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Raízes Ouro Verde | Ep. 11
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Raízes Ouro Verde | Ep. 11

Paulo Prado e Antônio Hans

Em mais um episódio especial do podcast Raízes Ouro Verde, gravado em Cuiabá, os fundadores do Sicredi na capital, Antônio Hans e Paulo Prado, compartilham a trajetória pioneira do cooperativismo de crédito na cidade. O episódio mergulha na história da construção da cooperativa, destacando os desafios enfrentados no início do projeto e, principalmente, a importância fundamental da confiança dos associados para o sucesso da iniciativa.

Hans e Prado relatam como a união e o comprometimento das pessoas foram essenciais para consolidar a cooperativa, mostrando que o crescimento só foi possível graças à participação ativa dos associados e à crença coletiva em um modelo financeiro colaborativo.

Eles também abordam como as experiências e exemplos vindos do interior do estado serviram de inspiração e base para o desenvolvimento do Sicredi em Cuiabá, reforçando o poder transformador do cooperativismo na vida das pessoas e no desenvolvimento regional.

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Raízes Ouro Verde | Ep. 11
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TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 11

Camila: Olá, seja muito bem-vindo a mais um episódio do nosso Raízes Ouro Verde. Nós já começamos agradecendo a todos vocês que estão nos acompanhando. Esse já é o nosso décimo primeiro episódio desse nosso projeto em que a gente celebra os 35 anos da Sicredi Ouro Verde. Hoje a gente está num espaço diferente. Você já deve ter percebido, você que nos acompanha desde o primeiro episódio, deve ter percebido que a gente está num cenário diferente. A gente está em Cuiabá e logo, logo vocês já vão entender o porquê, né, Bruno?

Bruno: Isso mesmo, Camila. O pessoal que nos acompanha já deve ter reparado, como você falou, essa mudança do cenário do nosso estúdio de hoje, justamente porque temos um assunto diferente hoje, convidados diferentes, de uma história diferente, mas também muito importante. Só que antes de começar a falar sobre isso, aquele lembrete de sempre, que é muito importante para os nossos associados ou quem ainda não é associado, mas está nos acompanhando: lembre-se de acompanhar as redes sociais da Sicredi Ouro Verde, Facebook, Instagram e também no nosso site, www.sicrediouroverde35anos.com.br. Todos os episódios que já foram disponibilizados até o momento estão disponíveis por lá para serem assistidos quando e onde você, associado, quiser assistir, compartilhar e comentar. Contamos com a audiência de vocês por lá.

Camila: Então vamos explicar por que estamos em Cuiabá hoje e quem estamos recebendo aqui nesse estúdio aqui em Cuiabá. Hoje nós vamos falar então um pouquinho da história da cooperativa aqui na capital do estado. Essa história também tão importante para a nossa cooperativa. E nós recebemos aqui hoje duas figuras importantes, personagens importantes dessa história: Paulo Prado e seu Antônio Hans, dois associados fundadores da cooperativa aqui em Cuiabá. Sejam muito bem-vindos aqui ao nosso Raízes Ouro Verde.

Paulo Prado: Muito obrigado.

Antônio Hans: A satisfação é toda nossa. Estar com vocês, né, doutor?

Camila: Nós ficamos muito felizes por receber vocês. E pra gente já começar a nossa conversa, a gente costuma pedir aos nossos entrevistados, né, pra gente falar um pouquinho sobre as nossas raízes, né? Bem pelo nome do nosso podcast, Raízes Ouro Verde, né? Então nós queremos pedir pra vocês. Seu Antônio, seu Paulo, por favor, quais são as raízes de vocês, né? Contem um pouquinho pra gente.

Paulo Prado: O senhor prefere, doutor Antônio? O senhor é quem manda. O doutor Antônio é um símbolo que todos nós do Ministério Público e amigos temos de credibilidade, seriedade, uma reserva moral no estado de Mato Grosso. Pela sua história de vida, profissional, pessoal, eu o tenho como um exemplo de vida.

Antônio Hans: Meu nome é Antônio Hans. Nasci em Três Lagoas. Quando Mato Grosso era uno e íntegro, e lá ficamos dois anos em Três Lagoas, mudamos para a cidade de Paranaíba, onde fiz o curso primário, secundário, e fui para o Rio de Janeiro matricular na Faculdade de Direito Cândido Mendes. Formado em direito, retornei a Paranaíba como advogado. E nesse período me casei com dona Olga, que já não está mais comigo, mas temos uma filha. Muito feliz com isso. E nesse período, eu como advogado, vi um edital de convocação para o primeiro concurso de Ministério Público em Mato Grosso. Primeiro concurso. Eu me inscrevi e vim até Cuiabá, fiz o concurso, fui aprovado e fui designado para a comarca de Paranaíba como promotor efetivo nesse período. Fiquei em Paranaíba como promotor, me parece que por 7 ou 8 anos, fui promovido a procurador da justiça. Vim para Cuiabá com a minha família e ficamos aqui até hoje vivendo feliz nessa cidade maravilhosa com o povo cuiabano excepcional.

