No terceiro episódio do podcast Raízes Ouro Verde, recebemos Cláudio João Sfredo e José Carlos Menolli, sócios fundadores da Credimutum, uma das cooperativas que deu origem à Sicredi Ouro Verde. Atualmente empresários e produtores rurais, os associados compartilharam histórias marcantes sobre os desafios enfrentados nos anos 1980 e 1990, como a falta de acesso ao crédito, as dificuldades com infraestrutura e o papel transformador do cooperativismo na região.
Eles ainda relataram a inspiração em outras cooperativas, como a importância do trabalho conjunto foi essencial para superar crises e como o apoio de líderes comunitários ajudou a consolidar o movimento cooperativista. Uma conversa cheia de memórias, aprendizados e reflexões sobre o poder do cooperativismo para transformar vidas e construir um futuro mais próspero.
TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO 3
Camila: Olá, seja muito bem-vindo a mais uma edição do nosso Raízes Ouro Verde, esse podcast que a gente celebra os 35 anos da nossa cooperativa Sicredi Ouro Verde, é isso Bruno?
Bruno: É isso mesmo, bem-vindos, obrigado por acompanhar mais um episódio aqui do Raízes Ouro Verde. Neste momento que nós estamos contando um pouco da nossa história e também, é claro, da contribuição do cooperativismo. Por isso, nesses primeiros episódios, nós estamos contando um pouco das nossas origens, das origens da Sicredi Ouro Verde.
[00:00:53] É isso mesmo, desde a semana passada, vocês que estão nos acompanhando, ouviram com a gente muitas das histórias desse início da Sicredi Ouro Verde, o início das cooperativas que fizeram parte, que hoje constituem essa nossa cooperativa Sicredi Ouro Verde.
Camila: Nós falamos na semana passada sobre a Crede Lucas, essa cooperativa que foi fundada em Lucas do Rio Verde, e hoje nós vamos para uma segunda cooperativa tão importante nessa história da Sicredi Ouro Verde, que é a Credimutum, fundada em Nova Mutum, lá nos anos 90. E para isso a gente tem convidados muito especiais aqui com a gente, né Bruno?
Bruno: Muito especiais, uma honra receber duas figuras importantes para a nossa cooperativa. A cooperativa hoje, nesse nosso episódio, nós recebemos aqui no podcast Raízes Ouro Verde o Cláudio João Sfredo e também o José Carlos Menoli. Eles que foram sócios fundadores, atualmente são empresários e também produtores rurais, e tiveram com certeza uma participação muito importante e que fez muita transformação na história da nossa cooperativa, né Camila?
Camila: Sejam muito bem-vindos, seu Cláudio Sfredo, seu José Menoli. É uma alegria receber vocês aqui no nosso podcast Raízes Ouro Verde, podem dar as boas-vindas, enfim, para quem está nos assistindo e para a gente começar, o que a gente quer ouvir de vocês.
José Menolli: Nós que agradecemos a oportunidade de poder passar um pouco daquilo que nós fizemos, né? Que as novas gerações aí também possam querer copiar e fazer alguma coisa parecida para não deixar essa semente secar, né? Eu acho que tem que continuar brotando esse cooperativismo, tem que continuar dando os frutos para as nossas futuras gerações.
Camila: Com certeza, a história de vocês vai inspirar, né? Inspira e vai inspirar muita gente. Agradecer pela oportunidade de vir aqui contar um pouquinho da história da Crede Mutum e de Nova Mutum também Bruno, a gente quer começar com eles, né? Falando um pouquinho das nossas raízes, né? Já que o nome Raízes Ouro Verde é o nome do nosso podcast. Então, a gente quer primeiro convidar vocês para falar um pouquinho das raízes de vocês. Quais são as raízes do seu Menoli e do seu Cláudio Sfredo?
José Menolli: Na verdade, eu sou lá do Paraná, norte do Paraná. Em 84, nós viemos para Mato Grosso. Eu sou um dos filhos de 12 irmãos. E nós já tínhamos lá um espírito um pouco cooperativista, na cooperativa de produção lá do Paraná. E nós viemos para cá em 84. E aí, nós começamos a trabalhar. Mutum não era nem município, não era nada. Emancipou-se em 88.
