Recebemos João Clark, Superintendente de Marketing e Growth do Sicredi, e Heber Molina, Gerente de Comunicação, Marketing e Estratégia da Sicredi Ouro Verde.
Eles abordaram a evolução da marca Sicredi e como o cooperativismo tem sido levado a mais pessoas, destacando a essência da instituição em gerar impacto positivo nas comunidades onde atua. Eles discutiram ainda os desafios de combater o desconhecimento sobre o cooperativismo no Brasil e a estratégia de simplificar a mensagem para o consumidor.
Heber Molina, por exemplo, ressaltou a força da marca Sicredi em regiões como o Mato Grosso, onde a cooperativa é vista como parte integrante do desenvolvimento local, exemplificando com a atuação em Lucas do Rio Verde e Cuiabá. Já João Clark enfatizou a confiança, a essência cooperativista e o atendimento genuíno como pilares do Sicredi.
O episódio também abordou a importância do digital no fortalecimento da marca, permitindo uma comunicação mais segmentada e uma interação mais próxima com os associados.
BRUNO MOTTA: Oi, gente, é muito bom ter vocês com a gente em mais um episódio do podcast Raízes Ouro Verde. Muito bom comemorar os 35 anos da Sicredi Ouro Verde com tantas histórias que nós temos contado aqui nesse conteúdo que foi preparado para celebrar realmente o aniversário e essa comemoração dos 35 anos da cooperativa. Antes da gente iniciar, um recado que a gente sempre traz aqui no início e que é muito importante.
Todos os episódios, todas as histórias que já passaram por aqui estão disponíveis nos nossos canais oficiais no YouTube e também no site sicrediouroverde35anos.com.br, no Instagram, no Facebook, nas principais plataformas de podcast e os recortes, os melhores momentos estão disponíveis nas redes sociais oficiais da cooperativa. Então você pode assistir quando e onde quiser. Mais uma vez, muito obrigado por acompanhar o podcast Raízes Ouro Verde com a gente, ter acompanhado essas histórias lá no início da nossa primeira temporada e agora também na segunda temporada, onde nós trazemos a relevância da cooperativa e que hoje, Camila, não será diferente.
CAMILA CARPENEDO: Não será diferente. Oi, pessoal. Então hoje a gente está aqui para mais um episódio do Raízes Ouro Verde e o tema é muito legal para a gente, principalmente, Bruno, nós, profissionais de comunicação e marketing, mas que a gente acredita que vai ser um tema muito bacana para a gente falar também de toda essa evolução da nossa marca e de como a gente tem aproveitado isso para levar a mensagem do cooperativismo para mais gente, que é o que a gente também tem feito aqui no nosso Raízes Ouro Verde, né, Bruno? Então vou apresentar para vocês nossos convidados de hoje.
A gente está aqui hoje com Heber Molina, nosso gerente de marketing aqui da Sicredi Ouro Verde e com o João Clark, nosso superintendente de marketing e growth do Sicredi. Então sejam muito bem-vindos. A gente está muito feliz em ter esse episódio aqui com vocês hoje, um episódio muito esperado e muito planejado.
Então a gente está muito feliz. Sejam muito bem-vindos ao Raízes Ouro Verde.
JOÃO CLARK: Muito obrigado, obrigado a vocês pelo convite. É um prazer estar aqui com vocês. Primeira vez em Lucas e muito empolgado com a conversa que a gente vai ter hoje.
HEBER MOLINA: Eu fico muito feliz também de estar tendo a oportunidade de estar do lado de cá. Acompanhei muitos episódios aqui do nosso estúdio e hoje estou tendo a oportunidade de falar em nome da cooperativa. Muito feliz e muito grato com a oportunidade.
BRUNO MOTTA: Planejou tudo isso aqui, né, Heber? Chegou o momento, então…
HEBER MOLINA: Não achei que estaria desse lado, mas é muito legal estar aqui.
BRUNO MOTTA: Como a Camila falou, o episódio de hoje era muito esperado e traz uma temática muito importante para a gente, né, comunicadores.
Mas antes de a gente iniciar a nossa pauta de fato, a gente sempre inicia o Raízes Ouro Verde trazendo as raízes dos nossos convidados. Então nós gostaríamos que vocês se apresentassem. Quem é o Heber? Quem é o João? Profissionalmente, pessoalmente? Contem para a gente antes de a gente iniciar a nossa pauta.
JOÃO CLARK: Obrigado por começar. Bem, gente, eu tenho um sotaque aí um pouco indefinido, né? Eu sou, como vocês falaram, João Clark. Eu sou natural de Recife, morei a minha vida toda até, na verdade, terminar a faculdade e depois, por razões de trabalho, acabei mudando para São Paulo.