Camila: Essa cidade acolhedora, né? Como é o povo cuiabano, né?

Paulo Prado: Mas é bom ressaltar, doutor Hans é uma pessoa humilde. Ele foi várias vezes procurador-geral de justiça, foi fundador da nossa associação, foi convidado pelo governo do estado para ser procurador-geral do estado de Mato Grosso. Então é uma pessoa que faz parte da história jurídica de Mato Grosso e do nosso Ministério Público.

Camila: Assim como o senhor, né, doutor Paulo Prado? Conte um pouquinho para nós também das suas raízes.

Paulo Prado: Eu sou filho de José Caporossi do Prado, meu pai é pantaneiro, poconiano, formado em direito no Rio de Janeiro, meu pai. Lá ele conheceu minha mãe, uma carioca, Violete Jorge do Prado. Eu sou o primeiro filho. Eu formei em direito na Universidade Federal de Mato Grosso, em 86, e fiz o concurso para promotor de justiça e passei em 1989. Comecei na comarca de São Félix do Araguaia, o doutor Antônio fez parte da banca, foi meu examinador, prova difícil dele, você entendeu? De São Félix do Araguaia eu fui promovido para Sinop. De Sinop eu fui promovido para Rondonópolis. De Rondonópolis para Cuiabá. Em 2005 eu fui procurador-geral de justiça pela primeira vez. Fiquei de 2005 a 2007. De 2007 a 2009. Aí eu voltei novamente em 2013 como procurador de justiça. 2017. E estou há 35 anos exercendo como membro do Ministério Público. E atualmente eu sou procurador de justiça que trabalha na Procuradoria Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. E associado, fundador da cooperativa Sicredi Ministério Público, que depois nós fizemos a adesão e nos unimos à Ouro Verde Sicredi. Isso mesmo. Tenho três filhos, o doutor Antônio Hans aí falou. Eu tenho três filhos, dois meninos e uma menina. Os meninos são formados em direito. E a minha caçulinha, a menina, está no quinto ano de medicina. E sou casado com uma médica, Elei Maria.

Bruno: E os filhos seguindo ali, então. O legado dos pais.

Paulo Prado: O Rafael é o mais velho, aí vem o Paulo, o filho e a Elei.

Camila: Legal. Então vamos começar a contar um pouquinho dessa história aqui. O senhor começou, né, doutor Paulo Prado, falando ali do Ministério Público?

Paulo Prado: Isso mesmo.

Bruno: Acho que também, para a gente contextualizar um pouco, né, Camila, como falamos no começo, a questão da presença da cooperativa aqui em Cuiabá, vamos trazer um pouquinho da história também. E da importância da capital, né, eu acho, para o estado de Mato Grosso hoje. Acho que é legal vocês dois também, né, tão atuantes em Cuiabá há tanto tempo, como que vocês enxergam hoje, né, a Cuiabá para o estado de Mato Grosso? A representatividade da nossa capital.

Paulo Prado: O senhor prefere falar ou prefere que eu comente?

Antônio Hans: Pode comentar.

Paulo Prado: Eu vejo, sem sombra de dúvidas, que o estado de Mato Grosso hoje tem um perfil econômico. É um perfil econômico muito forte, que é o agronegócio, sem sombra de dúvidas. E é um estado que tem 4 milhões e meio de habitantes. Nós não temos 5 milhões de habitantes. No entanto, um terço da população mato-grossense está concentrada na Baixada Cuiabana. Então, a importância da sobrevivência forte de Mato Grosso está na Baixada Cuiabana. Cuiabá hoje tem 700 mil habitantes, Várzea Grande 300 mil. Então, a Grande Cuiabá tem um milhão. Sem contar cidades próximas, bem próximas, num raio de 200 quilômetros, que você pega Rosário Oeste, Nobres, Poconé, Chapada dos Guimarães, que é um bolsão de quase um milhão e meio de habitantes, onde oferece o quê? Serviços, muito serviço, um parque universitário muito grande e de negócios muito grande. Cuiabá hoje é uma capital muito forte em negócios, é uma capital muito forte educacional, cursos, é uma capital muito forte em serviços. Então a importância do sistema Sicredi em Cuiabá, se fortalecer em Cuiabá, é preponderante. E nós do Ministério Público temos um papel primordial nisso tudo, porque nos idos de 2000, final de 2000, a instituição percebia a dificuldade que o Estado passava naquela época, o país passava, uma recessão acentuada nos anos 2000, e nós não encontrávamos nos bancos tradicionais a mesma relação que a cooperativa oferece. E estávamos insatisfeitos, o doutor Antônio Hans deve lembrar, nós tínhamos o quê? Colegas que desejavam adquirir o seu imóvel e não tinham uma linha de crédito fácil, que desejavam comprar o seu carro, ajudar um irmão, um filho na faculdade ou então num tratamento médico. A situação era difícil. Foi então que, conversando com alguns amigos, passamos a conhecer o que vem a ser o cooperativismo. O que significa o cooperativismo? De repente, você passar a ser dono do seu próprio negócio. Você planejar a sua vida de acordo com o orçamento financeiro e econômico que a cooperativa tem à sua disposição. E com isso, conhecemos o senhor João Spendoff, que procurou o doutor Antônio Hans, procurou o João Floriano, conversou comigo, com a colega Eunice Helena, com o Edmilson, com o Escalope. Nós éramos em torno de 10 a 15 colegas naquele primeiro momento. E foi um desafio para ambas as partes, para o Ministério Público, deixar de lidar com os bancos tradicionais, não ser a sua principal relação, e sim entrar no mundo do cooperativismo. E para o sistema Sicredi, que tinha uma atuação segmentada agropastoril, passar a lidar com o mercado novo, que é da relação jurídica, que são profissionais da área do direito. Então, foi um casamento perfeito, que dura até os dias de hoje, né, doutor Antônio?

