora número um, Valquíria Barzotto. Ela que saiu há pouco tempo da cooperativa, né, mas que levava sempre esse título de primeira colaboradora. E eu queria te fazer uma pergunta, Val, pra gente começar. Você foi convidada na época a fazer parte de uma empresa, de uma cooperativa que ainda estava em construção. Você não sabia nem o que esperar. Como foi, né? Como foi esse momento? Ser convidada para uma empresa que ainda efetivamente não existia?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Camila, na época eu trabalhava num escritório de representação agrícola e eu trabalhava meio período, né? Recém tinha chegado em Lucas do Rio Verde, morava no Rio Grande do Sul, vim para cá com a minha família e comecei a trabalhar. Foi meu primeiro trabalho, né, nessa empresa e trabalhava meio período e depois estudava, né, trabalhava só meio período e ouvia rumores que estava se formando uma cooperativa, né, na época nós tínhamos uma cooperativa de produção aqui na cidade bem forte, bem respeitada, e estava iniciando a cooperativa de crédito. Eu tava no meu na minha atividade normal, no meu dia a dia, né? Um dia apareceu um convite, né? Olha, vem um pessoal aqui que tá organizando a Cred Lucas, veio aqui no escritório, eu nem sabia quem que era, que tinha ido lá. Até hoje eu tenho dúvidas de saber quem que foi, mas falou assim: “Olha, eu gostava muito da sua simpatia, do seu atendimento e queria te convidar para fazer um teste para trabalhar na Cred Lucas”. Falei: “Ah, então tá, vamos lá, né? Vamos ver”. E eu fui fazer a entrevista, o teste, né? Enfim, conversei com o seu Valdir de Areta na época, que era um dos que estavam nessa comissão organizadora, e ele me fez a entrevista, então falou da cooperativa, dos objetivos, enfim, e ele usou assim um linguajar bem formal, né? E eu, menina do interior, praticamente eu não entendia nada do que ele tava falando, sabe? Então, cooperativa para mim também era uma palavra assim familiar, mas eu não sabia realmente o que que era. Então, fui para casa, mas gente, eu acho que é uma ideia legal, mas eu não tô entendendo o que o que que é isso, né? O que que isso quer dizer? Perguntei pro meu pai. E meu pai no Sul sempre trabalhava bastante com cooperativa de produção, já vem dessa história de família, enfim, né? E ele me falou: “Não, isso é muito bom. É um é uma instituição que agrega várias pessoas.” Ele falou com as palavras dele, né? Mas eu entendi que é a união de várias pessoas num objetivo comum para resolver um problema comum. E pronto, eu me identifiquei na hora e voltei lá e falei assim: “Ah, eu vou trabalhar com vocês, sim, eu aceito. Vamos começar”. E por ali a gente começou, organizando a sala primeiro, limpeza da sala, uma salinha alugada, só tinha uma porta, não tinha nenhuma janela, nós tínhamos… então começou a formar equipe, limpeza da sala, formação de equipe, né? Então as entrevistas eram um que uma pessoa que sabia mexer no computador, né? que nós tínhamos um computador na Cred Lucas e tínhamos um gerente e uma caixa, uma caixa para os recebimentos, pagamentos, enfim. E foi assim que tudo começou. E lá se foram 34 anos num piscar de olhos.
CAMILA CARPENEDO:
Excelente. Com a Sandra também, né, Sandra? Uma história assim que desde lá no início, foi conhecendo a cooperativa, você já tinha outro trabalho ali no município de Nova Mutum, conheceu também a cooperativa e iniciou o trabalho. Queria que você explicasse pra gente como que começou essa sua trajetória profissional, porque realmente para quem não sabe, vai ficar sabendo agora, foi uma mudança muito grande de uma área para outra, mas que olha, a gente vê que deu muito certo.