Em 89, veio uma crise terrível. Um sonho nós já tínhamos feito, que era a criação do município, mas a crise estava brava. E surgiu, então, essa necessidade. Começamos a fazer uma cooperativa de suínos, que era a Intercop. E tinha as cooperativas Mutum, Lucas, Sorriso, Itapurá. Depois, surgiu a ideia de incrementarmos uma cooperativa de crédito. Aí, fomos até Juscemeira falar com o Padre João. Ele já tinha essa pequena “Casa da Moeda” lá, como se falava na época.
Fizemos essa visita e foi crescendo esse ânimo para o cooperativismo. Lá, tínhamos entusiastas, como o próprio Padre João, uma pessoa fantástica. Ele transmitia para a gente a crença na ideia do cooperativismo. E foi aí que começamos a trabalhar essa ideia de criar uma cooperativa de crédito.
Expandimos essa ideia. Como os municípios estavam recém-emancipados, criamos grupos de amizade muito fortes. Todos trabalhávamos juntos. E assim, essa ideia do cooperativismo foi se expandindo, chegando a Lucas, Sorriso, Itapurá. E foi tudo praticamente junto, uma cooperativa nascendo logo após a outra.
Isso tudo surgiu da necessidade e da dificuldade que tínhamos na época. Só existia o Banco do Brasil e o Bemat. E nem todos tinham condições de conseguir crédito no Banco do Brasil. Já o Bemat não tinha recursos suficientes. Então, a ideia da cooperativa de crédito surgiu das nossas dificuldades e do desejo de buscar uma alternativa melhor.
Bruno: Essas sementes que vocês foram buscar lá em Juscemeira, essas ideias, já vinham também de uma experiência anterior, né? O senhor Menoli falou que já trazia isso lá do Paraná. E você, seu Cláudio, como foi essa sua vivência com o cooperativismo? Já tinha alguma experiência ou foi algo que conheceu aqui em Mato Grosso? Conta um pouquinho também da sua origem, antes de chegar a essas terras mato-grossenses.
Claudio: Então, eu sou catarinense, nascido em Caxambu do Sul. Depois, mudei para Chapecó, onde trabalhei durante sete anos na Sadia. Aí, meu pai comprou, em 1976, uma área de terra em Nova Mutum. Em 1979, ele veio começar a abrir essa fazenda. E, em 1983, no mês de junho, ele chegou e falou para mim: “Cláudio, pede a conta e vai comigo para o Mato Grosso me ajudar a tocar a fazenda. Agora está dando certo e eu preciso de ajuda lá”.
E foi assim que, em julho de 1983, me mudei para Nova Mutum. Naquela época, o que tinha em Nova Mutum? Nada. Era uma vila com, no máximo, 600 a 800 habitantes. Em 1984, tinha cerca de 25 casas. Isso contando todas as casas da cidade. Já existiam algumas comunidades rurais, como São Manuel, Ranchão, Novo Horizonte e Santo Antônio. Nessas comunidades já viviam alguns produtores da época, mas muita gente ainda morava diretamente nas fazendas.
Esse foi um período de transformação tanto na cidade quanto na relação entre as pessoas. Como eram poucos moradores, todo mundo se conhecia. Você ia para uma missa, eram sempre as mesmas pessoas. Ia para um jogo de futebol ou uma festa, também encontrava sempre os mesmos rostos. Havia um forte senso de comunidade. Um ajudava o outro, especialmente nas dificuldades.
E as dificuldades eram muitas. Nova Mutum não tinha energia elétrica adequada. A água faltava o tempo todo. Lembro que a gente andava com uma caixa d’água em cima da caminhonete para levar água para casa. Quando vinha energia, você passava a água de uma caixa para outra usando uma bombinha. E, às vezes, a gente ainda levava água para os vizinhos. Ajudar era algo muito natural naquela época.