Antônio Hans: Com certeza.

Camila: A primeira sementinha, né, para o cooperativismo de crédito também é aqui em Cuiabá, né?

Paulo Prado: Aqui em Cuiabá.

Camila: Doutor Antônio Hans, então, foi o primeiro presidente, né, na época.

Antônio Hans: Foi o primeiro presidente.

Camila: Então, que lembranças, né, doutor Antônio Hans, tem daquele momento, né, daquela mobilização inicial também, para que fosse fundada uma cooperativa?

Antônio Hans: Tivemos, na época, uma certa dificuldade de trazer os colegas do Ministério Público para nós fundarmos a cooperativa. Tivemos alguma dificuldade porque os colegas ciosos, como sempre foram os promotores, ciosos da responsabilidade, temeram não conhecer o que era cooperativa e ficaram na dúvida. Foi preciso um trabalho muito grande para a gente convencê-los de que a cooperativa era útil para nós e era muito bom para Mato Grosso. Então tivemos essa oportunidade de conversar. Eu fui procurado, como lembrou o Dr. Paulo, pelo Dr. João Spendoff, ele que conversou comigo inicialmente, que me orientou, nos levou até a agência, a gerência, para conhecer o sistema, nos mostrando como é que funciona, qual é o objetivo, e isso nos proporcionou conhecer os objetivos e nos voltar a aderir ao cooperativismo. Foi muito importante e logo nos primeiros anos, falei com certa dificuldade, mas foram superadas. E hoje o Ministério Público está muito feliz com a cooperativa. Um tratamento excepcional. Diferente dos bancos, porque praticamente eu não conhecia o gerente do banco. Hoje eu conheço todas as gerentes, eu estou com todos eles, nós conversamos, eu telefono para eles, quer dizer, é muito mais fácil.

Paulo Prado: A proximidade, né?

Antônio Hans: A proximidade.

Paulo Prado: A família teve algo muito importante nessa história, que foi o papel do doutor Antônio Hans. E muitos colegas tinham sua conta nos bancos tradicionais há 15, 20, 25 anos. Uma relação já antiga.

Antônio Hans: Já antiga.

Paulo Prado: E o doutor Antônio, uma pessoa com uma certa idade, já tinha uns 60 anos de idade, 65, mas como uma pessoa aberta ao novo, aberta à evolução, ele entendeu a importância de termos a nossa cooperativa e passou a ligar para os colegas. E a credibilidade do nome dele, que é uma pessoa de muita credibilidade, [fez com que os] colegas [dissessem]: “Se o Hans está nessa, eu vou também”. Foi o exemplo para os demais. Não, se o Hans está nessa. Se o Edmilson está nessa, se o Floriano está nessa, se a Eliana Maranhão está nessa. Então, ele foi o grande articulador dessa mudança de hábito, de você aceitar o novo, de cultura, de você sair daquele tradicionalismo bancário e passar para o sistema do cooperativismo e mostrar para os colegas: “Olha, agora você é dono do seu negócio. Você que vai participar ali no conselho de administração, no conselho fiscal, você tem responsabilidade”. E ele aceitou o desafio de ser o nosso primeiro presidente.

Bruno: Vocês estavam contando antes da gente começar também que vocês tiveram um momento que foram conhecer uma cooperativa parecida com essa que vocês pretendiam implantar lá em Campo Grande. Como que foi essa história?

Antônio Hans: Colegas em Campo Grande tinham já o cooperativismo. E o senhor João Spendoff falou: “Por que vocês não vão num local que já funciona há algum tempo para ver essa realidade?”. Então, um grupo de colegas foi até Campo Grande, vivenciaram. E o João depois também convidou alguns colegas para conhecer no Sul, lá em Porto Alegre.