Estou há 17 anos em São Paulo e eu falo que hoje eu divido, na verdade, o meu tempo e o meu coração em três estados. Porque o CAS, o nosso serviço, a nossa central de serviços aí do Sicredi fica em Porto Alegre, né? Então eu tento me dividir, na verdade, hoje em Recife, São Paulo e Porto Alegre. Eu sou profissional formado em Marketing e Comunicação.
Tenho uma bagagem de muitos anos no varejo, onde eu comecei. Depois eu fui para uma indústria de serviços e hoje tenho dois anos e um pouquinho que eu estou aqui no Sicredi. Para mim, é uma dupla mudança, a mudança de segmento, primeira vez no segmento financeiro, que eu acho que é muito importante para um país como o Brasil, que ainda tem tanto a desenvolver, tanta gente a incluir, tanta gente para, na verdade, se desenvolver economicamente e também dentro de uma instituição cooperativa, que, de maneira geral, por sua razão de existir, beneficia onde atua.
Então, para mim, na verdade, é uma alegria falar desse tema e levar para mais pessoas, na verdade, a nossa essência.
HEBER MOLINA: Bom, Heber Molina, como vocês já falaram. Eu sou paulista de nascimento, nasci em Votuporanga, no interior de São Paulo, cidadezinha lá bem do nortão do estado, quase, do Mato Grosso do Sul.
Eu brinco sempre que começo as minhas apresentações mais do recente para o antigo, porque eu gosto muito de começar me apresentando da minha principal função. Então, eu sou o pai da Fiorella e da Antonella, que são as minhas duas meninas, que são a alegria da minha vida. Eu comecei a minha formação como profissional de marketing lá no interior de São Paulo, mas, efetivamente, onde eu trabalhei mais tempo da minha carreira foi todo no Paraná.
Trabalhei em agência de propaganda. Basicamente, eu tenho duas experiências na nossa área. Foram agência de propaganda e depois eu tive a oportunidade de vir para o Sicredi, comecei lá em Maringá, na Sicredi Antiga União, que hoje chama Sicredi Dexis.
Passei um tempo lá com o pessoal. Depois eu tive em Pato Branco, na Sicredi Soma, que também não se chamava Soma na época, acho que depois que eu saí eles mudaram o nome, que chamavam Sicredi Parque das Araucárias, hoje chama Sicredi Soma. E há quatro anos, às vésperas de completar os meus dez anos de Sicredi e quatro anos de Sicredi Ouro Verde, eu tive a oportunidade, então, de vir aqui para o Mato Grosso e aqui estou.
A minha filha mais nova é mato-grossense, é luverdense de coração. Então, é uma experiência de Sicredi muito boa. Eu sempre falei que eu sofri de um problema depois que eu entrei no Sicredi, que eu gostei tanto que eu não me via trabalhando em outro lugar.
É óbvio que a gente troca de cooperativa e isso muda bastante de cooperativa para cooperativa, mas eu não me vejo fazendo outra coisa que não no Sicredi. Então, isso foi um sentimento novo para mim, porque o cara que trabalha em agência de propaganda tem, em média, uma vida não muito fácil. É um mercado bastante difícil e, no Sicredi, eu descobri que dá para a gente fazer o que a gente gosta todos os dias e ajudando mais gente.
HEBER MOLINA: Acho que esse é o grande orgulho que eu tenho de trabalhar no Sicredi, é ver o que a gente faz nas comunidades e o quanto a nossa área potencializa, ajuda a levar isso para mais gente. A gente é realmente muito apaixonado por levar essa nossa mensagem do cooperativismo, como a gente disse no início. E o João trouxe também um ponto desse desafio que a gente tem no Brasil de incluir financeiramente tantas pessoas.
CAMILA CARPENEDO: Então, acho que a gente podia começar falando disso, de como o Sicredi tem se posicionado e tem atuado também com essa ideia de levar o cooperativismo ou uma forma diferente de tratar a vida financeira das nossas pessoas. Então, a gente tem evoluído muito com a nossa marca nos últimos anos, né, João? Como que a gente tem atuado? Então, como que a gente tem se posicionado hoje entre as instituições financeiras no Brasil?
JOÃO CLARK: Muito bom, muito boa pergunta, Camila. Assim, eu estou há dois anos nesse mundo do cooperativismo, como eu falei, e quando… Eu não conhecia o Sicredi.