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Com certeza. Eu trabalhava na prefeitura, né, quando eu fiquei sabendo da vaga para o Sicredi também, que na época era Cred Mutum. Então eu trabalhava na prefeitura, eu era concursada da prefeitura, datilógrafa. Naquela época tinha esse cargo porque eu batia tantas palavras por minuto lá, né? E quem tinha mais rapidez de bater sem olhar no teclado da máquina de datilografia, né? Tinha um diferencial. Então eu tinha essa habilidade ali com a máquina de datilografia, né? Então eu era concursada da prefeitura e daí o meu namorado na época ele trabalhava na Câmara. A Câmara era do ladinho do Sicredi, também uma portinha pequena que nem a Val falou, né? Só tinha uma portinha de entrada na frente, era uma porta dupla de abrir e fechar. Uma abria pra câmara e a outra abria pro lado do Sicredi, né? Não tinha porta giratória, não tinha nada, era piso, aqueles pisos queimados que eles falam, né? Bem no começo. E aí eu fui chamada para a entrevista, né? No fundinho eu não queria sair da prefeitura, sabe? Eu gostava, né? A gente começa uma coisa, a gente começa com muito amor, né? Mas assim, eu fui na entrevista e passei, fui bem, né? E me chamaram para trabalhar. Então o meu namorado fez força para mim ir, porque era pertinho, ele trabalhava na câmara, era do ladinho as portas, né? Aí eu saí da prefeitura, fui para o Sicredi trabalhar no início como caixa, né? Então o caixa ainda era aquelas caixas registradoras, né? Que nem a Val falou que é um computador só na cooperativa… Então aquele computador ele não tinha, não existia rede, né? Que um computador interligado no outro, né? Era só um computador lá e daí no final do dia alimentava as informações lá no computador, né? Pegava todas as informações durante o dia do movimento dos associados, ia lá no computador e lançava cada cheque, lançava manualmente, cada depósito que ocorria, ia lá e lançava manualmente no computador. Tirava um relatório para no outro dia ter o saldo dos associados para saber quem podia gastar o dinheiro, quem não podia dar conta, né? Então assim, eu comecei no caixa e, né, eu tinha sensibilidade com números, tal, né? Então eu, né, toda a função que eu pegava no Cred ali, eu gostava de fazer, né? Então fiquei, né, com tempo no caixa, mas eu comecei em 94, logo depois teve aquela crise da soja, né, o pessoal, eu lembro que logo depois ali o soja não valia quase nada e o pessoal jogou a soja lá no asfalto, né, meio que foi feito uma greve, né, então teve uma época assim que eu entrei bem no início da crise, né, que foram, né, o Sicredi participou junto, né, com a economia do Brasil, né, esses altos e baixos, né, então junto também o Sicredi entrou junto naquela, né, que na época era Cred Mutum lá. Entrou também numa dificuldade financeira das pessoas não conseguir pagar a cooperativa, né? E o soja não valia nada, todo mundo fazendo no asfalto e jogou o soja lá no asfalto. Eu não entendia nada que eu tinha acabado de entrar, sabe? Comecei assim, acho que o primeiro ano que eu tinha entrado na cooperativa, né? Foi aquela que eu não entendi o que que tava acontecendo, né? Hoje a gente entende isso, né? Mas foi assim, né? Um começo bacana que eu gostei muito de começar na cooperativa.
CAMILA CARPENEDO:
Uma curiosidade também, né, Sandra? Acho que acontecia lá também.
VALQUÍRIA BARZOTTO:
A gente tinha um computador, era uma registradora que ela tinha de puxar a manivela. Puxar manivela e era um cofre que tinha atrás do caixa, ficava quase exposto, né? Sim. E tinha um aparelho de ar condicionado, mas o aparelho de ar condicionado não era para os colaboradores, era para resfriar o CPU do computador. Era para isso que tinha o ar condicionado. Esquentava muito. Que ele esquentava muito. Mas era e a gente ficava torcendo toda hora para não desligar a energia, né? Porque tinha queda de energia. Era só mudar o vento, trocava, caía energia. Nós tinha que daí sair correndo lá para trás da agência da sala para ligar o motor estacionário para poder funcionar o computador, a lâmpada para não ficar escuro dentro da sala.
CAMILA CARPENEDO:
Quem chega hoje não imagina todas essas dificuldades de estrutura que vocês passaram na época, né? Mas além dessas dificuldades de estrutura, né? A Sandra lembrou um pouquinho de alguns desafios vividos na economia na época e mais que vocês têm lembrança assim que vocês acompanharam e que foram momentos desafiadores assim não só pra cooperativa, mas pra trajetória profissional de vocês também ao longo desses mais de 30 anos.
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Nessa época de 90, nos anos 90 teve muita troca de moeda, né? Era Cruzeiro, depois veio Cruzeiro Novo, Cruzeiro Real. Era uma época, cada pouquinho dava. Daí aquela nota de dinheiro não valia mais, tinha que trocar todo aquele dinheiro, né? Em pouco tempo assim, durante o ano mesmo, durante o ano trocava moeda, mas para saber mais ou menos a questão, o valor do dinheiro, você ia no mercado comprar pão de manhã, era um preço. Você ia de meio-dia comprar pão, já tinha aumentado. Se você ia tardinha comprar pão de novo, já tinha aumentado mais um pouquinho. Era uma inflação desenfreada, altíssima. Uma coisa que eu lembro assim que teve um mês que a inflação era 80%, então o dinheiro ali em 30 dias ele desvalorizava 80% se ele não tava aplicado, né? Então o dinheiro não podia ficar parado um dia, era assim, né? Tinha que aplicar todo dia, senão ele desvalorizava e perdia todo o valor, né? Em pouco tempo.