Paulo Prado: O berço do cooperativismo.

Antônio Hans: O berço do cooperativismo. Eu fui a Nova Petrópolis, Encantado, é Encantado o nome da cidade?

Paulo Prado: Tem uma cidade que chama Encantado.

Antônio Hans: Encantado, uma outra cidade também, lá em Porto Alegre, Gramado, participamos assim, e foi amor à primeira vista.

Camila: Que legal.

Bruno: E vamos falar então daquele impacto inicial, né, Bruno? Acho que é legal a gente também tentar resgatar como que foi a partir da implantação, então. Em maio de 2001, efetivamente, abrimos a primeira agência. Como que foi aquele impacto inicial já daí de ter ali a sua própria agência, da própria cooperativa, esse relacionamento já funcionando?

Antônio Hans: Foi muito importante a iniciativa. O próprio sistema Sicredi nos procurar para criarmos a cooperativa em Cuiabá através do Ministério Público, isso para nós foi muito bom e acho que foi bom para Mato Grosso, porque a administração não foi fácil, não.

Paulo Prado: Não foi o início, Bruno, se o doutor Antônio permitir. Nós começamos numa sala pequena.

Bruno: Isso, eu ia chegar lá.

Paulo Prado: Isso. No interior do prédio do Ministério Público, mas o sistema Sicredi deu total apoio. Ofereceu respaldo contábil, profissionais que iam constantemente treinar o nosso conselho fiscal, o nosso conselho de administração, não é, doutor?

Antônio Hans: Sim. O doutor Paulo Prado foi uma aquisição para a cooperativa excepcional. Porquanto ele disse, e eu repito, eu fui até ele preocupado, porque nós não tínhamos um espaço onde funcionasse, onde fosse criado realmente. E ele, procurador-geral da Justiça, eu conversei com ele, ele gentilmente, e também como fundador da cooperativa, ele nos cedeu uma sala que hoje ela diminuiu, porque hoje mudou tudo, mas na época os funcionários e funcionárias todos foram para lá muito elegantes, muito alegres, muito trabalhadoras. Nos tratavam com muito carinho e claro que nós ficamos felizes com isso. Repito que a posição do doutor Paulo foi fundamental. Não só porque ele nos cedeu a sala, mas porque o nome dele, ele era procurador-geral da Justiça, com toda a gentileza, muito cordial. E hoje a cooperativa deve muito a ele por esse trabalho, essa dedicação.

Camila: Vocês estão vendo como é bom ter amigos, né? Os amigos são generosos nas palavras, né?

Bruno: Já destacaram, vocês já destacaram, doutor Paulo, muitos momentos marcantes, né? Como, por exemplo, essa lembrança dessa sala pequena dentro do prédio do Ministério Público, mas além disso, com certeza, existem muitas outras boas lembranças.

Paulo Prado: Eu posso destacar uma boa lembrança?

Bruno: Por favor.

Paulo Prado: Porque a grande preocupação nossa também era com os servidores, né, doutor? Com os servidores. E eu lembro muito bem, quando uma servidora chegou e falou: “Eu estou assinando o contrato da minha primeira casa”. Olha, até me emociono, porque ela já tinha um tempo de instituição, já tinha uma certa idade, falou: “Vou parar de pagar aluguel. Agora eu vou dormir debaixo do teto que é meu, que é da minha família”. Isso foi muito emocionante. Uma outra servidora que falou: “Olha, eu consegui realizar a cirurgia num grande hospital para que meu filho pudesse corrigir um defeito ortopédico, eu devo isso à cooperativa”, que conseguiu arrumar o recurso com juros baixos, que permitiu. E colegas também, vários colegas, que adquiriram casas, que ajudaram os filhos, que ajudaram o pai, a mãe. Então, essa integração, essa união, essa família, essa força familiar, uniu servidores, promotores, procuradores, colegas da ativa, colegas aposentados. Olha, são lembranças que marcam a gente para sempre, não é, doutor Antônio? E que mostram realmente o objetivo da cooperativa, para que ela existe.

Antônio Hans: Tivemos também, na implantação da cooperativa, o carinho e a disposição nos auxiliando, um colega, não funcionário, que era gerente, nosso primeiro gerente, é o Luiz Cláudio. Luiz, é Luiz Cláudio? Não, não era. Era o Cláudio, o José Cláudio, parece.

Paulo Prado: É, nós temos que… a memória. Já faz 24 anos, né, gente? Mas nós não podemos esquecer aqui, dentre diversos colegas, de um, de dois que já, três que já não estão conosco. O doutor José Floriano, que também foi presidente. O doutor Silvio, que também foi presidente. E um apaixonado pelo sistema Sicredi. E o colega Célio Fúrio, o Silvio Célio Fúrio, o Covid levou, né? A doutora Julieta também, que fazia parte, que o Covid levou. Então, colegas que vestiam a camisa, que faziam a propaganda positiva, que levavam colegas e pessoas para conhecerem a agência, abrir conta conosco. Então, se eu esqueci alguém que já faleceu, mas eu lembro dessas quatro pessoas que foram primordiais também, né, doutor?