Outra grande dificuldade era o acesso ao crédito. Eu tinha conta no Banco do Brasil em Rosário Oeste e precisava me deslocar até lá para conseguir financiamento. As estradas eram péssimas, cheias de buracos. Demorávamos horas para fazer o trajeto. Quando chegávamos, precisávamos ir direto para um hotel tomar banho, porque chegávamos cobertos de poeira. E os carros não tinham ar-condicionado — era tudo na janela aberta mesmo.
Foi nesse cenário que a necessidade de cooperar se tornou evidente. Para resolver esses desafios, começamos a criar iniciativas conjuntas. Além da cooperativa de suínos, vimos a necessidade de criar uma cooperativa de crédito. A gente sabia que era arriscado, porque mexer com dinheiro dos outros sempre foi um tabu. Mas, diante da falta de opções e das dificuldades, acreditamos que essa era a única saída.
José Menolli: A ideia começou a tomar forma com a ajuda do Roque Schmitt, que veio do Rio Grande do Sul para nos dar algumas palestras em Nova Mutum e nas comunidades rurais. Formamos um grupo e começamos a mobilizar mais pessoas para fundar a cooperativa de crédito. A esperança era criar um sistema que nos permitisse financiar nossas atividades sem depender tanto dos bancos tradicionais.
Cláudio: Convencer as pessoas não foi fácil. Sempre havia aqueles que duvidavam. Mas, no final, muitos entenderam que não tínhamos outra opção. Precisávamos nos unir para ter força. E assim, aos poucos, mais e mais pessoas foram acreditando na ideia.
A Assembleia de Constituição da Credimutum aconteceu em 24 de fevereiro de 1990. Foi um momento de expectativa e, ao mesmo tempo, de agonia. Estávamos nos tornando donos de um banco, mas também sabíamos que havia muitos desafios pela frente.
No início, cada associado que conquistávamos era uma vitória. Começamos com poucos associados, mas cada nova adesão era celebrada. A cooperativa começou a crescer, mas também enfrentou crises, como a de 1995, quando houve problemas com a compensação de cheques.
Para superar essa fase difícil, alguns associados venderam soja verde e colocaram o dinheiro na cooperativa para ajudá-la a se reerguer. Outros investiram suas próprias economias, sem ter certeza se aquilo realmente daria certo. Mas, com muito esforço e fé, conseguimos colocar a casa em ordem.
Bruno: Esse foi um trabalho que envolveu muita gente. E isso é algo que a gente vê até hoje — a força dessa união. Mas voltando um pouco ao início das atividades da cooperativa, como foi começar de fato? Como era a estrutura e o dia a dia naquele começo?
Claudio: Ah, a estrutura era bem simples! Alugamos uma salinha no centro de Nova Mutum, dividida com um mercadinho e a câmara municipal. A sala tinha uns 10 por 5 metros, no máximo. Não tinha divisão, era tudo junto. Depois de uns seis meses, conseguimos fazer uma separação improvisada.
Tínhamos uma mesa onde ficava a secretária Solange — ela era a única funcionária no começo. No fundo, ficava a diretoria: Alcindo, Beto e eu. Tinha também um banheiro coletivo, usado por todo mundo que estava ali. E apesar da simplicidade, aquilo virou um ponto de encontro.
Toda tarde, depois do expediente, nos reuníamos para discutir as decisões da cooperativa. Era tudo muito empírico, decidido ali mesmo, na conversa. Avaliávamos pedidos de empréstimo na hora. Se alguém pedia 100 mil, decidíamos juntos: “Beleza, pode liberar” ou “Melhor cortar pela metade”.
Hoje, olhando para trás, parece loucura. Mas foi assim que começamos. Na base da confiança e do olho no olho. E mesmo com todas as dificuldades, a cooperativa foi crescendo, conquistando mais associados e se fortalecendo.
Ver hoje aquelas agências modernas e estruturadas, cheias de gente, dá um orgulho enorme. É a realização de um sonho. E mais do que isso, é a certeza de que plantamos uma semente que continua dando frutos.