O Sicredi, trazendo um pouco do backstage, tem uma diferença geográfica nacional muito forte na força da marca, na força e no conhecimento da marca. Então, por exemplo, eu que estou boa parte da minha vida em São Paulo, na região a gente tem uma visão, por exemplo, existe uma visão que o Sicredi – e era isso que eu imaginava – que era, na verdade, apenas uma financeira, que emprestava dinheiro. E, na verdade, a gente é talvez a antítese disso, a gente se preocupa, na verdade, com toda a saúde financeira do nosso associado.
Tudo isso para falar, na verdade, hoje a gente atua em mais de 2.100 cidades e, como Ouro Verde, a gente tem mais 101 cooperativas. Para o público que não conhece tanto o cooperativismo, é como se, no final, a gente tivesse 102 empresas operando embaixo de um guarda-chuva de uma marca única. E qual é a grande vantagem disso? A grande vantagem disso é que, diferente de um banco tradicional, a gente é uma instituição financeira cooperativa, que tem os serviços e todo o portfólio de uma instituição financeira tradicional.
Só que, diferente disso, esses grandes bancos estão normalmente centralizados em uma única cidade, eles levam a riqueza para essa cidade, muitas vezes essa riqueza é levada para pessoas, famílias que são donas, e a gente tem um modelo, na verdade, que a riqueza fica onde ela, de fato, é gerada. Então, eu acho que, com isso, a gente tem uma responsabilidade muito grande em divulgar mais e fazer a nossa marca mais conhecida. E foi com essa missão que eu cheguei há dois anos atrás.
Eu digo que o Sicredi é tão genuíno no que faz que, durante muito tempo… Sabe aquela pessoa que é tão genuína, tão genuína que não quer contar muito bem, não quer se mostrar e se colocar se promovendo de alguma forma? E, na verdade, eu tenho uma visão que, na verdade, a gente tem que, cada vez mais, contar o que a gente faz, levar mais a nossa marca para mais pessoas, porque não sou eu que estou dizendo, alguns indicadores mostram, pesquisas sérias mostram, que onde tem cooperativismo tem mais prosperidade. Vários indicadores mostram isso, mais emprego, mais IDH, mais geração de renda. Isso é muito importante, a gente não pode ter vergonha disso.
Na verdade, a gente precisa fazer com que o consumidor médio se pergunte por que ele tem conta num banco tradicional quando ele vai poder ter o mesmo produto, o mesmo serviço, um atendimento muito mais personalizado, porque a gente entende que, na verdade, a gente está aqui, na verdade, para atender à necessidade dos nossos associados.
JOÃO CLARK: E, no final dessa cadeia, ele ainda vai gerar prosperidade para o lugar onde ele atua. O Sicredi, como corporação e como instituição, tem mais de 120 anos.
E, há 120 anos, a única coisa que não muda na nossa essência é que toda transação gera impacto positivo. Isso a gente precisa levar para as pessoas, para as pessoas entenderem e migrarem para o sistema. E não é que a gente quer simplesmente ganhar market share, a gente quer, na verdade, ganhar o coração das pessoas e ganhar as comunidades onde a gente atua.
Então, eu acho que essa é a grande missão, é levar cada vez mais essa nossa essência e fazer com que mais pessoas venham para a nossa instituição, para que a gente possa, na verdade, levar mais prosperidade para o Brasil.
HEBER MOLINA: A gente costuma falar muito dentro do Sicredi que o nosso maior desafio é o desconhecimento, porque as pessoas, na medida em que elas vão conhecendo a gente, elas vão se perguntando exatamente isso. Por que eu estou numa outra instituição financeira e não numa que gera tanto resultado, tanto impacto positivo na nossa região? A gente tem trabalhado muito isso, como vocês percebem? A gente tem conseguido avançar em combater esse desconhecimento?
JOÃO CLARK: Sim, acho que a gente tem avançado. Acho que o Heber, eu vou passar depois a bola para o Heber, para ele falar um pouco da realidade local aqui no Mato Grosso, que tenho muito orgulho de te falar que, na realidade, é o que a gente gostaria que o Sicredi fosse no Brasil todo, e aí eu deixo essa bola com ele.
Mas acho que só para finalizar, o que eu imagino, na verdade, é que a gente tenha cada vez uma marca mais conhecida pelo que faz, tanto pelo que entrega funcionalmente, como pelo seu propósito. E o que eu tenho tentado trazer na nossa atuação, junto com as cooperativas, é que mais do que falar do jeito que a gente gostaria de contar a história, a gente tem que usar técnica para entender como o consumidor vai absorver melhor a nossa história.