Camila: E aos poucos, então, a cooperativa foi crescendo e teve alguns momentos também importantes para essa história, que foi quando a cooperativa passou a se unir a outras cooperativas também do Estado, né? Como vocês, que lembranças vocês têm também desses momentos e qual que era a motivação também para essa união?

Paulo Prado: A cooperativa começou a crescer, crescer, crescer e de repente o João [Spendoff] conversou conosco: “Olha, cooperativismo é união e a gente se fortalece estando unido. Vocês estão fortes? Estão, mas podem ficar mais fortes ainda”. Isso porque nós éramos procurados por outros sistemas de cooperativismo que queriam unir conosco. Ele falou: “Não, mas o segredo é a gente continuar Sicredi. É a gente continuar com a história do Sicredi, com a ideologia Sicredi de ser”. E tem a Ouro Verde, fomos procurados por ele, e toda a equipe dele. E ele fez uma exposição de motivos, dizendo como seria bom, tanto para a Ouro Verde, como para o Ministério Público, essa irmandade. Não é, doutor Antônio?

Antônio Hans: E aí nós entramos, teve a Assembleia. A Assembleia foi excelente, a Assembleia foi extremamente tranquila, os números foram apresentados, nós unimos e estávamos no azul, estávamos muito bem, mas queríamos ficar ainda melhor. Não com essa preocupação econômica e financeira, pura e simplesmente, mas de poder trazer mais pessoas, de ajudar mais pessoas e também programas sociais, que é a importância. Nós participamos desses 35 anos, onde lá na reunião vocês viram, e todos nós assistimos, diversas instituições e diversos grupos que receberam a colaboração do Sistema Sicredi. Isso também foi muito importante para fomentar essa união, há o quê? Mais de 10 anos.

Paulo Prado: Mais de 10 anos. Mais, mais.

Bruno: E vocês lembraram um ponto importante que foi esse crescimento para outras pessoas, porque inicialmente a cooperativa era segmentada ali para o público ligado ao Ministério Público, e com essas uniões, então, também passamos a poder receber cada vez mais pessoas. Cuiabá também já tinha outras cooperativas nessa época, segmentadas também, do CREA, engenharias, das farmácias. Como que vocês viram, ao longo desses anos, cada vez mais a população de Cuiabá conhecendo o Sicredi, entendendo um modelo diferente de trabalhar com instituição financeira?

Paulo Prado: O sistema Sicredi, ele tem uma característica, né, doutor Antônio, que nas reuniões você não vê desavenças. Pode existir pontos de vista e posicionamentos que às vezes são contrários. Mas as pessoas param, analisam e [concluem]: “Não, esse caminho é melhor”. Ninguém se sente vencido, ou não tem vencedor nem vencido. Tem o quê? A união, a prosperidade, o fortalecimento. Isso que é a grande diferença de um sistema bancário onde você não participa das reuniões, você não sabe para onde esses recursos são direcionados, como são escolhidos os… a participação da mulher, muito importante, e a mulher cada vez mais ocupando espaço. Quero destacar que o sistema Sicredi reconhece que o Ministério Público é uma instituição onde nós lutamos diariamente pelo espaço da mulher, tá? Pelo espaço do deficiente, pelo espaço dos autistas, então pelos espaços das pessoas idosas, né? E isso acontece conosco porque nós não discriminamos pessoas, nós não enxergamos que aqui tem que ser só A, B ou C. A experiência de anos é importante com toda a energia da juventude. O olhar da mulher com o olhar do homem, com o olhar de todas as pessoas, faz com que esse sistema se torne algo harmônico, igual e próspero. Não é, doutor Antônio?

Antônio Hans: Com certeza.

Camila: Doutor Antônio, então como que o senhor vê essa evolução do Sicredi ao longo dos anos aqui em Cuiabá também? Hoje já é a maior rede de instituição financeira aqui em Cuiabá, então tem ali nos bairros para quem quiser ter acesso ao Sicredi, ao cooperativismo. Como que o senhor, como fundador também da cooperativa, enxerga a importância da cooperativa hoje?

Antônio Hans: Em primeiro lugar, é uma felicidade enorme saber que aquilo que nós implantamos, ela falou, deu [certo]. E nós conseguimos crescer o sistema cooperativo e isso nos traz muita alegria, muita satisfação de saber que nós plantamos e estamos colhendo o resultado excepcional da cooperativa em Mato Grosso. Principalmente em Cuiabá, nós não tínhamos nenhuma cooperativa, pelo menos que eu tenha notícia, parece que não tínhamos, e foi a primeira. E eu repito também a grandiosidade do nome do Ministério Público no cooperativismo. Repito, os colegas do Ministério Público, todos são muito ciosos com a lei, a preocupação. Então, isto cresceu dentro de cada um, a vontade de contribuir, a vontade de produzir, a vontade de realizar. E nós realizamos, na medida do possível, aquilo que foi possível dentro das nossas obrigações, da nossa posição. E acredito que… Me parece que só Cuiabá é que tem o Ministério Público no Sicredi. Me parece que no Rio Grande do Sul também.