CAMILA CARPENEDO:
E vocês nessa posição também de se relacionar com esses associados e serem esse apoio deles nesses momentos, né? Como que foi isso para vocês?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Aí eu percebi assim que o associado tinha muita confiança, sabe? Ele via que a cooperativa era solução para ele, né? Que eles tinham na época assim instituições financeiras, às vezes não tinham muita saída onde buscar um recurso, né? Nem que se fosse um conselho ou onde depositar o dinheiro, né? O que que vamos fazer? Então, nesses momentos eu vejo assim que eles se apegavam muito à cooperativa, né? Eles vinham lá assim com aquela confiança, né? Aquela esperança que a cooperativa sempre poderia ajudá-los, né? Sempre foi um local assim, a cooperativa sempre foi um local de ouvir, né? Sempre era onde eles poderiam ir falar de tudo. Eles poderiam falar do tempo, falar da lavoura, falar do dinheiro, falar de um empréstimo, de um plano que tem um planejamento familiar que tem lá pra frente de uma dificuldade. Eles sempre tinham essa questão, é que nem a Sandra falou, a confiança sempre foi um ponto muito forte dentro da de se sentir em casa, né? Então isso a questão do relacionamento acho é primordial, né? Foi na essência do Sicredi, né? Foi desde o início. Era assim, né? Sempre foi assim.
CAMILA CARPENEDO:
É sempre isso é uma curiosidade para quem nos assiste, porque era assim e é assim até hoje, né? Os associados eles sabem que eles podem contar com esse momento de conversa dentro ou fora da agência, conhecendo ali os seus colaboradores que os atendem no dia a dia. Então, realmente é um sentimento de pertencimento. E eu queria aproveitar esse gancho para falar com a Valquíria sobre esse pertencimento também em várias áreas. Val, você passou durante a sua trajetória profissional dentro de agências, em vários cargos dentro das agências e construiu assim a sua vitrine profissional, a Valquíria profissional que nós conhecemos. Como é que foi isso? Como é que foi essa trajetória desde o início, como você já trouxe pra gente até agora, na última semana, nas últimas semanas que você esteve com a gente?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Sempre foi assim, onde precisava a gente ia, né, para qualquer situação, para qualquer desafio, início, a gente sempre queria desenvolver a cooperativa, apoiar os associados. Ah, estamos precisando de alguém que atenda, estamos precisando de alguém para uma unidade de atendimento nova, né? Estamos precisando de alguém para uma carteira específica e sempre assim a gente sempre se coloca à disposição porque é uma satisfação, sabe? Tanto da confiança interna dos gerentes, dos superiores nossos, né, que do conselho, presidente, enfim. E então, é uma questão assim que a gente sempre faz com amor, muito, fez sempre com muito amor e muito carinho e muita dedicação, porque sempre tinha essa responsabilidade da confiança que é depositada no teu trabalho, no teu respaldo, né?
CAMILA CARPENEDO:
E isso ao longo dos anos também, acredito que para as duas, né, também foram muitos momentos de atualização profissional, de se formarem essas profissionais que vocês se tornaram hoje, né, por meio da cooperativa ou com o apoio da cooperativa. Como que foi isso ao longo do ano, Sandra?
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Olha, com certeza, eu falei, eu e a Val temos essa característica, a gente se adapta muito fácil, né? A gente tem essa facilidade de resiliência, né? Falou assim: “Ah, eu tô pronta, eu tô aqui para servir, para ajudar. A cooperativa me contratou para atender o associado. Então eu não vou escolher um serviço, eu não vou, né, falar que isso aqui não tá na minha atividade.” Então isso a gente sempre teve isso com a gente, né? E a cooperativa sempre proporcionou muitas oportunidades de crescimento, tá? Eu desde o início, quando eu comecei a trabalhar na cooperativa muito novinha, eu não tinha nem casado ainda, tive meus filhos, fiz faculdade durante o Sicredi, então desde da faculdade de fazer uma pós-graduação, de fazer treinamentos, cursos, a gente fez muita formação dentro do Sicredi, né? Eu lembro que a minha filha mais velha, né, que tem hoje 27 anos, quando ela nasceu, eu tinha que entrar de licença, né? Mas eu não queria para direita porque eu tinha muito serviço para fazer, né? Então ela nasceu ali, eu sei que 30 dias depois tinha um curso e eu fui nesse curso e levei ela junto com um mês de idade naquela, né? Naquela época podia, né? Assim, a gente não podia, mas a gente foi, né? E eu fui, nossa, eu queria muito fazer aquele curso, né? E eu fui com ela assim, eu lembro que é uma lembrança que ela foi junto como era pequenininha, ela dormia o tempo todo e eu participei daquele curso com ela pequenininha.