Então, quando a gente fala cooperativismo, cooperativa, às vezes a gente pode soar um pouco burocrata, às vezes a gente pode soar um pouco, talvez não tão fácil de entender. O que a gente tem tentado nesses últimos anos é simplificar essa mensagem e entender como o consumidor vai absorver a essência da gente de uma forma mais simples, de uma forma mais genuína. Eu acho que essa é a grande missão que a gente tem, porque o cooperativismo em si também tem uma diferença muito grande de percepção em cada local do país.
Mas eu acho que a gente já vem… Nacionalmente, a gente dobrou o conhecimento de marca praticamente. Quando a gente fala de final de outubro de 2023, quando a gente começou a ir mais nacionalmente, fala da marca do Sicredi, e isso não é tão trivial, não é tão fácil de fazer isso. Mas a realidade de local é bem diferente, não é, Heber?
HEBER MOLINA: É, ouvindo o João falar, obviamente que passa um filme. Nesses 10 anos, eu tive a oportunidade de ver vários momentos do Sicredi. E o nosso grande desafio é que a gente precisa de mais share como marca, mas é pelo intuito de poder ter a capacidade de transformar mais vidas. E isso é muito difícil você tangibilizar em campanha.
Eu sempre brincava que assim, primeiro eu tenho que explicar o que eu sou, porque eu não sou um banco, eu sou uma instituição financeira cooperativa. E isso já traz um primeiro fator para as pessoas terem contato. Obviamente que a gente tem muitos mercados onde eu já tive a oportunidade de trabalhar, que o tema de ser uma cooperativa era totalmente tranquilo.
No interior do Paraná, por exemplo, como eu citei, as cooperativas de produção são muito relevantes. Então, naturalmente, isso traz um fit de falar, não, cooperativa é legal. Quando você vai para o interior de São Paulo, que é onde eu nasci, não tem grandes cooperativas de produção no interior de São Paulo, mas isso como marca, isso como relevância para a comunidade, era completamente diferente do que eu tive a oportunidade de fazer, o processo de expansão dos créditos no interior de São Paulo.
E aí, quando eu cheguei aqui no Mato Grosso, foi muito louco. Porque eu falei, cara, como assim? Aqui todo mundo conhece a gente, onde a gente chega, como a gente é acionado. Lógico que nós temos diferentes desafios nos nossos 15 municípios, a capital ainda continua sendo um grande desafio para a gente do ponto de vista de marca.
Mas tem um ponto, João, na sua fala, que é essa capacidade de transformar. Em algumas comunidades, as pessoas vivenciaram isso. Lucas e Mutum, eu sempre gosto de trazer um exemplo, porque são duas cidades que têm 37 anos de fundação.
BRUNO MOTTA: De emancipação.
HEBER MOLINA: De emancipação, né? A cooperativa tem 35. Então, nessas duas comunidades, não se vê a comunidade sem o Sicredi.
Porque o Sicredi sempre esteve ali. Quando a população mais precisou, ela sempre esteve ali. Então, quando eu cheguei aqui, há quatro anos atrás, esse trabalho de conquista estava nos corações das pessoas.
O nosso trabalho, obviamente, é manter a marca relevante, continuar contando as histórias, que é o que a gente tem feito nesses 35 anos. Mas é muito diferente ver como isso realmente impacta. Pode ser que elas nem entendam muito bem como é que a cooperativa funciona, essa forma de atuação.
Mas ela vê o impacto, ela vê a transformação. Ela sabe da importância. Teve um outro episódio nosso, se não me engano, era o segundo ou o terceiro episódio, acho que foi o segundo, que nós tivemos um sócio-fundador aqui de Lucas, que é o Sr. Josip Sidi, que hoje é vice-prefeito aqui na cidade, que tem uma frase que tangibiliza muito do que eu vejo nas duas comunidades.
Ele falou em um dos episódios, e eu até falo para o pessoal que assistam o episódio, que é muito bom, que aqui em Lucas nada se construía sem a ajuda do Sicredi. Então, vamos construir um hospital? O Sicredi ajudou. Vamos construir, ele até cita a primeira escola? O Sicredi ajudou.
Então, isso efetivamente é ajudar a construir uma sociedade mais próspera. É tangibilizar na prática isso. E aí, óbvio que o nosso trabalho fica mais leve, porque as pessoas, a fala da Camila é muito boa, às vezes eu não sei como é que esses caras funcionam direito, mas eu sei que tudo de bom que acontece no município, de alguma forma eles estão envolvidos.
