Sicredi Ouro Verde MT

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Raízes Ouro Verde | Ep. 10
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Raízes Ouro Verde | Ep. 10

Egon Hoepers e Claudinei Mello

Neste episódio do podcast Raízes Ouro Verde recebemos Egon Hoepers e Claudinei Mello, associados de Santa Rita do Trivelato e Nova Maringá. Eles compartilham suas experiências sobre o papel fundamental da cooperativa em suas cidades, destacando como a confiança e o envolvimento da comunidade foram essenciais para fortalecer a Sicredi na região. Os convidados relembram os desafios do início, momentos emocionantes da trajetória e a consolidação da cooperativa no Brasil, mostrando como a união colaborou no desenvolvimento local.

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Raízes Ouro Verde | Ep. 10
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TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 10

Camila:

Ah, seja muito bem-vindo a mais um episódio do nosso Raízes Ouro Verde. E a gente começa esse décimo episódio nesta semana, em primeiro lugar, agradecendo a todos vocês que estão nos acompanhando, todo mundo que está acompanhando toda semana os novos episódios que a gente lança, com tantas histórias inspiradoras, né, Bruno?

Bruno:

Isso mesmo, Camila. A gente agradece quem tem nos acompanhado e aproveita para reforçar agora aqui no início a importância da participação dos associados e de quem não é associado nas nossas redes sociais. Todos esses materiais estão sendo publicados no YouTube, no Facebook, no Instagram e também no nosso site, que é o www.sicrediouroverde35anos.com.br. Como a Camila disse, é o décimo episódio, mas todos os outros que nós já gravamos estão lá disponíveis e podem ser assistidos.

Camila:

Quando e onde o associado ou quem estiver nos assistindo neste momento queira assistir, queira acompanhar e conhecer um pouco de tantas histórias inspiradoras que já passaram aqui pelo nosso podcast Raízes Ouro Verde. E nós seguimos então nesta semana, nessa jornada de histórias da nossa cooperativa e hoje vamos falar de mais dois municípios da nossa área de atuação. Hoje nós vamos falar de Santa Rita do Trivelato e de Nova Maringá. E para isso a gente recebe aqui no nosso estúdio dois associados que fazem parte da história da cooperativa nessas duas cidades. A gente recebe aqui, então, hoje, o nosso associado Claudinei Melo Freitas, de Nova Maringá, e o nosso associado Egon Ropers, de Santa Rita do Trivelato. É um prazer receber vocês aqui com a gente, aqui no nosso estúdio do Raízes Ouro Verde.

Claudinei:

Sejam muito bem-vindos.

Egon:

Muito obrigado, Camila. Bruno, o prazer é todo meu. Para mim é uma honra ter sido convidado para esse momento, fazer parte dessa história dos 35 anos do Sicredi. Para nós é um orgulho bastante grande mesmo. Muito obrigado pelo convite. O Bruno ligou para mim, de pronto vim aqui, deixei os afazeres, é importante. Vamos lá registrar a história.

Claudinei:

Muito bem. Obrigado também pelo convite, Bruno. A realidade é a seguinte, relembrar as coisas da vida é muito bom. E a gente não pode, como dizer, levar sem repassar muitas coisas que a gente passou, a história do Mato Grosso, a nossa história de Santa Rita do Trivelato, que a gente chegou ali em 79, então a gente tem relembrado diversas coisas da época e como a gente acreditou e como está bem hoje por a gente ter acreditado.

Bruno:

Passar adiante essas histórias, né, seu Egon?

Egon:

Exatamente, a gente só está vendo quem acreditou. E como eu sempre falo para muitos parceiros, nós não fomos embora porque nós não tínhamos dinheiro para ir embora.

Camila:

Olha, antes de começar essas histórias, nós gostaríamos que vocês se apresentassem, então, para quem está assistindo. A gente começa o podcast sempre falando das nossas raízes, que é justamente essa temática que nós trouxemos aqui nesta primeira pergunta. Então, que vocês se apresentem, tragam as suas raízes, as suas raízes de onde vocês vieram, quando chegaram em Mato Grosso e como se desenvolveram por aqui.