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Comigo também aconteceu bem parecido, Sandra. A gente não conseguia ficar longe, né? Sim. E eu lembro que eu ia nas assembleias, estava de licença maternidade, tinha que cumprir o período de licença maternidade também. Já pedi para voltar antes, não me deixaram. Mas eu lembro que eu ia dar, eu ia nas assembleias, eu botava uniforme e quando me viu, eu tava lá, tava lá recebendo os associados, pegando as assinaturas, entregando os brindes, enfim, os catálogos que tinha para participação. Mas assim, é porque para mim, eu acredito que para Sandra também, para nós é um trabalho, aquilo é o nosso dia a dia, aquela nossa vida, a nossa vivência faz, é, faz um pedaço, né, pedaço da gente.
CAMILA CARPENEDO:
Como que vocês visualizam, como você mesmo disse, Valquíria, sobre essa relação com os associados? Nós já falamos aqui que desde o início sempre foi uma relação muito próxima, né, de no dia a dia ali mesmo nas agências, mas como que vocês visualizam a evolução do atendimento na nossa cooperativa? Hoje em dia nós temos um número muito muito maior do que há 35 anos atrás, quando a gente fala de associados. E vocês viram esse número aumentando ano após ano, o atendimento evoluindo. Como é que foi?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Essa parte da antigamente, antes, no início, né, era só presencial, né, não tinha outra forma, porque não tinha, não existia nem internet naquela época, telefone fixo, né, telefone fixo era uma linha, tinha o famoso telex, né, que a gente fazia comunicação lá com telex para pegar a taxa da TR do dia para poder, né, indexar todos os as aplicações pra gente alimentar as informações no computador. Mas os associados eram só presencial, ou a gente saía para visitar eles ou eles vinham. Geralmente eles vinham bastante, era mais presencial. Hoje em dia, com a evolução que teve, eu acredito assim, ó, que a Sicredi ela continua ouvindo a vontade do associado, porque ela tá se adaptando no digital, tá se adaptando pelos meios, né, de internet, internet banking, o mobile, o Tel que nós temos hoje em dia. Então ela continua ouvindo o associado, que modo que você quer ser atendido, por que que fica melhor para você? E sempre tentando evoluir mais e mais, né? Menos tempo de espera com mais tempo de resolução.
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
É, acompanhando a tecnologia, a evolução, né? Mas sem perder essa essência da proximidade, né? Então, se ele quer, ele vai na agência, ele vai ter alguém para atender ele lá. Mas hoje com a tecnologia, com a mudança, com a evolução, as pessoas não têm mais muito tempo, né? Todo mundo quer tudo na palma da mão, né? Então o celular, o Sicredi tá acompanhando, né? Você faz tudo em casa se você quiser, né? Então eu vejo que é um diferencial do Sicredi, né? Enquanto muitas agências não têm mais agência, é só virtual mesmo, né? O Sicredi tem ainda as duas opções. É isso que a Val falou, como você quer ser atendido.
CAMILA CARPENEDO:
E quando a gente fala de proximidade, Sandra, eu fico pensando em você que por nesses 30 anos de cooperativa sempre esteve também nesse atendimento, nesse relacionamento muito próximo com os associados, né? Como que foi para você enxergar a evolução também dos associados? Tem alguma história legal que você pode compartilhar com a gente de associados que eventualmente você atendeu? Os ele antes dele ter filho, hoje você atende os filhos. Eu imagino que você deve ter acompanhado muitas dessas histórias pensando em toda essa relação de confiança e de proximidade que você criou, né, com os associados.
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Tem, olha, tem muita história, né? Porque o associado ele grava, né? A gente, como a gente tá com bastante associado, às vezes a gente não consegue gravar o nome de todo mundo, mas eu lembro que teve um associado uma vez chegou, contando da vida dele, o que que ele conquistou, que ele tinha casado, que ele tinha tido filhos. Então, assim, ele mudou de cidade, ele foi embora, mas quando ele voltou, ele voltou na agência e ele lembrava do meu nome, né? Ele lembrava que eu era gerente dele, né? Às vezes nem sempre a gente atende todo mundo, nem sempre é gerente de todos que a gente atende, mas que eu atendia ele. Então assim, eu vi que para ele ficou marcado na memória. Eu fiz um diferencial que ele precisava de um empréstimo lá e que ele conseguiu aquele valor e aquilo fez diferença na vida dele depois, sabe? Então isso é uma história assim que eu vejo que passou anos, ele voltou lá e ele lembrava meu nome, sabe? Ele sabia o meu nome, ele conhecia a família assim, né? Pensou que a gente não tinha contato no dia a dia, né? Dez anos depois, assim, ele lembrava de tudo. Então eu vi assim que foi uma pequena coisa que fez diferença na vida deles, né?
CAMILA CARPENEDO:
Ver a evolução desses associados deve dar orgulho também, né?
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Com certeza, né? No geral assim, a gente vê como o mundo evoluiu, né? A questão da agricultura, o comércio, né? Como era antigamente e como é hoje, né? E que o Sicredi ele tá contribuindo, né? Hoje o Sicredi é uma das instituições financeiras mais importantes, eu acho, do nosso Brasil, penso, né? Cooperativa e ela está em crescimento, né?