JOÃO CLARK: Cara, é para isso que a cooperativa existe, e o nosso trabalho é muito contar isso para as pessoas, é fazer com que elas entendam isso e como isso pode ajudá-las no fim do dia. Sem dúvida, e para complementar, eu acho que marcas fortes, no nosso episódio sobre marketing, eu acho que marcas fortes são construídas a partir da vivência, da experiência, mais do que um comercial que você vê na TV, que você vê em uma plataforma de conteúdo digital, que a marca pode falar o que ela quiser, a marca pode falar que ela é maravilhosa, linda, e na experiência não ser de fato isso. Eu acho que a gente tem uma marca que, diferente do que é talvez o mais convencional no Brasil, o Brasil é um país continental, a gente é muito difícil, a gente tem uma marca que penetre, que tenha de fato um alcance.
E diferente do que a gente vê, que talvez seja o padrão, que são marcas que saem das capitais e vão tomando o interior, a gente vê uma marca que se construiu ao contrário, uma marca que se constrói das pequenas cidades e vai tomando, na verdade, as grandes cidades, os grandes centros. Eu acho que isso é muito rico para a gente, e eu acho que talvez para a parte do público que vai ver esse episódio, é uma marca desconhecida, mas a gente está falando de uma marca que está presente em mais de 2.100 cidades no Brasil e que tem mais de 200 cidades, cidades pequenas, onde é a única instituição financeira que atua. Ontem, lá em Cuiabá, a gente estava num bairro, um bairro mais periférico, que funciona como se fosse uma cidade e que marca… Só tem o Sicredi lá.
Só tem o Sicredi naquele bairro, então estou fazendo uma analogia de um bairro que só tem o Sicredi, que normalmente uma instituição financeira tradicional não investiria, porque talvez ali o lucro de curto prazo não aconteceria e que ele muito dificilmente faria o que a gente fez, que é fazer um cinema, levar acesso a entretenimento para uma população que normalmente não tem e juntar. Ontem a gente viu… Acho que tinha mais de mil crianças ali. A alegria das crianças comendo pipoca, tomando refrigerante, eu arrisco a duvidar que uma instituição financeira tradicional faria isso.
E eu arrisco também a perceber que ali está a nossa maior essência de construção de marca. Aquelas crianças que ontem tiveram o contato com a marca Sicredi, levando cinema para elas, levando um filme que fala com elas, aquilo vai perpassar, na verdade, a idade dele. E quando eles tiverem idade de entrar, com certeza eles vão ter uma conexão emocional muito mais forte do que teria naturalmente.
HEBER MOLINA: Mas, João, é muito legal esse ponto, porque eu trabalhei em agência de propaganda e o grande desafio nosso era encontrar os pontos valorosos da marca para entregar aquilo para as pessoas. E você falou assim, muito provavelmente uma instituição financeira não faria isso, que a gente fez lá no Pedra no dia de ontem. Mas, se fizesse, o interesse estaria muito mais ligado em vender um aspecto de marca que não é genuíno.
Quando a gente constrói os projetos, seja ele nas mais variadas áreas… Gente, aqui eu estou falando da área da qual eu sou responsável. O interesse genuíno era levar cultura, entretenimento e uma noite agradável para aquela comunidade. Para isso que o Cine Raízes existe, muito mais para agradecer a comunidade no entorno do que a gente faz do que efetivamente utilizar aquilo unicamente como ferramenta de marca.
Então, além da dificuldade de não fazer, o intuito, quando é feito, tem muita mais intenção genuína de transformar a comunidade, quando a gente faz. E, para mim, esse é o grande diferencial. O intuito é genuíno, e aí depois a gente vai encontrando o jeito de fazer, o como de levar aquilo para as pessoas.
CAMILA CARPENEDO: Acredito que a gente pode falar um pouquinho mais dos desafios e da presença de marca, justamente nas regiões de expansão. Foi muito dito no Paraná, por exemplo, que é muito vívido isso, aqui no Mato Grosso, na nossa região de atuação. Mas, e nas regiões de expansão? Regiões menores? A gente já falou um pouco, mas acho que dá para a gente comentar um pouco mais os desafios para se consolidar nessas regiões de expansão.
JOÃO CLARK: Sim, hoje, de fato, a gente tem uma força de marca do Sicredi muito grande quando a gente olha para o sul do país e para o centro-oeste. Mato Grosso é o lugar onde a gente tem a maior força de marca, a marca mais conhecida em todo o país, pela solidez e por, de fato, estar perto da comunidade. Mas essa não é a realidade do Brasil todo.
Quando a gente olha, por exemplo, para o norte e para o nordeste do Brasil, que são lugares onde a gente entrou um pouco mais recentemente, obviamente que o nível e o estágio de conhecimento de marca é diferente. Principalmente porque o Sicredi sempre teve essa característica de fazer um trabalho muito local. Ou seja, se eu não estou fazendo um trabalho massivo, o Sicredi não investe milhões de reais em mídia massiva no Brasil todo, onde ele não atua.