A cooperativa se tornou parte essencial da comunidade. Em muitos momentos da história de Nova Mutum, a presença da Credimutum fez toda a diferença. Seja no apoio aos produtores, no financiamento de projetos ou na construção de um futuro melhor para a cidade.
A expansão da cooperativa foi natural. À medida que Nova Mutum crescia, mais pessoas viam a importância de ter uma instituição financeira próxima, voltada para o desenvolvimento local. A fusão com a Sicredi Ouro Verde foi um passo importante, que fortaleceu ainda mais essa trajetória.
E a gente vê que tem muito potencial de crescimento ainda. Outras cidades da região também abraçaram o cooperativismo, e isso mostra como essa ideia é poderosa. O cooperativismo transforma realidades, promove desenvolvimento e constrói comunidades mais unidas e prósperas.
Quando a cooperativa passou a ser de livre admissão, permitindo a entrada de comerciantes, prestadores de serviço e outros setores, foi um salto gigantesco. Isso ampliou nossa base de associados e fortaleceu ainda mais o cooperativismo na região.
Mas a cooperativa vai muito além do crédito. Projetos como o “União Faz a Vida” mostram o compromisso com a educação e a formação de novas gerações. É um trabalho que impacta não só os associados, mas toda a comunidade.
A gente sempre acreditou no poder da união. E ver hoje essa cooperativa tão forte, com tantas realizações, é a prova de que valeu a pena. E ainda tem muito por fazer. A gente precisa continuar plantando essa semente, levando o cooperativismo para cada vez mais pessoas.
Claudio: Essa união faz a vida, e nós temos que achar uma maneira de torná-la ainda mais forte. Expandir ainda mais. Tem que expandir mais. Vocês, fundadores, quando imaginavam lá atrás, não é? A ideia era resolver principalmente um problema de crédito. E hoje é uma instituição tão atuante em tantas esferas da sociedade. Não é? Conseguiram imaginar, esperavam tudo isso, não é? Como enxergam? A cooperativa foi, possivelmente, muito além do que vocês podiam sonhar na época?
Eu, quando nós viemos para cá, começamos a plantar soja. Aquele negócio. Eu via nessa beira, no 63, quase não se via caminhão. Eu brincava com meu irmão, com o Miguel, com a minha esposa. Eu falava assim: “Pô, meu sonho era ver essa beira aqui, uma fila de caminhões subindo do vazio e voltando carregados.” Um elevador, assim, ó. Mas que lotava mesmo. Para, cara. Miguel, você tá sonhando, cara. Quer dizer, e junto com esse sonho veio um trem que era a indústria. Veio outro trem que era não sei o quê. E veio o trem que era o Sicredi. Você entendeu? Eu acho que isso aí é a gente acreditando, não é? Acreditando e vendendo ideias e negociando ideias. E é bom. Porque quando você vê que outras pessoas acreditaram naquela nossa ideia, nosso plantio deu fruto. Achei isso que é bom. Isso valeu. Eu sinto muito orgulhoso. Eu tenho um… eu começo a falar muito, me emociono. Não, é um orgulho muito grande, não é? Começar do zero. Praticamente, nós começamos do zero. Eu nunca esqueço que a gente fazia as reuniões nas comunidades.
E daí foi feito o seguinte: quarta de capital. Como que vamos fazer? Ah, você planta mil hectares. Meio saco de soja por hectare. Então, plantava mil, dava quinhentos. Dava cento e cinquenta. E até um dia, numa reunião lá numa comunidade chamada Novo Horizonte, quando foi falado isso, todo mundo ficou calado, e agora? Aí o Edivar Garcia Leite, da Fazenda Progresso, levantou a mão e falou assim: “Eu vou dar quinhentos sacos de soja.” Aí, opa, todo mundo acendeu o olho. Opa. Aí já começou. Eu vou dar cem, cento e cinquenta, duzentos. Foi, sabe, um começo assim. Então, você vê assim que a cooperativa começou ali, com aquele capitalzinho. Foi indo. Passou por dificuldades. Passou. Foi crescendo. Veio o Ban Cicredi. Cicredi. Foi indo. Depois a fusão com a Ouro Verde. Aí foi fundamental. Aí a cooperativa explodiu, na verdade. E hoje dá orgulho de ver essa cooperativa. A potência que é essa cooperativa. E também graças aos bons gestores que sempre teve na cooperativa, não é? O sucesso faz parte disso também, não é? Toda empresa, quando tem bons gestores, anda. Anda bem.