CAMILA CARPENEDO:
Pertencimento e proximidade, né, Sandra? Agora a gente lembra também das inúmeras ações e presença na comunidade, apoio com a comunidade. Nós sabemos que todos os anos são diversas ações junto com os associados de todos os municípios onde nós estamos, onde a Ouro Verde está atuando. E eu queria saber de vocês quais foram, eu imagino que muitos, mas dos principais bons momentos que vocês viveram junto com a comunidade, seja eventos com a comunidade, ações com a comunidade, a presença ali na frente da agência, ali no bairro onde o associado mora. O que que mais remete a vocês nesse momento?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
A gente sempre acompanhou bastante a comunidade. Eu acho que foi dessa forma que a cooperativa foi ganhando volume, tamanho e confiança no início, né? Porque quando se começa um projeto que nem começou a Cred Lucas, a Cred Mutum, lá em Nova Mutum, era mais um nome, né? Era mais um nome. Ah, o que que é isso? Cred Lucas, Cred Mutum, né? Então as pessoas ficavam meio assim, né? E a gente foi desde o início, eu lembro que a gente participou no desfile de 7 de setembro, a gente participava das festas das comunidades, a gente participava de eventos nas escolas, às vezes precisavam alguém que venha falar sobre educação financeira, venha falar sobre poupança aqui para os alunos, nas instituições também da cidade participando junto na APAE, nessas entidades que prestam serviços às pessoas, à comunidade em geral, né? E esses esportes em conjunto com a prefeitura e as outras empresas, né, que se preocupam com as pessoas, né? Então, é muito contagiante participar com as pessoas e ver que todo mundo se reconhece ali, né? Todo mundo é igual, participando de uma evolução que é bom para todo mundo e a gente sempre tá presente.
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
É muito gratificante de ver essa presença, né? Presença na comunidade. Acho não, né? É um diferencial que ninguém tem, né? Por olhar assim, né? Uma instituição. Aliás, eu acho que a gente fez exemplo, né? Estamos fazendo exemplo porque há muito tempo atrás era só todo mundo, ah, eu quero Cred Lucas, eu quero Sicredi na festa, eu quero o papel da Cred na mesa da festa, né? Depois as outras instituições também começaram, né, a participar também desse movimento e isso é muito bom, né? Eu acho que a gente no início, acho que a gente serviu de exemplo, né? Não é uma pessoa ou uma instituição que fica lá voltada só para aquele atendimento e depois fecha as portas. Inclusive as outras instituições financeiras também estão começando a fazer um movimento parecido, né?
CAMILA CARPENEDO:
E sempre foi de uma forma muito genuína, né? Essa atuação muito verdadeira com esse interesse pela comunidade, né? Que é um dos princípios do cooperativismo, né? Sempre verdadeiro.
Vamos falar sobre aprendizado um pouquinho. Acho que devem ter aprendido muitas coisas ao longo desses mais de 30 anos, hein? Que que vocês mais aprenderam como colaboradora do Sicredi? O que que mais tá aqui e tá aqui que vocês lembram?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Ai, uma coisa que eu gosto muito, sempre gostei muito, é de aprender com as pessoas, de ouvir, de ouvir a história das pessoas, porque cada um tem a sua vivência, tem as suas experiências. Às vezes, eu aprendo o que se deve fazer, o que não se deve fazer, mas é ouvir as pessoas e saber o… Às vezes, aquele associado é um pouco chato ou aquele associado, né, ele sempre quer vir falar comigo. Entrava dentro da agência, quando trabalhava na agência, ah, tem que esperar, às vezes tava na meia hora do almoço e eu tinha que esperar ele vir falar comigo para depois eu poder sair, né? Mas assim, é gratificante, né? Que as pessoas tinham essa confiança em você e você tava participando de algum projeto, alguma coisa, eles estavam dedicando essa confiança para você tentar dar um apoio numa, sei lá, oferecer uma ideia, alguma coisa, ou simplesmente ouvir um desabafo. Então, é muito importante essa questão do ouvir. O ouvir você aprende muito, fazer a diferença, né? E fazer a diferença na vida das pessoas, né? Você fez algo a mais para aquela pessoa. Sempre falava assim do quilômetro extra, né? Eu não vou fazer só o que eu tô sendo paga para fazer, vou fazer um pouquinho mais, né? Se eu posso fazer, eu tô aqui para isso, para ajudar com as pessoas, né? Para atender bem e depois como eu vou ser lembrada lá na frente? Ninguém quer, né? Ser lembrada de uma forma negativa. Então eu sempre falo para os meus filhos também, né? E não é uma, não é a chegada lá na frente, é o caminho, né? Esse caminho que a gente tá percorrendo aqui na vida, né? O que que eu tô deixando de bom, né? Que legado que eu tô deixando que a gente falou sobre o legado, né? É, então a vida acho é sobre isso, né?