Claudinei:

Bom, meu nome é Claudinei Melo Freitas e a minha origem é do Sul do Paraná. Inclusive, em Nova Maringá, a maioria lá é paranaense. Por isso o nome da cidade Nova Maringá; o pioneiro que desbravou lá, seu Toninho da Gleba, era de Maringá, Paraná. E nós viemos de Umuarama. Foi em 1985 que a gente mudou. Nossa família morava ali em Alto Piquiri, no município de Alto Piquiri, plantava ali, tinha lavoura também, meu pai. Trabalhei colhendo algodão, ralando milho, catando feijão. Na época não tinha maquinaria, era tudo na mão. Passei por aquele momento também das máquinas de veneno em pó ainda. Quando começo a falar de lá, eu lembro daqueles momentos. Não tinha toda essa exigência. Imagina, era máquina manual. E nós viemos de lá para São José do Rio Claro em 1985. E de São José do Rio Claro, aí eu mudei com a minha esposa, já casado, em 1995, para Nova Maringá, onde eu estou até hoje. É um município muito promissor e que está crescendo bastante. Juntamente com o Sicredi lá, depois que foi o Sicredi, aí mudou, praticamente deu uma guinada lá em Nova Maringá, que antes não tinha nem agência financeira. O Sicredi foi um dos primeiros a chegar lá em Nova Maringá. Sou pai de três filhos. O mais velho, que é formado em engenharia florestal, está em Cuiabá. E tem um do meio, que é meu sucessor. Hoje eu tenho a essência nossa desde quando eu cheguei aqui, que vim da roça. Eu entrei numa indústria madeireira, trabalhei em todos os setores da indústria madeireira, com 15 anos, 16 anos, 17 anos, continuei meus estudos. Daí eu fui trabalhar na administração de uma grande indústria madeireira. E depois, com as dificuldades do setor, eu acabei montando a minha com a nova visão de gestão da indústria do setor de base florestal. E, ao mesmo tempo, fui também ampliando os negócios, para não colocar os ovos todos numa cesta, num ninho só. No Brasil, a gente tem que diversificar o investimento. Então, eu também abri uma loja de materiais para construção, que hoje também faz parte da Rede Center Sul, a maior rede aqui do estado do Mato Grosso. E também, agora por último, a loja de revenda de veículos. Para mim não ficar lá em cima do meu filho que está tocando a loja, eu montei outro negócio e fico como conselho lá para ele. Está indo bem, já tem dois anos que ele está tocando lá. E da imobiliária também, porque tem várias chácaras em torno da cidade lá. Chácaras de sete hectares, oito hectares. Também essa imobiliária já é um futuro próximo. Nós já temos o projeto no primeiro. Agora, com a chegada da rodovia da MT, Nova Maringá está desenvolvendo e a gente está investindo bastante lá. Então, essa é a história minha. De onde eu vim, eu sou descendente de português com italiano. Por parte do meu avô, do meu pai é português; por lado da minha mãe é italiano, Veneza. Então, surgiu eu aí, paranaense.

Egon:

Igualmente eu, eu sou de nascimento catarinense, de Luzerna. No ano de 64, meu pai mudou para Maringá. Eu tinha 13 anos naquela época. Aí, em 67, ele fez um negócio em Campo Mourão, numa fazenda, nós acabamos mudando para Campo Mourão. E lá eu continuei em Campo Mourão, até eu me casei lá em 71. E, com isso, as áreas lá não tinham ido muito bem, mas aí eu passei a ser funcionário de uma fazenda, depois passei para outra. E, assim, eu fui criando a minha família. Ali fiquei nove anos na fazenda Borsato, lá em Campo Mourão. Com isso, eu consegui comprar um sítio também. Era gerente da fazenda. E aí, em 79, nós compramos a área aqui em Santa Rita do Trivelato. Um projeto fundiário, e nesse projeto fundiário era financiado pelo Banco do Brasil, Proterra. Então, todos que começaram ali, têm diversos que não resistiram, mas a maioria aguentou ir. Eu tenho três filhos, uma mulher e dois homens. Sete netos, são cinco homens e duas mulheres. Todos moram dentro do município de Santa Rita do Trivelato, na fazenda. Todos moram na fazenda com seus filhos. Saem para estudar, mas voltam para as raízes deles. Todos são, eu acredito que todos vão ser produtores rurais, mas um produtor rural de alta tecnologia e com, vamos dizer, diversificação. Hoje nós somos diversificados em soja, milho, algodão, sorgo. Algum ano plantamos algum arroz também, feijão muito pouco, mas milho safrinha também, e temos pecuária, suinocultura e ovelhas também nós temos lá.