Paulo Prado: Hoje nós já somos 26 agências aqui em Cuiabá. Então é uma grande capilaridade também.

Antônio Hans: Eu não tenho certeza se Curitiba também, de repente, tem. Mas Campo Grande e Rio Grande do Sul, sim.

Paulo Prado: E o doutor Antônio comentou uma coisa, e hoje a gente percebe o nome Sicredi patrocinando eventos. E a preocupação que eu acho importante, e tem que manter isso, eventos de cunho social. Eventos realmente que tragam para a população algo benéfico. Então, participando de patrocínio de eventos voltados à saúde, voltado à educação, ao desenvolvimento cultural da nossa gente, à diversidade, isso é importantíssimo, e até ao esporte. Você hoje vê o sistema Sicredi, como a marca está forte, quando as pessoas falam: “Não, o Sicredi está patrocinando esse evento que vai falar sobre autismo”, que é uma discussão hoje que o Ministério Público abraçou também, que é um projeto que nós temos. O Sicredi está no futebol, está lá ajudando o Cuiabá.

Bruno: E outros clubes também.

Paulo Prado: E outros clubes. Mas como você perguntou de Cuiabá, então está falando que aqui em Cuiabá você vê a marca Sicredi muito forte, a logo Sicredi muito forte. Eventos de cunho social e voltado para o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso.

Camila: Como que vocês percebem essa chegada de novos associados que cada vez mais tem acontecido? Porque assim, em outros episódios, né, Camila, muito foi comentado, muito do início, de como que era conectar, você chegar e ir lá na casa do associado, explicar pra ele do que se tratava a cooperativa.

Bruno: Convencer, né?

Camila: Convencer o pessoal a participar. Vocês já comentaram que isso aconteceu aqui também e deu muito certo. Hoje em dia, a gente tem essa presença.

Paulo Prado: Hoje mudou. Hoje mudou. Hoje as pessoas vêm atrás. Estão procurando. No passado, o doutor Antônio tinha que ir, eu ia atrás, tinha que ligar, insistir. Hoje não, as pessoas [dizem]: “Eu quero. Quero ser incorporado. Como que eu faço, Paulo? Como que eu faço, doutor Antônio? Como que eu faço? Me leva, me apresenta lá”. Mudou. As pessoas estão rotineiramente, diariamente, procurando as agências, procurando os nossos gerentes, procurando as servidoras e servidores que trabalham para se associarem, para abrir a sua conta, para participar. Meus filhos todos estão, minha esposa, eu tenho sobrinhos, então todo mundo [pergunta]: “Tio, como que eu faço? Eu também quero ir para o Sicredi”.

Bruno: E dá orgulho?

Paulo Prado: Muito orgulho, muito orgulho.

Antônio Hans: Afinal foi um sonho, né? Que nós realizamos, trazendo para nós a satisfação de haver realizado os sonhos de crescermos e contribuir para a grandeza do sistema Sicredi e Cuiabá, também beneficiada com a primeira agência, a primeira Sicredi aqui em Cuiabá. 16 agências. Então são milhares de cooperados. E esses milhares de cooperados têm filhos, têm netos, têm irmãos. A tendência é só melhorar.

Paulo Prado: Tem muito a crescer ainda, né?

Antônio Hans: Muito a crescer.

Paulo Prado: Quando o produto é bom, quando o fruto é bom, quando a semente é boa, ela vai produzir bons frutos. E esses bons frutos vão germinar outras plantas. E essas outras plantas vão crescer, vão ser frondosas, vão dar sombra, vão dar alimento. Esse é o ponto.

Bruno: O senhor falou, doutor Paulo Prado, um pouquinho também desses projetos e iniciativas sociais. Eu acho que é importante, eu gostaria de ouvir também os senhores nesse sentido, de como que os senhores veem esse diferencial dessa atuação social que não ocorre com outras instituições financeiras tradicionais. Esse olhar para as necessidades de Cuiabá, da localidade e estar ali onde a cidade precisa.

Paulo Prado: Olha só, se o doutor Antônio permitir, olha só. E é algo importante ser dito, você participa do PL na hora de distribuir os lucros.

Bruno: Os resultados, né?

Paulo Prado: Os resultados. E de uma maneira inovadora, eu quero aqui parabenizar as pessoas que pensaram nisso. Você tem que optar. Eles dão um número.

Bruno: Uma lista, né?