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
E um legal também de disso é porque a gente como desde o início a gente abriu conta dos fundadores praticamente, né? Muitos fundadores, depois abriu conta dos filhos e agora tá abrindo a terceira geração. Gente, isso chega a arrepiar, gente. É muito bacana para ver que isso é uma coisa que vai se perpetuar, né? É uma história, essa sucessão, né? Como é interessante. É uma história que vai continuar, né? As crianças que nem tinham nascido quando a gente começou, né? Hoje já estão sendo associados do Sicredi, né? Eu lembro que um dia eu fui numa loja, num petshop e a atendente lá: “Ah, tá, bom dia, boa tarde”, tal, tava encerrando, fazendo o pagamento e daí ela falou: “A Valquíria do Sicredi, né?” Falei: “Sim, mas tu me conhece?” Ela falou: “Não, meu avô, você atendeu meu avô, ele sempre falava de você quando se eu fosse lá era para ir te procurar que você me atendia bem”.
CAMILA CARPENEDO:
Que orgulho, hein, Val? Muito legal. E gente, falando assim também, né, de legado, a Sandra trouxe um pouco, a Val, mas quando a gente olha aí pro impacto, né, que a cooperativa é capaz de gerar na comunidade, vocês ao longo desses mais de 30 anos acompanharam muito disso, viram essa cooperativa crescendo e expandindo cada vez mais esse impacto que ela pode gerar e que ela efetivamente gera, né? O que vocês podem falar pra gente de algo que vocês entendem que verdadeiramente a cooperativa impacta ou impactou e que vocês têm muito orgulho de ter vivenciado ou feito parte?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Pergunta difícil. Eu falo assim, a Nova Mutum sem o Sicredi, não sei como seria, né? Lucas sem o Sicredi, né? Igual. Então assim, quantas pessoas que a gente ouve falar, né, que começou o seu comércio, abriu ali o seu consultório, o seu escritório, né, assim, a pessoa fala com orgulho assim, às vezes chega a arrepiar, sabe? A pessoa fala assim: “Não, eu consegui começar isso.” Lembra, Sandra, que a gente fez aquele empréstimo ou a gente precisava de tal coisa, o Sicredi nos ajudou. Então assim, eu vejo que foi muito, né, assim, o trabalho do Sicredi nas comunidades, não, não, no Mato Grosso, não sei, no Brasil, não, não seria o mesmo se não tivesse, né, o Sicredi é uma instituição assim que é sempre lembrada com muito carinho, né, pela comunidade, porque além de estar participando assim financeiramente, ela acredita nos sonhos, né? Ah, eu tenho um projeto de modernizar a minha fazenda, de comprar um equipamento moderno, novo. Não, vamos atrás, vamos ver que linha de crédito que encaixa, vamos ver o que fica melhor as condições para você. É uma participação assim conjunta, né? E também na sociedade, quantas coisas a Sicredi conseguiu trazer em parceria, mobilizar a comunidade, o poder público também, né, para conseguir grandes coisas e trazer para que todos pudessem desfrutar, né? E assim, o programa União faz a vida, quando a gente vai nas escolas, sabe, e vê as mostras que as crianças fazem, é muito lindo, porque eles fazem assim com carinho, com amor, né? E eles falam do Sicredi assim com orgulho, né, como se fosse, né, “Ah, eu trabalho lá também”, né? É assim, é interessante de ver essa, né, no coração das crianças, esse plantado ali, né, a sementinha do cooperativismo.
CAMILA CARPENEDO:
É um exemplo maravilhoso para chamar a gente para falar de futuro, né, Bruno?
BRUNO MOTTA:
Com certeza essa questão do futuro, nós estamos agora com essa felicidade de completar os 35 anos. Eu vou até pedir licença, Val, por favor. Você trouxe pra gente aqui até um material que certamente acho que o pessoal consegue mostrar depois se você quiser comentar um pouquinho sobre porque todas essas histórias que nós conversamos, muitas delas podem estar, devem estar aqui dentro…
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Isso abre pra gente pensar também. Aqui nós temos outro que a Sandra trouxe, que também trata um pouco da história dos 25 anos, há 10 anos atrás, que já teve muita evolução. Mas pra gente pensar daqui pra frente, daqui pros próximos 35 anos, quem sabe daqui para os próximos 50 anos, o que que vocês acreditam que esse Sicredi Ouro Verde ainda tem para contribuir com as próximas gerações? Ela tem a contribuir muito. É só compartilhar, continuar compartilhando, continuar compartilhando as vivências, compartilhando as necessidades, compartilhando as experiências, né? Nunca perder a essência, né? Essa essência de ser cooperativa nunca, nunca vai perder, né? Mas nunca essa proximidade, né? Por mais que evolua, vai ter sempre aquele contato humano que é, eu vejo que é um diferencial muito grande, né? E sempre mantendo esse norte, né, de trabalhar juntos, né? Não é um que se sobressai ao outro, não é o Sicredi que tá desse tamanho porque é o Sicredi, é porque as pessoas fazem o Sicredi. Grande efeito de pessoas e é para isso que ele existe.