Camila:

E quando a gente fala, então, lá daquelas dificuldades iniciais, vocês dois viram esses dois municípios nascerem. E olhando hoje, como vocês já conseguem entender o que foi responsável também, e o quanto essa união dessas pessoas e o cooperativismo foram responsáveis também pelo crescimento dessas duas cidades?

Claudinei:

Nova Maringá, com certeza, com a chegada do Sicredi, que trouxe o conceito cooperativista, associativista, de pessoas que convergem pensamentos e lutam por objetivo comum. Então, ele refletiu na associação comercial, ele refletiu na associação das indústrias madeireiras, ele refletiu no Sindicato das Indústrias Madeireiras, do Médio Norte, do Estado de Mato Grosso. E aí a gente entendeu que, sem união, o desenvolvimento não vem, que a gente tem que somar forças, independente de crença ou de religião, ou qualquer outra coisa. Tem muitos projetos que convergem, mesmo que os pensamentos sejam diferentes. Eu posso ter um colega flamenguista ou santista, nós andamos na mesma estrada, então nós vamos discutir sobre a estrada, e não sobre o esporte, que não dá certo daí. Mas eu mesmo entrei em 2003 na cooperativa Sicredi. Depois de 10 anos vindo aqui em Lucas do Rio Verde, no começo era o Sicredi Verde, que era lá em São José do Rio Claro, Jair Kaufmann era o presidente. Eu fiz parte da história do momento de fusão, incorporação ou associação das cooperativas da região. Eu defendi com bastante ênfase, sendo favorável a essa fusão, porque eu entendi que o Sicredi precisava crescer, e para crescer tem que juntar mais força. Mas Nova Maringá, juntamente com Brianorte, que é um distrito, desenvolveu bastante, e hoje é uma realidade totalmente diferente, em razão desse conceito de associativismo. E até hoje a gente continua lutando lá. Isso não deixa a gente desistir nunca dos projetos. Continuam várias MT, vários projetos lá através do associativismo.

Bruno:

Queria voltar um pouquinho lá no início da chegada da cooperativa nas duas cidades, porque são histórias bem parecidas, se a gente for olhar. O Sicredi foi a primeira instituição financeira a se instalar tanto em Trivelato quanto em Nova Maringá.

Claudinei:

Em Nova Maringá eu lembro como foi o convite. Na verdade, eu sempre fui ligado ao associativismo. Eu não sei por que eu nasci, acho que foi do meu avô, em Alto Piquiri, que participou lá da cooperativa. E ele tinha a questão de unir as famílias também, tudo na fazenda. Então, isso eu achava muito bonito. E quando ele comprava os caminhões, todos nós, meus pais, meu pai, meu tio, que iam buscar, eu ficava pequenininho lá, olhando isso. Então, era a união. E sempre fui muito ligado a isso, né? Quando eu era solteiro, participava do Grupo de Jovens. Eu conheci minha esposa no Grupo de Jovens, na Igreja Católica. E eu era presidente do Grupo de Jovens com 17 anos. E aí depois eu casei. Quando eu fui em Nova Maringá, foi em 95 que eu fui pra lá. E na época o Dante de Oliveira, né? E eu já montei a madeireira e já quis unir através de uma associação. Nós montamos uma associação das indústrias madeireiras e, naquela época, nós fomos em Marcelândia ver como a associação de lá conseguiu um recurso com um pequeno incentivo, 0,01% do ICMS da região convertia para as indústrias cuidarem das estradas. E nós conseguimos isso na Associação das Indústrias Madeireiras em Nova Maringá. Fazer isso, né? E nós também compramos uma patrola, nós compramos uma pá carregadeira e nós compramos um caminhão caçamba. E nós fizemos tanta coisa com pouco que parece que deu ciúme e extinguiram isso. Falaram: “Não, estão fazendo muito com pouco”, porque nosso carro lá na estrada, na MT-249, hoje está asfaltado, nosso carro na estrada, falando assim: “Ué, mais um pouquinho, né? Vamos fazer o asfalto, não é tão difícil”. Aí chegou o Sicredi, me convidaram lá e eu com o pé atrás, por causa das histórias do Paraná, do meu avô que teve algum problema com cooperativa que não tem nada a ver com o Sicredi. Cooperativas solteiras, que nem eram registradas, igual ao Banco Central e tudo mais. Eu entrei lá e foi o convite bem da suplente, uma conselheira suplente que me chamou e falou: “Não, vamos lá, que é bom, e você vai gostar, e na opção de pessoa igual você, para participar junto”. E era muito sofrido naquela época, até não tinha asfalto, não tinha nada ali, para chegar de São José para Nova Maringá, se chovesse aí também, era o dia inteiro para chegar lá. Nas prestações de contas, às vezes, a gente ficava sem jeito de estar apresentando as contas, quem estava devendo, quem não estava devendo aparecia para o público. Isso dava uma conversa danada. E foi assim. Eu aprendi bastante. Mas o Sicredi foi desenvolvendo de uma forma. Aí veio Lucas do Rio Verde, veio a cooperativa, essa história da junção, fusão, incorporação. E aí, dali para cá, disparou. Foi um foguete essa cooperativa. Mudou da água para o vinho. E eu continuei por dez anos, depois dessa incorporação, continuei vindo aqui em Lucas do Rio Verde. E aí essa troca de experiência com outros empresários, com outras mentalidades de outros municípios. Então a gente transcendeu o intermunicipal. Antes era associação e sindicato só lá na nossa cidade. E aí a gente começou a fazer esse contato ali. Mas, mesmo assim, a dificuldade era imensa para você levar o que era realmente a cooperativa Sicredi. Porque eu penso que a cooperativa Sicredi não é uma instituição financeira. Ela é tudo. Ela é instituição educacional. Ela abrange várias questões sociais, onde está presente ali, já visto hoje as parcerias com as escolas. Então, para você levar aqui, a cooperativa não é um banco, mas é uma cooperativa de ideias, de soluções, de estratégia e de caminhos a seguir.

Camila:

E só para a gente completar um pouco da história das cidades, eu acho que é interessante, porque são duas cidades que se desenvolveram muito bem, graças a todos esses trabalhos que vocês têm mencionado. Os associados, tanto de Nova Maringá, quanto de Trivelato, também sempre acreditaram muito na cooperativa, na presença do Sicredi e do Sicredi Ouro Verde por lá. Então, dentro disso, eu queria que vocês nos trouxessem algumas histórias de sucesso, histórias que inspiram vocês quando a gente fala da cooperativa. Histórias inspiradoras relacionadas ao Sicredi Ouro Verde.