Paulo Prado: Uma lista de entidades que foram visitadas, que foram avaliadas, entidades sérias, que possuem toda a documentação, que estão habilitadas a receber essa destinação de recursos. E, com isso, você vê pessoas que trabalham com crianças e adolescentes deficientes recebendo recursos, pessoas que trabalham com idosos, pessoas que trabalham com formação cultural, profissional, tecnológica, nos diversos ramos do conhecimento, do relacionamento social. Você percebe naquela grande reunião o testemunho de coordenadores de entidades não governamentais que se emocionam ao relatar que eles estavam praticamente fechando as portas quando eles foram recebidos pelo sistema Sicredi. E o sistema Sicredi permitiu, através de todos nós cooperados, que na destinação de recursos ele pudesse continuar com as portas abertas, gerando sonhos, gerando transformações, gerando realidade positiva social. Isso é muito importante.

Camila: Acho que é importante pontuar essa iniciativa que o doutor Paulo Prado trouxe. Este ano, após as assembleias, foram 3 milhões e 300 mil destinados para as entidades sociais aqui nas 15 cidades que a Sicredi Ouro Verde atua.

Bruno: 156, né?

Camila: 156 entidades. Então é realmente fazer a diferença na vida dessas entidades, mas claro, das pessoas que são atingidas por elas.

Paulo Prado: E queremos doar mais, queremos aumentar esse valor. E isso tem a ver com você realmente trabalhar com a cooperativa, a você aplicar na cooperativa, a você fomentar a cooperativa para que mais e mais pessoas, milhares de pessoas, sejam atendidas.

Bruno: Falando de futuro, a gente sempre pergunta para o pessoal que tem participado quais são as expectativas com a cooperativa. São 35 anos de história. 24 aqui em Cuiabá. Muitos outros ainda virão. Quais são as expectativas de vocês enquanto associados, orgulhosos pelo que fizeram e que ainda vão ver muito pela frente?

Antônio Hans: Nós temos esperança de que a cooperativa cresça cada vez mais e vamos buscar outras cidades, porque foi muito importante, o Sicredi foi no interior, principalmente no norte do estado, onde havia pecuária, o pecuarista, o homem do campo. Normalmente são fazendeiros que tinham recursos próprios e não tinham que trabalhar com banco. Era difícil fazer empréstimo. Então, isso facilitou a eles. E o objetivo é crescer nesta área. Foi importante. O Sicredi atingir esse pessoal pobre lá do interior, cidadezinhas pequenininhas, que não tinha banco, não tinha nada lá, tinha que pegar um ônibus e vir até Cuiabá ou uma cidade mais perto para realizar seus sonhos, realizar seus negócios. Quando o Sicredi chegou lá, cresceu a cidade. A cidade ficou feliz. E mais do que isso, ela cresceu, ela se fortaleceu e fortaleceu a instituição. O Sicredi também cresceu, como não, e que isso é muito bom para todos nós. Nós ficamos felizes com isso, de saber que aquilo que nós plantamos deu resultado. Não foi muito sacrifício, porque os colegas do Ministério Público, todos eles já conheciam, pelo menos, não conheciam o Sicredi, mas sabiam o objetivo, conheciam o objetivo. E foi muito importante que os promotores que estavam no interior também queriam que naquela cidade em que eles estavam exercendo, fosse também criada uma agência do Sicredi, que era importante para eles também. O Sicredi teve uma participação tão grande no crescimento de Mato Grosso, das cidades do interior, que nos deixa muito felizes de termos contribuído, eu e o doutor Paulo, e os demais colegas, contribuído nessa grandeza que hoje nós verificamos e trabalhamos para isso.

Camila: Camila, eu quero dizer, o que o doutor Antônio Hans falou é importantíssimo. Quando eu fui procurador-geral, eu resolvi pagar todos os servidores e membros pelo Sicredi. Aí alguns colegas falaram: “Mas aqui não tem agência, o que eu faço?”. “Não, você vai receber, fica tranquilo”. E hoje nós estamos em 79 comarcas e nessas 79 comarcas tem Sicredi. Então, hoje o colega vai lá, você entendeu? E a única conta que ele tem é no Sicredi. E algo muito importante que o doutor Antônio comentou, cidades e distritos que nenhuma agência bancária quis investir, porque aparentemente eles percebiam que não dava lucro, lá tem o sistema, Guia tem esse crédito, Jangada e outros. Mas isso é lucro sim, é lucro humano, é lucro social, é solidariedade, é espírito cristão. É você olhar o outro como igual, é você não se preocupar apenas com o seu saldo bancário, é você se preocupar com o sorriso do seu pai. Saber que ele também tem acesso à possibilidade de melhorias. Isso é o melhor investimento que nós podemos fazer. É você tratar a pessoa com dignidade e com respeito. E isso nós fazemos no sistema Sicredi.