CAMILA CARPENEDO:
Mas eu quero saber da história dessa agenda que você trouxe para mostrar pra gente o que tem aí de história, Valquíria, mostra pra gente.
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Quando eu fui convidada, então, para fazer, Sandra, olha só, quando a gente foi convidada para fazer esse podcast, eu fui dar uma olhadinha lá nos meus arquivos. Na realidade, essa aqui é uma agenda, ela tá um pouco escrita porque eu não tinha muito tempo para escrever, gente, porque a gente começava bem cedo. Sim. E quando tinha uma tal de voltar o backup, nós tinha que lançar tudo de novo, né? Então tinha pouco tempo para escrever, mas aqui tem umas anotações, tem alguns nomes. Então é o dia a dia da cooperativa. Esse aqui é uma agenda de 92, tem o ano 92 e 93. Aquela época a gente ganhava agenda que sobrava, então a gente ia anotando, né, pro ano, pro outro ano, enfim. Mas é uma recordação muito linda, assim, às vezes a gente olha uns números aqui que nem existem mais, muitos zeros nem existem mais, né? Tá longe, mas faz parte da história, da minha história, da história da cooperativa, da história da Sandra, de vocês também.
CAMILA CARPENEDO:
Que outra recordação você trouxe pra gente também, Sandra?
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Olha, eu lembro que logo quando começamos no Sicredi ali que eu comecei a trabalhar, a gente todo dia chegava mais cedo um pouquinho para montar os talões de cheque. Você lembra? Sim, lembro. A gente tinha que era tudo manual. Então a impressora todo dia de manhã imprimia na impressora, aquela impressora de agulha, matricial, que ela ia fazendo o nome ali de cada em cada folhinha do talão de cheque. E daí todo dia de manhã chegava mais cedo pra gente montar os talões. Era uma coisa assim que me marcou, sabe? Todo dia a gente chegava cedo para montar os talões de cheque, deixar na gaveta, porque era tudo pago com cheque, né? Não tinha a internet, o Pix, o TED, não tinha cartão, não tinha nada. Então era os pagamentos que os associados faziam, era tudo com cheque. Então usava muito cheque, né? Os associados usavam lá vários talões de cheque por mês, né? Então tinha que repor esse talão, era o principal meio de pagamento que se usava, né?
VALQUÍRIA BARZOTTO:
É, eu lembro que a gente faz, sou do tempo ainda que chegava o talão montado, a gente desmontava ele, batia com carbono, botava quatro folhinhas de carbono na máquina de datilografia para escrever o nome, para escrever o nome, o CPF e o número da conta. E depois a gente montava de novo, deixava, grampeava e o associado vinha buscar, a gente entregava e era assim, todo dia faltava um talão de cheque, a gente, ah, só um minutinho que eu vou providenciar. Ela ia lá na máquina, fazia manualmente. Fazer manualmente. É, e hoje tá se acabando, né, praticamente nem quase não tem mais cheque, né? Na evolução, né?
CAMILA CARPENEDO:
Essa evolução, Sandra, Valquíria, é legal da gente comentar porque muitas das pessoas que estão nos assistindo aqui agora também são colaboradores e pessoas que pretendem fazer uma carreira dentro da cooperativa, dentro do sistema Sicredi. Então, a gente tá quase caminhando pro final da entrevista. São tantos assuntos que às vezes falta até tempo para conversar, mas é necessário que vocês deixem uma mensagem, uma reflexão para quem tá buscando esse espaço, para quem tá buscando esse crescimento profissional, fazer carreira dentro da cooperativa.
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Eu diria que assim, não precisa ficar tanto tempo. Muito bem, mas eu acho que vão ficar muito tempo. É porque quando você entra, os seus valores batem com da instituição, você se apaixona por aquilo, né? Então eu diria assim: “Façam com amor, façam o que é certo, todo mundo sabe o que é certo, façam da melhor maneira que vocês puderem fazer e façam com coração.” Eu sempre digo assim, dentro do trabalho na Sicredi nunca teve um dia de rotina, sempre teve uma novidade, um riso, às vezes algum dia um pouco mais pesado, mas nunca teve rotina porque é apaixonante, é muito bom ver o desenvolvimento, ver o relacionamento, ver o carinho, o cuidado das pessoas, né, pessoas que movem essa cooperativa, que movem então essa comunidade. Façam com amor.