É interessante esse ponto de vista. Porque nós, agora completando trinta e cinco anos de história, a gente passa por tudo isso que foi conversado aqui hoje. Desde a fundação. Desde essa integração com a Central. Com o próprio sistema Cicredi. E hoje, com trinta e cinco anos, a gente olha para trás. Tudo isso que foi feito. E pensa no que mais pode ser feito. De uma forma muito ampla também. O senhor, por vários momentos, o senhor também disse que não se imaginava que chegaria ao que chegou. Que hoje viveríamos dessa maneira. Então, daqui para frente, vamos pensar nos trinta e cinco que passaram.
Camila: Mas nos próximos trinta e cinco. O que o Sicredi tem para contribuir ainda para as próximas gerações?
Claudio: Eu acho que tem muito a se fazer. Muito, muito mesmo. A partir do momento em que as pessoas começam a entender isso que eu falei agora há pouco. Nós temos que mostrar mais para a sociedade. Porque nós que estamos dentro da bolha do Cicredi estamos vendo isso. Mas tem muitos chegando de fora. Muitos chegando do Nordeste do Brasil. Aqui está um fluxo de pessoas de fora. Porque é um outro Brasil aqui. Daqui é um outro Brasil. Tanto que a indústria está chegando. É uma loucura isso aqui. Então, nós temos que sair da nossa bolha e começar a levar esse sentido, esse princípio para outras pessoas. Agora. E eu acho que tem que ser feito agora. Quem vai saber não sou eu. Porque eu sou um plantador de sol. Eu sou um sonhador. Agora, tem que ter as pessoas. Eu acho que nós temos pessoas para isso. Entendeu? E levar para as pessoas. Custa um dinheiro? Custa. Mas o benefício é muito maior. Muito maior. Eu acho que nós não vamos ter que dobrar daqui a 35 anos. Não. Nós vamos ter que quatroplicar. Quintuplicar. Por quê? Porque vamos correr. Porque atrás da gente vem gente. Esse é o processo. E a nossa região espera isso da gente. Espera isso. Isso aqui vai.
José Menolli: Nós éramos engraçados. Quando nós fomos ao primeiro mandato da prefeitura. Há quantos anos? 88? 36 anos. É. 35, 36 anos. Nós sentávamos na mesa. Daqui a 10 anos, vai ter quantos habitantes em Mutum? Ia de dano assim. Aí um cara chegou e falou assim: “Mutum daqui a 20 anos tem 100 mil habitantes.” Eu falei: “Você é louco.” Aí, quando você acha que vai ter? Eu falei: “Tem uns 20.” Não via nada. E assim. Hoje, Mutum tem em torno de 60 mil. Um pouquinho mais. Um pouquinho menos. Daqui a 35 anos, eu não sei. Mas deve estar chegando aí a uns 300, 400. Porque do jeito que está. A evolução. Porque antes só vinha produtor. Hoje é indústria. É qualidade de vida. É uma cadeia que movimenta. Uma cadeia que movimenta. Eu tenho muita fé aqui. Não é crescer por crescer. Tem que crescer com qualidade de vida. Crescer com social. Que todo mundo viva bem. Como está sendo feito hoje.
Para não crescer por crescer. Não vira nada. Eu acho que a cooperativa tem muito a crescer ainda. E eu vejo assim. Nós fomos fundadores. Estamos deixando uma história. Acho que um legado muito grande. Até para a nossa família. Para essas novas gerações. E a cooperativa. Acho que tem que buscar essas novas gerações. Até fazer algumas palestras sobre o cooperativismo. Contar essas histórias de quem fundou. Como que era na época. Como que foi no meio. Como que é hoje, 35 anos depois. Eu acho que isso vai ajudar muito.