A gente tem feito isso mais recentemente, exatamente porque a gente entende a importância de levar essa marca para mais pessoas. Mas, naturalmente, no norte e no nordeste hoje a gente tem, e também em alguns pontos específicos. Por exemplo, nas capitais a gente tem um desafio.
O Estado de São Paulo, sim, a gente tem no interior talvez um pouco mais de força já, mas na capital a gente tem um desafio também de levar a marca para mais pessoas. Então, a gente hoje está fazendo um trabalho que é um trabalho em que a gente não deixa o local de lado, que o local, para mim, na verdade, na minha opinião, é o ponto e o elo mais forte dessa cadeia, porque o local é onde as pessoas de fato tangibilizam a essência e o propósito do Sicredi. Mas a gente também, as nossas centrais, que cuidam de determinados espaços geográficos do Brasil, têm feito cada vez um trabalho mais estruturado e mais forte, na verdade, regionalmente.
E esse trabalho nacional vem para coroar, na verdade, mostrar ao consumidor médio, que a gente quer que vire um associado, que o Sicredi, na verdade, tem uma força muito grande em todo o Brasil e que cada vez mais a gente pode, na verdade, levar prosperidade para o brasileiro. Então, eu acho que o grande objetivo é trabalhar cada vez mais em sinergia entre o local, o regional e o nacional para que essa marca ganhe aspectos, na verdade, que se você perguntar no Rio Grande do Sul, as pessoas vão falar da marca do mesmo jeito que vão falar em Belém da marca. Obviamente que com características muito específicas, valorizando o local, entendendo que a nossa essência, na verdade, é desenvolver o local.
A gente nunca vai centralizar os recursos, a gente nunca vai centralizar o resultado em um único local, porque, na verdade, não é essa a nossa essência.
HEBER MOLINA: Quando a gente olha para a experiência de expansão, a gente enxerga muito a nossa atuação em Cuiabá, que foi para nós um desafio, né, Bruno? Entender que a forma como a gente atuava no interior precisaria também chegar na capital do estado, com um desafio diferente. Então, fala um pouquinho para a gente como que a gente tem atuado nesse sentido.
BRUNO MOTTA: Era exatamente sobre isso que eu ia falar. É, Camila, quase falamos aqui. Sim, por conta disso.
HEBER MOLINA: O João falou muito bem que o Sicredi nasce muito mais ligado ao interior do que aos grandes centros. A gente tem números, inclusive, que mostram que a gente tem muita dificuldade em cidades acima de 100 mil habitantes, 150 mil habitantes. E, quando eu cheguei há quatro anos atrás, a gente tinha iniciado um processo já na capital, mas a gente estava num processo de expansão física, mas também de marca, porque ela é o nosso grande desafio do ponto de vista de conhecimento de marca.
E eu acho que um dos grandes pontos de ganhos que a gente tem nesse sentido é a atuação local. Porque, vamos combinar, gente. Bom, eu tenho muito prazer e alegria de falar que o João trabalha no Sicredi, porque eu, provavelmente, é um dos maiores profissionais de marca que eu trabalhei.
Mas, mesmo o João lá em São Paulo, ele vai ter dificuldade para entender as características das nossas 26 capitais. 23? 26? Eu sempre como. 26 capitais.
Porque tem a regionalidade. Então, a possibilidade da Ouro Verde estar ali para ajudar em Cuiabá facilita muito. Porque, na minha opinião, quando você vai pensar na capital, para o Sicredi, se a gente fatiar ela em bairros e trabalhar a comunidade, fica muito mais fácil.
Por quê? Eu trabalhei, tinha um presidente que falava que, para ele, na cidade pequena, as autoridades tinham que ser o prefeito, o padre, o delegado e o gerente do Sicredi. Isso em uma cidade grande, obviamente, é muito difícil. Mas, quando você olha para a lógica de comunidade, que eu acho que esse é o grande ponto que a gente tem para trabalhar também, você consegue fazer isso mesmo em Cuiabá.
Por quê? Pedra 90 é uma comunidade. E ela funciona como uma grande comunidade. E, ali, o Sicredi pode fazer muita diferença atuando no Tijucal, no CPA.
E, aí, o gerente passa a ter esse papel no bairro de ajudar a promover, de trazer investimentos. Isso ajudou muito porque a nossa capilaridade, a gente é a instituição financeira com o maior ponto de atendimento na capital. Então, a gente tem mais de 16 pontos ali na capital.