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Eu acho que a Val disse tudo, mas acho que é sobre isso, como eu disse antes, que a vida da gente, né? Quando a gente chegar no final, o que que eu deixei, né? Que legado eu deixei. Então, se a gente fizer com carinho, se a gente gostar do que a gente faz, a gente não vai precisar trabalhar nenhum dia, né? Porque vai ser um lazer, aquilo lá vai ser um prazer. Então, 30 anos, a Val, 35, 30, né? Eu 31 anos de Sicredi e todo dia que eu vou de novo, é como se fosse um novo dia. Por quê? A gente vai lá com amor, com prazer, sabendo que tu tá fazendo o melhor, tá fazendo diferença na vida de alguém, né? Não que a gente faça tudo perfeito, a gente sabe que ninguém é perfeito, a gente erra, todo mundo erra. Eu sempre falo errar é humano e todo mundo pode acontecer. O que não pode é persistir no erro, né? Momento que a gente reconhece que a gente fez uma coisa que não tava legal e a gente evolui, né? Eu acho que vale. É, é a vida da gente é sobre isso, né? É sobre o que a gente vai ver lá na frente, chegar no final, né? Que a gente não quer se aposentar, né? O que que a gente deixou de bom nessa vida, né? Que diferença que eu fiz na vida das pessoas, né?
Então, a gente tem vários ditados lá, né? Assim, ó, fazer e conferir, como é que é Val que a gente fala? Faz, dá uma conferida. A gente sempre, né, que a gente ensina alguém lá que conferir no início, sempre quando começava um novo colaborador, né? Vamos colocar do lado da Sandra ali, do lado da Val, né, Val? Para Sandra ensinar, para Sandra ensinar, né, como as coisas, né? Então assim, vocês, ditadinho que a gente tem, né? Faz e confia. Não confie só na memória. Anote, né, alguma coisa, né, porque se o associado falou alguma coisa, vez tem que anotar. Agora nós temos, antigamente era no papel, né, agora tem lá o CRM. Então, todos esses cuidados que a gente tem que ter, né, na carreira da gente, que é só sucesso.
CAMILA CARPENEDO:
E vocês com certeza fizeram muita diferença, continuam fazendo muita diferença. É incrível, né, Bruno? Ouvir histórias como essas, ouvir essas duas mulheres inspiradoras em suas carreiras, em sua dedicação pela nossa instituição, e nos ensina muito, né, sobre como trabalhar juntos faz muita diferença, nos ajuda a crescer em conjunto mesmo e fazer diferença nas nossas comunidades, né, e faz dar certo, né, porque a gente vê que essa toda essa trajetória que foi contada aqui reflete muito desde o início, desde todos os dias de trabalho, de perseverança para chegar no resultado que a gente vê hoje.
Então, em meio a todas essas histórias, Sandra, Valquíria, nós gostaríamos muito de agradecer a presença de vocês por estarem, ter disponibilizado esse tempo para conversar com a gente hoje e trazer essas histórias. Estamos sempre à disposição. Sejam sempre muito bem-vindas.
VALQUÍRIA BARZOTTO:
Eu agradeço muito pela oportunidade de poder reviver, de reencontrar a Sandra. A gente estudou junto. Faculdade junto, né, Sandra? A gente teve tem uma história. Verdade. Amizade além também, né? Sicredi, coisas que o Sicredi proporciona pra gente, né? É, a gente agradece muito a oportunidade.
SANDRA Anita Heidmann Chemin:
Eu também agradeço muito a oportunidade, né? Estamos aqui para aprender, para crescer junto com todo mundo e com o Sicredi, né?
CAMILA CARPENEDO:
E a gente agradece muito a vinda de vocês aqui. Tenho certeza que todos estão nos assistindo, nos ouvindo, se inspiraram, né? E se emocionaram com algumas das histórias de vocês.
BRUNO MOTTA:
Com certeza. E nós continuamos, né, Camila? Temos muitas outras histórias ainda para contar aqui no nosso Raízes nesse especial de 35 anos da Sicredi Ouro Verde. A gente reforça aí que a participação tanto dos colaboradores, dos nossos colegas, dos associados, dos pioneiros, é justamente para evidenciar essa trajetória, essa marca que fica no dia a dia de todos que estão com a gente presentes no dia a dia, tanto quanto profissional quanto pessoal.
E quem tá gostando, né, do nosso Raízes Ouro Verde, continua nos acompanhando então nos nossos canais, né, está disponível no YouTube da Cooperativa da Sicredi Ouro Verde, também no Spotify. Então fique com a gente e são 35 episódios contando muita história e falando, né, sobre a importância da nossa cooperativa e da atuação na nossa comunidade.
CAMILA CARPENEDO:
Isso mesmo. E sempre vendo, revendo quantas vezes for, pesquisando, também compartilhando aí com o pessoal que tá nos acompanhando. Sandra, Valquíria, muito obrigado pela presença e muito obrigado a todos que estiveram com a gente. Até a próxima semana.
BRUNO MOTTA:
Até a próxima semana. Tchau, tchau.
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