Bruno: Para a gente finalizar já o nosso episódio. Era justamente com esse olhar para as próximas gerações. Que recado a gente deixar para quem está chegando agora? Para acreditar nisso que a gente fez.Que vocês criaram lá atrás. Que vocês sonharam lá atrás. Que precisa dessas novas pessoas. Então para seguir adiante. Que mensagem vocês deixam para essas pessoas?
Cláudio: Tudo foi uma história. Nós começamos. Criamos a cooperativa. Com muita dificuldade. Passamos por maus momentos. Hoje a cooperativa cresceu muito. Então a cooperativa tem que abraçar essa causa. Com as novas gerações. Trazer para dentro da cooperativa. Dar palestras. Orientações. Tentar colocar mais jovens dentro da diretoria da cooperativa. Nos conselhos. Até porque estão chegando outras cooperativas. A concorrência está chegando também. Então nós temos sempre que seguir em frente. Com pensamento positivo. Olha, eu vejo. São 35 anos. Se você olhar em uma instituição com 35 anos, é uma criança. Então eu vejo que hoje nós somos os pioneiros assim, a raiz. Hoje quem chega é um pioneiro caule.
José Menolli: Já está indo. Está crescendo. Mas eu falo assim: que o caminho é pela educação. É pela informação. Entendeu? E trazendo jovens para dentro. E tentar buscar. Como nós conseguimos colocar o projeto “União Faz a Vida”. Por que não colocar uma disciplina nessas faculdades da região sobre cooperativismo? E lá o cara vai lá, pega um professor aqui, vai lá e dá uma lição numa matéria. Outra cooperativa e tal. E assim foi no Paraná. No meu tempo. Pode ser feito isso agora. Por que surgiu aqueles princípios? Eu vim daqueles princípios. Lá de aula de faculdade. Quer dizer, hoje pode surgir também. Tem que plantar. Tem que plantar. Uma hora colhe. Continuar plantando a semente. Plantando quando colhe a semente. E agradecer. Eu queria agradecer aqui a oportunidade que vocês nos deram.
De poder falar isso. Que é tão gostoso. Agradecer à diretoria. Ao conselho todo. E parabenizar vocês pelo projeto.
Camila: Nós que agradecemos a participação de vocês aqui. É sempre muito inspirador ouvir essas histórias. Para a gente resgatar um pouco dessas memórias da cooperativa. Mas realmente entender o motivo pelo qual nós estamos aqui. E seguindo em frente com a cooperativa. Né Bruno?
Bruno: Com certeza. Nós agradecemos a presença do senhor Cláudio e do senhor José, que trouxeram essas histórias tão importantes e marcantes para nós. Desses últimos 35 anos. Desde a fundação. De toda a perspectiva e expectativa que nós temos daqui para frente. Com certeza. Quem está assistindo e quem está nos acompanhando está aprendendo um pouco mais a cada episódio, a cada conto que a gente traz aqui. Então, portas sempre abertas para vocês. Que daqui 10 anos, 20 anos, vocês possam voltar e contar ainda mais. Aumentar um pouquinho mais essa história.
E nós agradecemos aos nossos associados. A cada um que está nos acompanhando nesse projeto. Do podcast Raízes Ouro Verde. Esperamos que tenham gostado. E claro. Continuem sempre nos acompanhando.
Camila: Acompanhem a gente então no nosso canal no YouTube, nas plataformas de conteúdo como Spotify, entre outras. E também no nosso site, que reúne todas as principais informações da nossa campanha dos 35 anos da cooperativa: www.sicrediouroverde35anos.com.br. E a gente espera você no próximo episódio.
Bruno: Até lá. Até a próxima semana.
Conte com a sorte hoje e com retorno amanhã. Participe e concorra: São 10 veículos Zero Km e + de 200 TVs de 65″. A cada R$25 depositados no Capital Social você ganha um número da sorte.
Dobre suas chances de ganhar fazendo depósitos programados.