Claudinei:

É, lá tem várias histórias que a gente poderia estar relatando. Inclusive, a minha própria história, eu acredito que eu sou o que sou em razão do Sicredi. Porque, como o senhor disse, o senhor não é formado. Eu também não. Eu, até meus dezoito anos eu tive que ajudar a minha família. Quando nós viemos do Paraná, nós fomos vítimas da enchente do rio Piquiri. Nossa casa levou tudo, só que o meu pai teve uma boa safra. Naquele ano, pagou a dívida no banco que tinha lá e nós viemos para o Mato Grosso. Eu mesmo vim em cima de um caminhão. Inclusive, eu passei até mal, porque eu chupei todo o chiclete da minha vida inteira ali. Era hortelã e nunca mais eu coloquei um chiclete na boca. Deu overdose de chiclete. Então, eu já chupei chiclete com 15 anos de idade. Então, participando do Sicredi, como eu não tive a oportunidade de me formar e tive que ir para a luta. Os 10 anos acompanhando prestação de conta, imobilizado, ativo, circulante, passivo, imobilizado, todo esse palavreado eu fui aprendendo também ao longo do tempo e colocando nas minhas empresas. Então, eu incorporei dentro do, inclusive lá na minha região, era o único que tinha um sistema informatizado de madeireira. O pessoal até achava estranho isso, mas eu tinha bem colocado. Eu sabia exatamente tudo, porque o mais difícil é você controlar os gastos. Porque receita, principalmente na indústria, a receita bruta, você tem a receita bruta. Mas o mais difícil é você controlar as despesas. E se não segurar isso, ninguém consegue sobreviver. É o principal, você economizar o máximo possível. E eu aprendi muito essa gestão dentro do Sicredi. Lá também tem história de agricultores, agricultura familiar, e hoje tem pequenos agricultores lá, que têm seu agronegócio, microagronegócio ali, com seu alface, com sua verdura. Então, a gente só vê coisas boas. Se for relatar todos os cases de sucesso da cooperativa Sicredi lá, e a gente percebe pela comunidade Nova Maringá e Brianorte, que quando tem o evento do Sicredi, as pessoas se vestem, se arrumam com orgulho e vão lá participar das assembleias, com todo o orgulho do mundo. Vestem de verdade a camisa do Sicredi. Então, eu sou uma dessas pessoas que vou defender, vou viver minha vida inteira. Que veste a camisa do Sicredi, né? Visto a camisa do Sicredi. Inclusive, até os uniformes das minhas empresas, tem hora que confundem com o Sicredi. Não sei se é coincidência. Mas, peraí, ficou meio igual. Mas a cooperativa é uma forma da gente sobreviver, porque o mundo não é fácil. O mundo existe, existe uma guerra comercial. Por mais que a gente queira bem ao próximo, mas existe a guerra comercial, e o Sicredi vem para colocar um equilíbrio nisso, porque nós dependemos um do outro. Se achar que eu vou subir e o meu vizinho vai cair, está equivocado. Tem que todo mundo subir. Inclusive, eu tenho imobiliário lá, tenho três chácaras lá. Esses dias um produtor falou assim: “Está muito caro o terreno em Nova Maringá”. Eu falei: “Então, eu tenho uma área lá, vou te doar um terreno, mas você tem que construir a casa”. E ficou em silêncio. Mas por que eu faço isso? Se eu tenho quatro terrenos vazios, eu doo um, e ele constrói um investimento lá, bom, vai valer mais os três restantes. Então eu penso assim, através disso a gente cresce, não monopolizar, mas distribuir as rendas. E Nova Maringá está crescendo bastante e está acontecendo em razão do Sicredi. Hoje nós temos o Sicoob lá. Quando ele chegou, também foi bem recebido. Até o próprio [representante do Sicoob] falou assim: “Quanto mais cooperativa, melhor fica o ambiente, a economia é melhor”. Isso está acontecendo mesmo. Então hoje nós temos o Sicredi, que não tem como outras cooperativas alcançarem, porque existe uma história lá desde o ano 2001. Foi a primeira instituição financeira a chegar, isso ninguém tira, isso é uma história cravada lá, e tantos cases de sucesso que o Sicredi já proporcionou.

Bruno:

Então, como vocês se sentem ao ver esse crescimento hoje, o impacto da cooperativa? Vocês que foram importantes lá atrás – seu Egon, associado ainda muito antes da cooperativa chegar em Trivelato, e ver hoje ela lá, tão presente na comunidade; Claudinei também, que participou por tantos anos. Como vocês enxergam esse impacto hoje e se sentem por ter feito parte disso?