Bruno: Agora então para a gente fechar a nossa conversa. Vocês falaram um pouquinho desse legado construído ao longo desses anos. Então nessa mensagem final de vocês eu gostaria que trouxessem sobre qual foi esse principal legado que acreditam que deixaram para essa contribuição para a cooperativa ao longo desses anos e uma mensagem para quem também vai tocar essa cooperativa daqui adiante, essas futuras gerações que estão chegando, que vão se associar também ao Sicredi.

Antônio Hans: É uma satisfação muito grande de nós olharmos para trás e ver o que nós já construímos, o que nós proporcionamos, a criação da cooperativa no interior. E isso nos traz muito orgulho de saber que nós participamos. Hoje nós somos donos também da cooperativa. O cidadão que mora lá no interior fica feliz de saber que ele é dono, que ele não é cliente, ele é dono da cooperativa. Isso é importante e isso é um legado que nós, do Ministério Público, que fomos pioneiros em Cuiabá, de saber que nós realizamos alguma coisa útil para todos e para o Sicredi, que cresceu também, porque a instituição Sicredi é importante. Não basta só a agência, não, é a instituição como um todo. Isso é importante para nós, que fomos fundadores da primeira cooperativa em Cuiabá, e saber, repito, saber que, olhando para trás, nós verificamos que nós realizamos alguma coisa que vale a pena, não só para a nossa própria alegria, mas a alegria das outras pessoas que participaram conosco, que hoje são donos também do sistema. Isso nos orgulha muito, nos dá muito prazer. E saber que, na medida do possível, tenho certeza que o Ministério Público está à disposição para trabalhar muito mais para o crescimento da instituição. Isso é importante, sabendo que o nosso nome vale um pouco na criação dessa instituição. O nome Ministério Público ajuda a que as pessoas aceitassem e filiassem no cooperativismo. Isso é um sonho que nós tínhamos, que cresceu e realizamos. Feliz, eu fico. Meu, eu tô com 92 anos, quer dizer, eu já até inclusive eu te peço desculpa porque a minha memória às vezes está falhando, eu tenho alguma dificuldade, mas eu me sinto realizado como cooperado, é realizado como sócio fundador da cooperativa do Ministério Público e me deixa feliz. Eu tenho a minha filha, que também hoje já me ajuda muito, a Norma, que é advogada, mas já está voltando muito mais a preocupação comigo. E também ela é cooperada e isso me orgulha muito. Toda a minha família, a família que eu tenho, em Mato Grosso do Sul, todos são filiados à cooperativa, até porque souberam: “Você entrou nessa coisa, como é que é?”. Alguém chega e diz: “Eu não vou botar meu dinheiro numa coisa que eu não conheço”. Eu falava: “Mas realmente é assim”. E conseguimos realizar esse sonho. Eu acho que nós devemos muito à cooperativa Sicredi, que acreditou em nós. E quando acredita em nós, nós procuramos contribuir para que realizássemos aquilo que sonhamos. Eu fico muito feliz com isso.

Paulo Prado: Falar depois do doutor Antônio é feliz, não é? Mas eu queria dizer, só acrescentar uma coisa, que durante muitos anos, a cooperativa Sicredi Ministério Público não tinha inadimplência. Foi a cooperativa número um no Brasil. Não tinha cheque sem fundo. Não tinha pessoas que não honravam o seu compromisso. Então, e para pessoas como nós aqui, todos nós, que além de tudo, o que importa é a honradez, é você em momento algum tentar ludibriar quem quer que seja. Isso é muito importante e Fernando Pessoa já dizia que na vida tudo vale a pena quando a alma não é pequena. E olhar para um homem como Antônio Hans, um jovem de 92 anos pronto para o novo, para o despertar, faz com que eu me apaixone mais pela vida, pela criança, na possibilidade da paz, da paz social, do equilíbrio social. E é isso que é o cooperativismo. São diversas pessoas, brancas, negras, ricas, pobres, felizes, se juntando no ideal da pacificação social, do crescimento igual. E isso o Ministério Público sempre pregou e o cooperativismo prega. E é uma honra para nós fazermos parte desse sistema. Muito obrigado por essa oportunidade de estarmos juntos e revendo esse irmão, esse pai, esse amigo de sempre.

Camila: Nós que agradecemos muito por esse encontro, por essa participação aqui com a gente no Raízes Ouro Verde. E mais ainda, claro, por essa grande contribuição à cooperativa, ao cooperativismo aqui de Cuiabá, mas de todo o Mato Grosso. Definitivamente um grande legado que ainda vai florescer muito, nós acreditamos, para o crescimento do Sicredi e da nossa cooperativa. Muito obrigada mesmo pela participação.

Bruno: Agradecemos mesmo cada relato, né, Camila? Cada contribuição, cada história, pela presença, por estarem aqui com a gente em Cuiabá hoje, trazendo tudo isso que foi dito, mais um episódio do Raízes Ouro Verde. Vamos encerrando por aqui e esperamos vocês no próximo. Até lá!

Camila: Até mais!

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