Isso ajudou a distribuir a nossa atuação. Para que a gente, efetivamente, estivesse nas mais variadas comunidades dali. E eu acho que um ponto é entender a dinâmica.
Todos os times do interior são patrocinados pelo Sicredi. Sempre foram. O LEC, o Nova Mutum, somos sócios fundadores dos clubes de futebol.
Por que a gente não podia fazer isso na capital? Por que a gente não podia ajudar o futebol da capital a se desenvolver? Na época, até hoje, fazemos um trabalho muito bacana com o Cuiabá, com o Misto, quando voltou a ativa. Então, a gente foi adaptando muito do que a gente fazia no interior para os grandes centros. No caso do Ouro Verde, na capital.
E hoje, nas últimas pesquisas, tenho que atualizar, o Cuiabá é o nosso capital com o melhor desempenho de marca. Que, historicamente, sempre foi Campo Grande, mas a gente conseguiu esse trabalho. Muito dividindo essa atuação.
Vamos olhar para o bairro, vamos ajudar a desenvolver o bairro gerente. E, lógico, que aí no centro, no centro de Cuiabá, nós estamos ali para ajudar a promover tudo. Mas esse sentido de trazer comunidade e de ajudar a fortalecer as comunidades dentro de uma grande cidade, eu acho que é um caminho muito legal para os grandes centros.
JOÃO CLARK: É, Heber, eu queria pegar um gancho. Você falou de um elemento super importante. Acho que tem três coisas.
Apesar de a gente ter 102 cooperativas atuando no Brasil inteiro, a gente tem três coisas que são comuns a essas 102 cooperativas. Primeiro de tudo, é a confiança que você pode ter. A gente tem um sistema de gestão muito forte e muito bem calcado.
Então, a gente, de fato, você pode confiar, você pode ficar tranquilo que você vai estar muito bem atendido, muito seguro no Sicredi. Uma segunda coisa que a gente fala é da nossa essência cooperativista. Independente da cooperativa onde vai estar, o objetivo é sempre desenvolver o local, é sempre os programas que a gente tem serem desenvolvidos e a gente atender a comunidade.
E uma terceira coisa, que eu acho muito engraçado isso, e eu vou contar aqui o backstage de uma coisa que aconteceu, é que o atendimento, a genuinidade que a gente atende o nosso associado. E aí eu não estou falando do atendimento. Eu, por exemplo, não gosto de ir na minha agência.
Não gosto, não quero. Eu tenho uma dinâmica de vida muito corrida, viajo bastante, mas eu sou muito bem atendido quando eu preciso da minha gerente nos canais digitais e para mim aquilo é suficiente. E aí, para todo mundo, se você quer ser atendido fisicamente, você precisa de uma gerente.
E essa figura do gerente é uma coisa que tangibiliza isso. Acho que o Heber falou na figura do gerente. E aqui eu trago um backstage.
Recentemente a gente teve uma surpresa, na verdade. Dentro da gente, a gente se fala bastante. De repente, veio uma música gerente do Sicredi.
E aquilo todo mundo achava que era uma coisa que a gente tinha pago, que a gente tinha feito. E, num momento, a gente até ficou de cabelo em pé. Meu Deus do céu! De onde veio isso? Será que foi alguma cooperativa de forma independente? Essa música chegou dentro das 20 mais tocadas do Brasil.
E isso mostra o poder de uma marca quando alguma coisa é genuína, de fato. Ela transcende, na verdade. Aquela música não foi encomendada.
Aquela música, de forma… O Bruno e o Barreto são associados do Sicredi, de uma cooperativa do Paraná. Eles, de forma genuína, entendiam que, no dia a dia deles, o gerente tinha um papel e uma responsabilidade.
HEBER MOLINA: Bom, tenho um pouco mais de tempo que o João, então tenho bastante coisa, mas eu acho que eu dividiria o que eu fiz nesse processo de 10 anos que eu tenho mais orgulho de ter participado. Acho que internamente, sem sombra de dúvidas, é o processo de construção de um time que a gente passou aqui na Ouro Verde. Acho que na minha carreira, pessoalmente, como gestor, é o case que eu apresentaria a vida toda, porque realmente eu tenho muito orgulho, muito prazer, muita satisfação de trabalhar com o meu time, de ter as pessoas que eu tenho do meu lado, que tangibilizam o segundo ponto, que é o que eu vou trazer para fora.