Egon:

A questão do impacto na minha região… Eu acredito que teve um impacto muito cultural com a vinda da cooperativa Sicredi, porque depois disso houve as iniciativas, como por exemplo a Associação APROVALE, que foi ela que iniciou as reuniões, e hoje nós temos a pavimentação asfáltica, uma parceria público-privada, governo do estado com iniciativa privada, que é a MT-249/492. Então, eu trago muito para a questão de impacto de pensamento, de conceito, de cultura mesmo, que o Sicredi trouxe lá para a nossa região de Nova Maringá e Brianorte. Eu fiz parte também da tesouraria da APROVALE, a gente… Camila, eu nunca entrei na iniciativa pública, como o senhor Claudinei tem dito aqui. Eu sempre fui pela iniciativa privada. Eu sou fã da política empresarial, da iniciativa privada. Eu gosto disso, porque eu consigo me dedicar e ao mesmo tempo atrelar valores aos meus negócios. Então, um ajudando o outro se beneficia. E na minha região, com o Sicredi fomentando e animando, e falando “é importante”, a gente foi entrando em mais organizações. Ainda a rodovia da MT-488, de Tapurah para Nova Maringá, eu também sou diretor lá na Associação dos Beneficiários da MT-488. Nós juntamos todos os agricultores, quase indústrias, com comércio que lá a gente quer, junta todo mundo, porque é uma região que está se desenvolvendo muito agora, principalmente depois da chegada da pavimentação asfáltica. Então a gente mistura tudo. Eu sou presidente da Associação Comercial, Empresarial e Industrial lá de Nova Maringá. Nós ativamos há apenas dois anos, está sendo um sucesso lá. Mas são os sócios que acreditam, não é presidente nem diretora executiva, mas os sócios que acreditam. Hoje nós estamos fazendo eventos lá, e inclusive já fizemos o primeiro Destaque Empresarial de Nova Maringá, com um cerimonialista que até eu conheci aqui no Sicredi, que a gente contratou ele. Ele foi lá, esqueci o nome dele agora, um menino muito bacana. Então o Sicredi mostrou cultura, e a gente leva essa informação cultural de que para se desenvolver precisa que as pessoas se unam. Nós podemos divergir ideias, nós podemos discutir. E eu, na verdade, quanto mais discussão, mais eu fico calmo. É uma coisa de louco. Tem gente que não aguenta, vai embora, não aguenta ficar nessa conversa. “Está discutindo!” Estamos discutindo, nós estamos trocando ideia, trocando informação. Sai da porta ali e abraçado. E aí a gente aprende um pouquinho com o outro. E também, por exemplo, eu nunca trabalhei direto, ligado diretamente no agronegócio, na agricultura, então eu tenho muito a aprender. Então se eu vou lá numa associação que junta tudo isso, eu vou estar aprendendo mais. Então eu acredito que o grande impacto mesmo do Sicredi é a mudança cultural que trouxe todo esse desenvolvimento que hoje nós estamos colhendo lá através da economia. E aí, claro, o Sicredi se beneficia com isso também.

Bruno:

Isso mesmo. Uma participação de vocês com muitas histórias, muitas boas histórias. Ficou registrado aqui no nosso décimo episódio do podcast Raízes Ouro Verde. Como a Camila disse, só reforço mais uma vez: muito obrigado pela disponibilidade, por terem vindo até o nosso estúdio para a gravação. E para quem nos acompanhou também, Camila, nesse episódio, como sempre, o nosso muito obrigado por ter acompanhado, por estar compartilhando esses conteúdos. E lembrando que é sempre muito importante acompanhar nas redes sociais também, no YouTube, no Instagram, no Facebook e no nosso site oficial também: sicrediouroverde35anos.com.br. Se você gostou deste episódio, compartilhe, e também você pode rever todos os outros episódios que a gente já lançou nas semanas que passaram. Então fique com a gente e até a próxima semana.

Camila:

Até mais!

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