Eu acho que não teria como não ser esse ano de 35 anos. A gente pegou tudo aquilo que a gente gostaria de contar, e era bastante coisa, João, e a gente foi dividindo em formas de contar, e foi construindo isso, e o ano passado a gente começou a trabalhar isso em maio do ano passado, e a gente veio discutindo como e tal, teve muito apoio seu e do CAS nesse processo, mas esse ano está vivenciando isso e vendo acontecer o Cine Raízes, um baita projeto. A gente teve 18 jantares com associados fundadores agradecendo pelo trabalho que eles fizeram por nós lá atrás, levando uma experiência.
O podcast é a oportunidade da gente ir contando essas histórias para as pessoas, e as pessoas terem a oportunidade de nos conhecer mais a fundo, e a campanha promocional, imagina, e é uma grande satisfação a gente poder ter aqui na Ouro Verde, a Ana Castela cantando para os nossos associados, a música da nossa campanha, falando sobre as caminhonetes, uma imensa, imensa alegria. Eu não tinha tido a oportunidade, até por ter passado mais tempo nas cooperativas do que no company mesmo, nas grandes empresas, de ter essa interface, de ter grandes artistas fazendo campanha para nós, então isso foi muito legal, e o nosso documentário Raízes, cara, assim, eu brinco que eu aprovei os, são quatro histórias e o manifesto, e eu aprovava, eu via o vídeo primeiro em casa, para não chorar em reunião, porque eu, e isso é verdade gente, eu realmente pedia para a Camila me mandar um dia antes, eu assistia em casa, me emocionava, e quando eu chegava na reunião eu estava mais preparado, porque a gente encontrou um jeito de contar o que a gente faz, pelas pessoas que realmente vivem e vivenciam, ver o Seu Cedro contando como era Nova Mutum no começo, e como a cooperativa ajudou a transformar a comunidade de uma maneira muito emocionante, a história da Rosa, que é o que, meu Deus do céu, até hoje, por ser uma história familiar que envolve pai e filha, até hoje, toda vez que eu assisto, eu me emociono, a história do Seu Marcos, e a transformação que o Seu Marcos faz, genuinamente, com tão pouco, eu brinco sempre que o Seu Marcos coloca a gente num espaço de constrangimento, porque você chega à conclusão que você, CPF, está fazendo pouco, porque o Seu Marcos faz muito pelas comunidades, e alegria, alegria de ouvir a história do Seu Marcos, então eu acho que esses 35 anos têm sido uma experiência profissional para mim, que eu entro como um profissional, e eu vou chegar a dezembro como outro, de ter visto tanta coisa legal, então isso provavelmente vai me marcar e vai ser o meu case durante muito tempo, eu acho.
CAMILA CARPENEDO: Muitas coisas acontecendo, muitas campanhas sendo realizadas, e isso é levado para a população, para os associados, através também do digital. Então eu queria que vocês comentassem como é essa atuação do digital nesse fortalecimento de marca.
JOÃO CLARK: O digital, na verdade, é uma realidade que é intransponível. O consumidor, quando a gente tem mais ou menos a mesma idade, quando a gente começou, existia o offline basicamente, depois veio o online e o offline, como se fossem pessoas diferentes. Hoje, o consumidor é um só. Ele está no online, ele está no offline, ele está no físico, ele está no digital. Então, para a gente, na verdade, o digital é um meio, é um canal, é uma ferramenta que a gente usa para levar a nossa mensagem para mais pessoas.
E o digital tem uma característica muito importante, que é a capacidade de segmentação. A gente consegue falar com a pessoa certa, na hora certa, com a mensagem certa. E isso é muito poderoso para a gente, porque a gente consegue otimizar o nosso investimento e ter um retorno muito maior. Então, o digital é fundamental para a gente, e a gente tem investido muito nisso, tanto em termos de tecnologia, quanto em termos de pessoas, para que a gente consiga cada vez mais ter uma presença digital forte e relevante.
HEBER MOLINA: E o digital também nos permite ter uma interação muito mais próxima com o nosso associado. A gente consegue ouvir o que ele tem a dizer, a gente consegue responder às dúvidas dele, a gente consegue criar um relacionamento muito mais próximo. E isso é fundamental para a gente, porque o nosso propósito é estar perto do associado, é entender as necessidades dele e oferecer as melhores soluções. Então, o digital é uma ferramenta que nos ajuda muito a cumprir esse propósito.
BRUNO MOTTA: E assim a gente encerra mais um episódio do podcast Raízes Ouro Verde. Agradecemos a presença dos nossos convidados, João Clark e Heber Molina, por compartilharem tanto conhecimento e experiência conosco. E a você, ouvinte, que nos acompanhou até aqui, o nosso muito obrigado. Fique ligado para os próximos episódios, e até a próxima!
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